A música e o mundo digital

null67% dos jovens de 8 a 12 anos preferem surfar na web a assistir TV. O Brasil é o terceiro maior mercado de computadores pessoais do mundo. Aparentemente, essas informações não têm muita relação com música. É o que ainda podem pensar donos de gravadoras e até boa parte dos artistas. Para quem está em sintonia com a nova realidade, porém, as informações só comprovam que em pouco tempo as atenções para o mercado de música devem estar menos voltadas para o que toca em emissoras de Rádio e TV e mais para o que circula pela internet. Em pouco tempo vai contar mais ter comunidades relacionadas com a banda com muitos fãs e estar bem no número de downloads, do que estar numa lista de discos mais vendidos ou numa lista de músicas mais tocadas numa rádio. Não importa o suporte em si, bandas e artistas, especialmente de música pop, que quiserem conquistar público vão ter que saber trabalhar com o mundo digital. Montar sites bem estruturados, utilizar as ferramentas disponíveis do mundo digital e saber divulgar suas músicas pela internet. O que parece cada vez mais claro é que conseguir propagar bem o trabalho na rede é mais importante do que ficar mendigando e tentando entrar na programação de empresas de comunicação que só visam o lucro e bancadas por jabá.

Celulares e games
nullSe o jovem público está se formando com tecnologia, internet e na frente de computadores, alguns dos caminhos para alcançá-lo são os games e os celulares. 48% da geração entre 8 e 12 anos, por exemplo, já tem seu próprio celular. Ter músicas nos aparelhos não é mais nenhuma novidade. Resta saber aproveitar esse nicho. Já no mundo dos games são também músicas que embalam jogos dos tipos mais diversos, inclusive com bandas brasileiras. Mais do que isso. O rock e a música pop já têm uma garantia na vida de crianças e adolescentes através dos games. Solos de guitarra não vão deixar de ser especiais enquanto existirem jogos como o “Guitar Hero” e seu controle no formato de guitarra. O terceiro jogo da série vaui mais uma vez reunir clássicos de bandas como Iron Maiden, Kiss, Beastie Boys, Weezer, Muse, entre outras. Tem mais, outros jogos acirram o mercado. No segundo semestre sai “Rock Band”, jogo que vai dar a possibilidade do usuário fazer de conta que faz parte de numa banda, “tocando” guitarra, baixo, bateria e cantando. Há ainda o jogo de karaokê SingStar´90s baseado em sucessos da década de 90 que inclui músicas do Radiohead, R.E.M. e The Cure, entre outros.

Festival e revista
O coletivo pernambucano Coquetel Molotov vem há alguns correndo atrás e mostrando que com trabalho dá para se realizar ações concretas. O grupo que já foi um simples zine, hoje une programa de rádio, site na internet, revista e festival. A revista chega a sua terceira e mais uam vez caprichada edição com 68 páginas e entrevistas com Maximo Park, Maquinado, entre outras, matérias com bandas e artistas do universo indie nacional e internacional, além de rsenhas de discos. Já o festival Coquetel Molotov divulgou oficialmente suas primeiras atrações: a cantora paulista Cibelle, o grupo Nouvelle Vague, além de nomes suecos, os grupos Love is All e Suburban Kids With Biblical Names e a cantora Hello Saferide. O festival acontece dias 14 e 15 de setembro.

Fora do dial
Se as rádios comerciais continuam preferindo investir na música que o público menos curioso e exigente pede, é de se lamentar que a única emissora que apostava no rock da cidade tenha fechado as portas. A 88FM não agüentou o desprezo de quem poderia bancá-la e encerrou as atividades. Um passo atrás.

Download
Novidades bacanas que já chegaram na internet: The Coral (senha rcd), M.I.A., Calexico, Tegan and Sara, entre outros. Todos com CDs novos.

Para quem gosta de música sem preconceitos.

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