Melhores shows de artistas baianos em 2023

BaianaSystem, Luedji Luna e Vandal foram os mais votados como melhores Shows de Artistas Baianos em 2023.

Mais demorado do que desejamos, finalmente, começamos a publicar o resultado da votação da crítica baiana sobre os melhores de 2023. Para começar, destacamos os Shows de Artistas Baianos que mais foram lembrados pelo nossos votantes convidados. A ideia é chamar atenção para os artistas da Bahia que fizeram as apresentações que mais chamaram atenção de jornalistas, radialistas e profissionais da mídia baiana. Em 2023, o resultado deu um empate entre três nomes importantes do cenário local. Confira abaixo os mais lembrados e saiba como foram esses shows em 2023.

1º LUGAR

BaianaSystem

O BaianaSystem poderia ser hors-concours nesse tipo de votação, já que há anos vem produzindo os melhores shows do país e repetidamente vai aparecer nesse tipo de lista. Mas segue sendo importante reconhecer como a banda se preocupa em fazer shows marcantes e especiais. Além das catarses que costumam promover,  mobilizando o público de forma bem particular, enfileirando sucessos e mostrando uma vitalidade  impressionante no palco, a banda não sentou no trono e continua criando apresentações especiais e marcantes. Cada show tem sua marca, com conceitos bem pensados e elementos específicos para cada apresentação. Em 2023, isso pôde ser visto no show da Posse de Lula em Brasília, ou no ‘Sambaqui’, em homenagem à Independência da Bahia. Fora os shows que dividem com artistas, como o marcante OlodumBaiana, também no ano passado, que também foi lembrado na votação (que se não contabilizado separadamente daria o primeiro lugar isolado nessa votação). Seja como for, ao vivo, o BaianaSystem segue promovendo uma dos melhores experiências ao vivo do país.

Luedji Luna

Na turnê do disco Bom Mesmo É Estar Debaixo d’Água Deluxe (2022) — apelidado de BMDA Deluxe, Luedji Luna deu um enorme salto na magnitude de seu show. Mais à vontade e grandiosa no palco, levou os mesmos arranjos suingados do álbum, acompanhada por uma seleção poderosa de músicos: quatro backing vocals, três sopros, baixo, teclado, synth, bateria, guitarra e percussão. Além da big band, todo o cuidado com figurino (um vestido prateado brilhante), cabelos e luzes, a formatação do palco, com Luedji no centro sobre uma plataforma, remetia às grandes cantoras de jazz e R&B, com a cantora dando o tom e comandando tudo. Sofisticado e elegante, o show mostrou também como ela está mais popular, com uma recepção calorosa do público, que cantou junto todas as canções. Lembre aqui a estreia do show em 2023.

Vandal

Mestre do drill e grime, Vandal já vinha se destacando em ambientes underground de menor porte e nas participações com o BaianaSystem. No Afropunk, no entanto, mostrou que é um gigante no palco e tem muito a mostrar. Mesmo num palco enorme, com transmissão ao vivo por emissora de tv e dividindo as atenções com grandes atrações, fez um show histórico. Roubou a cena, com uma apresentação visceral, que deixou quem não conhecia de queixo caído. O show foi dividido em duas partes, uma primeira mais controlada com bases eletrônicas, que serviu como uma sala de estar,  antes das portas do inferno se abrirem. É quando ele volta acompanhado da banda Bagum e do percussionista Ícaro Sá, o texto ácido se acopla a uma sonoridade explosiva e tudo vira uma apresentação brutal e catártica. “Música para Bagaçar”.  (lembre como foi o aqui). P

2º LUGAR

Aguidavi do Jêje 

Pouca gente teve oportunidade de assisitir, já que os shows não são frequentes, mas quem viu não ficou incólume. Formada por 14 músicos, o grupo é uma orquestra ritualística percussiva, que faz uma sonoridade hipnótica, quebrada e sofisticada.


Aila Menezes

A cantora e compositora Aila Menezes tem chamado atenção por seu pagodão empoderado, metendo na mesma medida dança e discurso contra o machismo, gordofobia, em apresentações explosivas que rodaram os palcos de Salvador.

Mariene de Castro e Roberto Mendes – Maria da Canção 

Baseado no álbum de mesmo nome, Maria da Canção reuniu esse dois imensos nomes do samba baiano, num show delicado e intimista apresentado em pequenos teatros e que passeou por ritmos tradicionais do Recôncavo Baiano, além de sambas clássicos do repertório  de Roberto.

Pitty – ACNXX

A cantora e compositora circulou com a turnê ACNXX, que comemorou o aniversário de 20 anos do álbum Admirável Chip Novo, e fez uma apresentação histórica no Rio Vermelho, em Salvador, que gerou até um novo álbum e DVD ao vivo.

Votos

Ana Paula Marques (Revista Gambiarra/ Vagalume)
Baiana System
Afrocidade
Aila Menezes
Rachel Reis
Majur

Breno Bastos (el Cabong)
Mariene de Castro e Roberto Mendes – Maria da Canção
Vandal (Afropunk)
Olodumbaiana (Festival de Verão)
Larissa Luz (Festival Sangue Novo)
Luedji Luna – BMDA Deluxe

Elsimar Pondé
Iorigun (Casa Noise)
Trilogia do Reggae (Casa Noise)
Maglore (Casa Noise)
Jôh Ras (Sesc Centro)
Vivendo do Ócio (Casa Noise)

Juliana Dias
Gilberto Gil “Nós, A Gente”
Luedji Luna “BMDA Delux”
Caetano Veloso “Meu Coco”

Luciano Matos (el Cabong/ Radioca)
BaianaSystem
Luedji Luna – BMDA Deluxe
Vandal
Aguidavi do Jêje
Mariene de Castro e Roberto Mendes – Maria da Canção

Nelson Oliveira (Scream & Yell/ el Cabong)
Vandal
BaianaSystem
Lazzo Matumbi
Aguidavi do Jêje
Olodum

Rafael Flores (Revista Gambiarra/ Vagalume)
Aila Menezes
Cajupitanga
Pitty
Osba – Osbrega
Carlinhos Brown – Alfagamabetizado

Ramon Prates (BahiaRock)
Pitty
Retrofoguetes

 

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