TAXIDERMIA: “Empalhar um momento”, dentro e fora dos palcos

Nessa entrevista exclusiva para o el Cabong, Jadsa e João Meirelles falam sobre as entranhas do TAXIDERMIA.

Por Breno Bastos e Pedro Antunes de Paula

Formado pelos baianos João Meirelles (programações e synths) e Jadsa Castro (voz), o duo TAXIDERMIA apresentou no dia 25 de julho o show de lançamento de seu primeiro disco completo, Vera Cruz Island (leia crítica), no Teatro Sesc Casa do Comércio. Com participações de Iuna Falcão, Vírus e Vuto, além de projeções visuais por Gabriel Rolim, o show marcou a estreia da nova fase do projeto em Salvador, depois de uma turnê por três cidades brasileiras.

Além das faixas do novo álbum, o repertório da apresentação passeou por músicas dos dois EPs já lançados pelo duo (Volume 1 e Outro Volume), costuradas através de improvisos e seções estendidas que permitiam à plateia acompanhar a construção das ideias sonoras e vislumbrar relações entre os trabalhos já conhecidos.

Somada à participação explosiva de Vírus e Vuto em “SANGUE FERVENDO” e à troca dinâmica entre Jadsa e Iuna Falcão na solar “CLARÃO AZUL”, a presença de palco do duo mostrou que, ao invés de encurtar suas possibilidades musicais, o formato conciso característico do projeto, apenas com voz e programações, permite expandir os horizontes da performance.

Sustentando a energia estabelecida pelo canto de Jadsa, o processamento ao vivo e as programações eletrônicas de João desmembravam as porções de ideias sonoras em momentos vívidos. Cada um deles traduz imagens precisas ou tangentes ao que foi apresentado nos lançamentos até então, mas sempre sugerem um fio de som novo, como um lembrete de que a TAXIDERMIA está viva, e sempre será mais do que os minutos registrados em seus fonogramas.

Antes do show, nosso jornalista colaborador Pedro Antunes de Paula se encontrou com Jadsa e João Millet Meirelles no camarim do Teatro Sesc Casa do Comércio para uma conversa sobre o álbum e experimentações da performance ao vivo, em entrevista elaborada em parceria com Breno Bastos.

el Cabong: O Taxidermia já vem desenvolvendo uma trajetória própria desde o seu primeiro EP, lançado em 2020. Como vocês enxergam o amadurecimento do projeto até chegar nesse disco de estreia?

Jadsa: A gente não tinha muita pretensão quando começamos a pensar nas faixas do Taxidermia. Meio que a gente foi fazendo e buscando na caminhada a identidade, o som que queríamos cantar. Poder lançar um disco é o pico dessa caminhada de construção do projeto, porque é difícil, é caro. Para a gente foi muito legal, nos conhecemos um pouco mais, e acho que o objetivo do Taxidermia dentro disso é basicamente continuar fazendo. Explorar esse lugar da resistência, continuar lidando com a necessidade de fazer alguma coisa que represente a gente.

João Meirelles: Um fato que eu considero muito importante foi a gente ter começado isso tudo durante a pandemia e depois ter saído dela. Então, o processo de crescimento do Taxidermia, de certa forma, foi delineado por isso, foi atravessado por esse processo. A gente fez um disco todo a distância, gravamos shows para festivais online. Até que começamos a tocar com público e eventualmente trabalhar mais presencialmente, o que marcou muito esse disco. Os outros trabalhos também tiveram momentos assim, mas esse muito mais, por já estar aberta essa relação com a pandemia.

O objetivo do Taxidermia é basicamente continuar fazendo. Explorar esse lugar da resistência, continuar lidando com a necessidade de fazer alguma coisa que represente a gente.

Jadsa

el Cabong: Vocês acham que a pandemia formatou o processo de produção de vocês, no sentido de estar fazendo essa troca a distância?

