Os 10 álbuns que mudaram a vida de Bel da Bonita

Fascinado pelo toque do pandeiro de seu pai e dos tios nos sambas e chulas do sertão baiano, Bel da Bonita é um experiente músico e cantor baiano. Idealizador do grupo Africania, com quem já lançou dois álbuns, como músico ele já acompanhou grandes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil, Dominguinhos, Raimundo Sodré. É ainda autor de trilhas sonoras para peças de teatro e filmes. Toda essa experiência é fruto do contato com as origens e com obras que passaram pela sua vida. Aqui ele indica e comenta os dez álbuns que foram fundamentais em sua formação e marcantes em sua vida. Lembre também as listas de discos de Josyara, Teago Oliveira e Prince Addamo.

Coisa de Nego – Raimundo Sodré (1981)

“Esse disco sempre me despertou memórias do sertão, o cheiro do sertão, um pau de arara chegando na feira de Ipirá, a alegria do povo baiano. Enfim coisa de nego.”

Caminhos do Litoral – Timbaúba

“É um disco que nos aponta uma vontade de aprender com aquilo tudo, Carlinhos Brown que era forte influência na percussão, as composições e letras me situando aqui em Feira de Santana, terra de Timbaúba também. Era a música daqui.”

 

 

Fissura – Chiclete com Banana (1985)

“O que me fez querer tocar percussão foi a vontade de tocar as músicas desse disco, nessa época o Chiclete com Banana era o sonho rítmico realizado de Jackson do Pandeiro.”

Caymmi – Dorival Caymmi (1972)

“Esse disco de Caymmi é um disco sobretudo para se ouvir à noite, a riqueza dos ogãs e o violão dá um ar de magia em tudo.”

 

Luar – Gilberto Gil (1981)

“Esse é o disco mais ouvido de todos os tempos lá em casa, é uma declaração de amor ao palco, ao mar, a vida, a luz da lua refletida nas águas. Arranjos maravilhosos de Líncoln Olivetti enfim um grande disco.”

Abraxas – Santana (1970)

“A influência das guitarras de Santana dos órgãos que perduram até hoje no meu pensamento grandes escongueiros Raul Recow, José Chepito, Armando Perazza.”

Slave Mass – Hermeto Pascoal (1977)

“Ali ocorreu o meu encontro com o jazz, o violão de Hermeto que nos remete a uma tarde brasileira, as percussões de Airton Moreira e a voz de Flora Purim como a nos educar.”

 

Clube da Esquina – Milton Nascimento (1972)

“O que falar desse disco que já não tenha sido dito. Para mim Clube da Esquina é como o ar que se respira, a poesia de Márcio Borges um pai para mim na poesia, surge daí o impulso de ser letrista.”

 

Bitches Brew – Miles Davis (1970)

“É a maneira mais fácil de se viciar em música genial. Ouviste dizer que se entregar vicia.”

Trem Azul – Elis Regina (1982)

“Esse disco tem algo de especial comigo. Uma tarde ouvindo rádio tocou “Rebento” de Elis, e eu senti uma forte energia, chorei ao ouvir o piano, sentimentos me invadiram. Elis Regina é uma energia feminina muito grande para não ser ouvida interpretada uma grande mulher para além da música.”

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