O hype, o novo, o moderno

Nada como uma provocação. É simples, se a banda vai durar ou não, não importa de fato. Se durar, conseguir evoluir, criar uma história, deixar seu legado, ótimo. Mas ao contrário do que sempre repetimos, se não conseguir, ótimo também. Essa é a tônica do momento, onde o público começa a deixar os álbuns de lado e se voltam para a música, aquela faixa. Essa é a tônica de bandas que surgem, deixam algumas música smuito boas, mas não conseguem repetir o feito, assim mesmo influenciam garotos a montar uma outr abanda, a empunhar uma guitarra e criar. Isso não desmerece quem tem longo tempo de carreira e isso que muitos não se tocam. Uma coisa não anula a outra, nunca anulou. Apenas hoje vivemos mais rapidamente e temos consciência disso. Muitas bandas excepcionais não duraram muito tempo, lançaram poucos discos e foram geniais assim mesmo. Tai o My Blood Valentine que lançou apenas três discos, o Neutral Milk Hotel que numa meteórica carreira soltou apenas dois álbuns e Sex Pistols, que mal durou dois anos, lançou apenas um disco e contribuiu para mudar a história do rock. Poucas coisas se encaixavam melhor no termo hype do que eles. Se surgissem hoje, baseado em muito marketing, roupas e postura pensadas, iam descer o malho. Não comparando importância, nem a qualidade musical, mas são exemplo de bandas que surgem, tem vida curta e deixam sua marca. Hoje a rapidez com que bandas surgem e deixam sua marca, mesmo que para um universo restrito, é enorme, e são esse snomes que tem mantido o rock vivo, fazendo adolescentes ouvirem rock e montarem suas bandas. Tem muita merda nesse meio? Evidente que sim, como tem também bandas que duram anos sempre fazendo merda, ou pelo menos não sustentando a qualidade. A discussão não é sobre Lúcio Ribeiro, mas sobre o momento atual, onde bandas lançam discos bacanas. Bandas que não são a invenção da roda, mas são novas, com aquela energia jovem necessária, com boas canções, idéias legais. Mesmo que não consigam repetir a dose já deixaram sua marca, sua influência para outros um pouco mais jovens que vão seguir um rumo parecido. Talvez uma hora uma dessas apareça, dura 20 anos e lance 15 discos do caralho, 102 músicas foda, o que importa? O primeiro passo eles já deram.

Para quem gosta de música sem preconceitos.

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