João Meirelles: Com certeza. A gente começou essa experiência pandêmica com a mixagem do Olho de Vidro (disco de estreia solo de Jadsa, lançado em 2021). Tivemos essa experiência de trabalhar com Funai Costa (produtor responsável pela mixagem e masterização do LP) à distância no processo de mixagem, o que abriu um pouco o olho da gente para como fazer isso de uma maneira eficiente. Começamos a ver as ferramentas necessárias para isso: encontros de Zoom, compartilhamento de tela… e fomos trabalhando junto mesmo.

Jadsa: A gente começou a trabalhar mais no Taxidermia, a se aprofundar, em 2019. Em 2020, quando essa produção ia continuar, veio a pandemia e a gente pensou: “não vai impedir”.

João Meirelles: Pelo contrário, a gente até acelerou em relação ao Olho de Vidro. Porque o plano era lançar o Olho de Vidro depois.

el Cabong: Ao mesmo tempo em que vocês dialogam muito com a tradição da canção brasileira, uma marca desse trabalho é a experimentação com o lado físico do som, com a manipulação digital, que acaba abrindo uma grande possibilidade criativa. Como vocês enxergam essa relação entre a experimentação digital e a tradição da canção brasileira?

João Meirelles: Eu acho que é algo que vem sendo feito por muitos artistas antes da gente, tanto nacionais quanto internacionais, que por sua vez fazem parte também das nossas referências. E é uma construção também nossa, porque a pesquisa da elaboração das sonoridades, criação de narrativas a partir da manipulação de sons, é uma coisa que faz parte da minha construção, e a coisa da canção, da construção de Jadsa. Então a gente tem esse entendimento que o Taxidermia é essa fusão de universos sonoros. É um lance meio natural para a gente, né?

Jadsa: Eu fico pensando que a gente tem muita tecnologia, e uma delas é a percussão. Acredito que a percussão é uma grandíssima tecnologia, e a gente consegue utilizar essas duas linguagens tecnológicas de uma maneira que nos representa. Acho que a gente tenta espelhar alguma coisa, pensar lá na frente de certa maneira também. Que bom que faz essa junção com a música brasileira, porque a gente nunca quis sair disso. Acho que é uma das coisas que a gente almeja, fazer essas ligações próximas de referências com a eletrônica e abrir caminhos. Acho que é bonito ter esses elementos e tecnologias conversando, além da voz. Essa junção é o que a gente sempre pensou.

João Meirelles: Esse disco marca um pouco essa intenção de que Jadsa fala, justamente porque a gente estava mais disponível presencialmente, fisicamente. Por isso, a gente explorou muito mais como fazer essas produções, com o uso de instrumentos orgânicos, chamando uma pessoa para gravar com a gente, a exemplo de Ícaro Sá (percussionista de grupos como Baiana System e Aguidavi do Jêje). Então faz parte da mesma experimentação, só que no campo acústico.

TAXIDERMIA, com Jadsa e João Meirelles no palco do teatro casa do Comércio. Foto: Jardel Souza

el Cabong: Pode ser um desafio trazer uma vivacidade mais humana pros palcos quando se faz uma performance baseada na instrumentação eletrônica ou digital. Isso é uma preocupação para vocês?

João Meirelles: Eu acho que tem dois contextos importantes ao falar sobre essa performance: para mim, quanto mais aberta a questão do eletrônico, melhor. Mas também tem o outro lado, já que pelas limitações dos próprios instrumentos você pode acabar perdendo algo que construiu no arranjo e que você quer que esteja ali. É um jogo entre tocar cada coisa na mão ou colocar longos samples e acompanhar isso com os efeitos de filtragem e tudo mais.

el Cabong: Como o processo de vocês tem muita colagem, arranjos extensos, também não dá para tocar tudo ao vivo.

