Segue o papo sobre a cena alternativa em Salvador. O debate tem funcionado, com a participação aumentando (poderia se rmaior), mas principalmente pla troca de informação e opiniões. Para hoje reservamos o já veterano produtor Rogério Big Brother, que durante um bom tempo sustentou quase sozinho a cena de shows na cidade. Como experiência já produziu festivais, shows grandes e pequenos, além de ser dono e faz-tudo do selo Big Bross. Atualmente reside em São Paulo onde já deslancha a carreira de produtor.
1 – Para você, qual o maior entrave para o circuito alternativo atualmente na Bahia?
Descaso e desconhecimento do público. Vou citar o show do Jupiter Maçã que há anos me cobram, mas se aparece um aniversário da filha da prima da empregada da vizinha com cerveja grátis o cara não vai..e logico a falta de patrocínios. Acho que a imprensa sempre apóia bem os eventos bem organizados.
2 – Do que você mais sente falta?
Casas de show de médio porte com boa infra para bandas de rock..uma casa do rock…
3 – Você considera que estamos vivendo os piores momentos para a música na cidade?
Sem dúvida… Hoje as bandas estão limitadas a Zauber, Casa da Dinha, Calypso, eventualmente Rock in Rio dando prejuízo, e olhe lá. Mas não é só rock não, é geral.
4 – Que soluções você apontaria para as coisas melhorarem?
Uma frequência maior de público, uma cusiosidade maior do público pela bandas novas, um grande festival e profissionalismo por parte de bandas, produtores… Quem tem banda na Bahia vira artista antes de ficar rico. São poucas as que vão pra rua divulgar um show e trabalham junto com os produtores.
5 – É viável se fazer música no estado desvinculada a grandes gravadoras e ao que predomina na mídia?
Veja o exemplo de Belém, Goiânia, Recife…por que não seria viável na Bahia?
