A música do presente

A discussão sobre os rumos da indústria de música já começou a ganhar contornos mais claros. Depois de desprezar e em seguida promover ações contra a música digital, a grande indústria se rendeu. As gravadoras começaram a liberar seus acervos, algumas ainda de forma tímida, outras cobrando pelo serviço. Mas já tem algumas oferecendo gratuitamente catálogo integrais. É o caso da francesa Vivendi Universal que está disponibilizando um acervo que inclui nomes como U2, Black Eyed Peas, The Cure, 50 Cent, Beck, B.B. King, Kaiser Chiefs, The Killers, entre outras. Uma outra alternativa é o que propõe o site SpiralFrog (www.spiralfrog.com). O espaço será destinado a downloads de músicas e vídeos totalmente gratuitos. Como contrapartida, para baixar os arquivos, os internautas terão que assistir uma propaganda de 90 segundos antes do download. O site será lançado apenas no final do ano, inicialmente com exclusividade para Estados Unidos e Canadá. Um contrato com as gravadoras Universal e EMI já foi assinado. Os arquivos, no entanto, estarão no formato Windows Media Audio, não podendo ser ouvido em MP3 Players. No exterior, o mercado de música digital começa a equilibrar e compensar a queda na venda de CDs e DVDs. Não é para menos. O objeto físico, seja CD ou vinil, não terminou e nem deve terminar, mas está cada dia mais evidente que quem puder vai optar por música digital.

Indústria ainda se assusta
No Brasil, as gravadoras ainda avançam vagarosamente. Hoje, pelo menos elas já têm uma dimensão da força da música em formato digital. Uma pesquisa divulgada recentemente mostrou que quase três milhões de pessoas no país baixaram cerca de 1,1 bilhão de músicas pela Internet em 2005. A pesquisa, primeira focando a Internet, foi feita pelo instituto Ipsos Insight por encomenda da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), que se mostrou surpresa e vai seguir o mesmo caminho feito pela indústria no exterior. Processar usuários. Segundo a pesquisa, a indústria, que faturou pouco mais de R$ 615 milhões com vendas de CDs e DVDs em 2005, deixou de faturar mais R$ 2 bilhões com o serviço de download. Por aqui, a música digital ainda é conseguida através de redes de compartilhamento dos programas P2P. Lá fora, ao menos, aos poucos a indústria se toca que pode lucrar com a música na Internet, basta ter criatividade e não considerar os ouvintes de arquivos de música – que na verdade são seus clientes – como bandidos. Por aqui, depois do iMusica, sites de dois dos maiores portais do país começaram a comercializar música digital, o Sonora do Terra e o Megastore do UOL. Vamos ver quais as apostas das gravadoras por aqui.

Novas monstruosidades
Depois de fechar distribuição de seu catálogo na Espanha e Portugal, o selo goiano Monstro Discos acertou em mais dois lançamentos. Um é o EP “Bêbadogroove dos pernambucanos da Mundo Livre S/A que era vendido pela banda apenas nos shows. O Cd vai ganhar ainda dois clipes como faixa bônus. O selo vai lançar ainda um compacto em vinil com duas músicas. O outro lançamento vem da capital vizinha, Aracaju. Trata-se do novo disco do veterano grupo indie Snooze, que apresenta uma nova fase dabanda, com duas guitarras e três vocais, além de arranjos de metais e flauta.

Pitty é destaque no VMB
A baiana Pitty foi destaque no prêmio VMB promovido pela MTV. A cantora venceu em duas categorias, melhor vídeo-clipe de rock, por “Déja-Vu” e escolha da audiência por “Memórias”. Os dois clipes tem direção de jovens diretores baianos, Ricardo Spencer (autor de ambos) e Alexandre Guena (“Memórias”). Pitty foi escolhida pelo público ainda como vocalista da banda dos sonhos.

Baiano na estrada
A banda baiana Pessoas Invisíveis vai para o Rio de Janeiro participar do show da Trama Universitário. O grupo abre no dia 14 de novembro a apresentação da cantora Maria Rita. A Pessoas Invisíveis aproveita a viagem para show em São Paulo.

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