João Meirelles: Tem esse jogo dentro do próprio show. Por conta disso, a gente tenta deixar a coisa mais amarrada possível do ponto de vista da performance do corpo no palco. E essa performance, para mim, sempre foi um desafio, porque o instrumento na minha frente exige muita minúcia no movimento. Acho que a gente fica explorando isso, como a gente dança, como a gente interage, como se movimenta. Jadsa tem a liberdade do movimento, então como é que a gente dialoga, no corpo a corpo? Tem uma questão do som todo ser eletrônico, só com duas pessoas no palco, que traz esse desafio. Ninguém sabe o que a gente tá fazendo ali, então a gente tenta compensar isso com os nossos corpos e na relação com luz e com vídeo, que complementam essa performance.

Jadsa: Como a gente está lidando com tecnologias, acho que é preciso se tornar um pouco mais quente, mais receptivo, para poder apresentar a nossa ideia. Nosso som é uma coisa muito específica, então acho que sempre pensamos enquanto espetáculo. Como é que vamos passar essa narrativa? O que é que eu tô cantando? O que é que a gente tá falando? Por que João traz uma clave específica em determinado momento? Acho que a gente precisa estar um pouco mais quente, um pouco mais vivo, mais humano, para o som poder chegar melhor.

A gente tem esse entendimento que o Taxidermia é essa fusão de universos sonoros

João Meirelles

el Cabong: Eu me lembro de ter ficado impressionado pela troca de Jadsa com o público quando fui no seu show pela primeira vez, ano passado, no Colaboraê. O Baiana System também faz shows muito marcados por essa troca, mas João fica atrás de uma certa “armadura” com todos os equipamentos eletrônicos ali no palco. Como vocês enxergam essa troca com o público no caso do Taxidermia?

João Meirelles:
Eu sou tímido (risos). Mas eu acho que é importante ter esse engajamento do corpo, né? E ter uma conexão. Em relação ao Taxidermia, sinto que é muito importante eu e Jadsa estarmos conectados. A gente fica se olhando sempre, e se ela não tá me olhando eu tô olhando para ela. Às vezes eu tô olhando pro meu equipamento, ela tá me olhando e tem essa triangulação com o público também.

el Cabong: Vocês tentam construir uma narrativa, uma estrutura para que o público seja chamado para a performance? Como vocês lidam com isso?

Jadsa: Eu penso que a gente sempre tenta criar uma narrativa para que o conteúdo chegue na galera, sabe? Todo mundo já veio para assistir o show, agora temos que mostrar: “é isso aqui que a gente tem para dar de presente, para ofertar”.

João Meirelles: Algumas coisas também vão se construindo durante o show. Show a show a gente vai entendendo o que é uma cena, algo a se fazer, então já tem coisas que a gente compreende como parte dos espetáculos. Mas eu acho que isso é feito de forma muito mais empírica do que pensado antes. Na hora a gente vai sacando.

Jadsa: É natural também. A gente não fica pensando “ah, tem que fazer desse jeito, agora assim”. Óbvio, existem marcações em cima do palco que a gente se sente confortável de fazer, para continuar fazendo essa narrativa. Mas a gente não fica pensando “a gente tem que estar aqui, tem que puxar”, vai acontecendo. Acho que é uma resposta também do som que a gente tá escutando, de como a gente tá no dia.

João Meirelles: Do formato do show, também. Se é em teatro, arena, inferninho…

Taxidermia por Ayumi Ranzini

el Cabong: Voltando para para o disco em si, algo que me pareceu muito interessante foi o andamento do álbum. A questão da sequência e duração das músicas, como o disco vai caminhando, me lembra trabalhos de beatmakers de rap, como Knxwledge, que são como compilações de rascunhos ou mini beats seguindo um atrás do outro, até que você acaba ouvindo tudo.

João Meirelles: Você é obrigado a escutar (risos).

el Cabong: Vai acontecendo, sabe? (risos). Sinto que o disco de vocês tem isso, até por ser mais curto e ter essa energia, então uma música vai puxando a outra. Eu queria saber se vocês pensam sobre isso, se têm algum tipo de referência relacionada ao andamento do disco, não necessariamente à estética da composição, porque acho que é uma característica muito específica.

João Meirelles: Eu sempre gostei de disco assim. Acho que as referências são muitas, porque eu sempre gostei de discos com colagem. E shows também, shows-colagem. Fiquei muito chocado quando vi Justice pela primeira vez, que todas as músicas eram completamente diferentes do disco, uma martelada na cabeça atrás da outra. A gente fala muito sobre essa conexão, a transição das faixas e vinhetas.

Jadsa: Para mim é a melhor parte. Melhor do que a faixa em si é quando uma música vai ligando na outra. Você tenta explicar o que acabou de fazer para você mesmo, de certa maneira. E eu acho que o Taxidermia tem esse lance meio visual, que você escuta e consegue visualizar aquilo. Então acredito que existe uma narrativa ali, e dessa vez a gente tá falando de uma preciosidade, de um lugar tão rico e que muita gente não conhece. Acho que é uma pesquisa falar sobre Vera Cruz. A gente tem que introduzir o assunto, pedir licença, dar um enredo, um contexto, criar uma situação amorosa, uma travessia, um mar, um sol em cima, uma ação… Acho que também tem esse lado da despedida, do ir embora. Tem essa narrativa na parte sonora, nessas ligações das faixas.

João Meirelles: É o pensamento de percurso, né? Passando por várias paisagens. Sai de casa, pega o busão, aí pega a balsa. Chega do outro lado, pega a kombi, vai andando pra praia (risos).

el Cabong: Em sua aula-show sobre Dorival Caymmi, o músico e professor José Miguel Wisnik afirma que a Bahia das Canções Praieiras não é um lugar real, mas sim um espaço que ganha existência a partir dessas músicas. De modo similar, me parece que Vera Cruz Island não necessariamente representa a Ilha de Vera Cruz, mas sim cria um novo lugar através da referência a esse território. Como vocês pensam essa relação entre realidade e representação no álbum?

Jadsa: A temática de apropriação cultural e coisas assim é algo que eu sempre pisei meu pé firme no chão, e acho que você relacionar uma obra com um espaço, com um lugar, é ter respeito, mas também tentar transformar. O que é a ilha de Vera Cruz? Essa é a nossa ilha de Vera Cruz, uma referência visual que a gente tem de um lugar primoroso, mas é a nossa interpretação, do que é Vera Cruz para a gente, dentro da gente. Então eu acho que sim, não estamos aqui para fazer uma pesquisa documental, acho que tá no lugar do sentimento e da vivência com esse lugar. Mas entendendo também que é um lugar precioso para muitas pessoas que são de lá, que tem que ter essa comunicação. Acho que a gente fez bem de pensar na nossa Vera Cruz, de relacionar a esse lugar tão foda, sabe?

As experimentações sonoras e visuais do Taxidermia. Foto Jardel Souza.

João Meirelles: Porque parte dos afetos da gente com o lugar. Jadsa tem um, eu tenho outro, mas a gente tem afeto pelo mesmo lugar de jeitos diferentes. Então é legal essa construção a partir de vários pontos de vista, se a gente quer falar de nossa ilha mesmo. A nossa ilha de Vera Cruz, mas também a nossa ilha, ponto. A gente vai conversando sobre isso, falando com outras pessoas, também elaborando um discurso, e a gente se deu conta dessa coisa que é uma proposição de ilha que para outras pessoas é uma proposta de dar essa possibilidade de construir a própria ilha a partir da nossa narrativa, que é cheia de ficção, de construção, do nosso referencial do que é isso.

Jadsa: Eu sinto que de certa maneira é um presente que a gente tem para esse lugar de afeto.

João Meirelles: Uma homenagem, um presente, um agradecimento também.

el Cabong: O processo de construção de um disco perpassa a cristalização e consolidação de ideias estético-musicais que não chegam a se tornar estáticas. Apesar de estarem consolidadas no fonograma, elas estão em movimento, podem mudar com o tempo e junto com a percepção do público e dos próprios artistas. A performance no palco, de certa forma, pode ser uma plataforma para materializar a transformação dessas ideias que foram cristalizadas no disco. Como vocês enxergam esse processo de tradução no ao vivo?

Jadsa: A gente tem um limite dentro das plataformas. Então a gente tem que entender o que selecionar e colocar de tantas ideias, né? Acho que no ao vivo a gente consegue, a cada performance, trazer uma coisa que a gente queria que estivesse também no fonograma.

el Cabong: Tem ideias antigas ou que foram descartadas?

Jadsa: Isso que é legal também para a gente no show. Óbvio, tem coisas que a gente sabe como vão ser, a faixa vai começar e terminar assim. Agora tem momentos também que são meio free e a gente vai lidando com isso, com a proposta, com o momento, com a energia do momento. Às vezes pula, né? Então, a gente tenta mostrar, enquanto projeto ao vivo, que a gente tem mais para dar. Porque a gente tá vivo e a gente tá mudando também.

el Cabong: Não são animais empalhados (risos).

João Meirelles: Uma coisa interessante que aprendi quando eu estava no mestrado foi que as músicas são vivas. Sempre é diferente, e elas são adaptadas para cada lugar, cada contexto. Quando eu entendi isso, uma gravação ou um fonograma passaram a ser um retrato, uma foto, e eu gostei de ver essa parte do meu próprio trabalho. O Infusão tem isso muito claramente, a execução de uma música ao vivo é sempre uma forma dela existir. E eu acho que no trabalho com a canção, não só a gente, mas também muitos outros projetos, têm essa intenção de entender que as músicas são vivas, que elas agora fazem parte de um espetáculo, vão ser adaptadas, modificadas, enriquecidas, transformadas a partir do nosso desejo de transformar esse espetáculo e de contar essa história de um jeito diferente. Então a gente já faz isso naturalmente.

No trabalho com a canção, não só a gente, mas também muitos outros projetos, têm essa intenção de entender que as músicas são vivas, que elas agora fazem parte de um espetáculo, vão ser adaptadas, modificadas, enriquecidas, transformadas a partir do nosso desejo de transformar esse espetáculo e de contar essa história de um jeito diferente

João Meirelles

el Cabong: Quando o disco saiu, me surpreendeu o fato dele ser o primeiro disco cheio do projeto e ter muitas participações, o que não necessariamente é uma coisa comum para um álbum de estreia. Porque foi importante para vocês dialogar com esses outros artistas e expressões nesse trabalho?

Jadsa: Acho que novamente a gente cai num lugar sentimental da coisa. Você falou isso, que “não são animais empalhados” (risos). A ideia da taxidermia, nesse caso, do nome Taxidermia, não é esse formato animal, né? Essa coisa do empalhar um corpo, um ser. Mas é de empalhar um momento, de conservar aquele período de tempo, aquele ano, aqueles meses, aquele momento de criação. Então, acho que a gente tenta descartar o mínimo das coisas que a gente grava, a gente sempre torce para usar tudo o que faz. Se for até um ruído, um erro, alguma coisa, enfim, se aquele momento marcou a gente sempre tá utilizando disso. Então eu sinto que o nome Taxidermia aí é mais de conservar esse momento, e o meio que a gente tem de fazer isso é lançando essas coisas conservadas.

João Meirelles: Então, é dos afetos. Tem uma coisa da construção longa desse disco, que passou por vários períodos, processos, e eu acho que permitiu a gente destilar muitas coisas e pensar em pessoas. Falar assim: “pô, essa pessoa tem tudo a ver com isso”. Se permitir encontrar com essas pessoas, mandar ideias, gravar, a gente gosta disso. A gente faz isso desde o primeiro EP na real, né? E aí como esse disco tem mais músicas, tem mais participações (risos).

Jadsa: Eu acho que é isso, a vontade de tá junto, de tá perto, de continuar fazendo. Em meio a uma pandemia, a gente conseguiu fazer algumas coisas bem interessantes. Então agora que a gente pode estar mais conectado, vamos tentar, né?

el Cabong: Para fechar, qual o disco que vocês ainda querem fazer?

João Meirelles: A gente ainda quer fazer o próximo (risos).

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