Vou ficar usando este expediente, respondendo os comments aqui.
Chico, Marcos e outros. É o festival de meus sonhos? Não, evidente que não. Tá ruim? Claro que tá. Eu sou o otimista de plantão. Mas basta olhar com um olhar mais atento que vai se ver que há mudanças, a passos lentos, mas se abre espaços para coisas que que não entrariam antes de forma alguma. É um evento mainstream, que visa grana acima de tudo, e feito numa terra que viveu sob uma monocultura destrutiva durante muito tempo. O que noto é que acabou essa fase e aos poucos outros sons ganham espaço nessa terra. O Ira tocar num festival desse porte em Salvador e no palco principal é importante. Pitty também. E outros tantos. Claro que o rock mainstream é na maioria bem ruim e isso influencia. Acho que talvez por eu me achar muito novo,não tenho essa urgência de vocês, que na verdade são bem pouco mais velhos que eu. Acredito nessa mudança lenta e consquistada a cada momento. Existem lobbys, grana, máfias envolvidas, portanto cada conquista é válida. Ver Ronei nesse meio, sem nada pesando por ele a não ser sua música merece destaque. As pessoas que fazem o festival não tem tempo, disponibilidadem nem conehcimento para ouvir tudoque lá chega, podes crer, então o que alguém com certo respeito indica que tem qualidade entra. Foi assim ano passado com Nancyta e Brinde, agora com Ronei. É um trabalho de formiguinha. Em nenhum lugar é diferente, é trabalhar para as coisas melhorarem, porque já estão bem melhores do que há um tempo atrás, mais profissionais, mais sustentáveis, apesar de faltar muito. Claro que a noite rock é fruto de gente com bons empresários, aposto que Skambo entra em algum dia ainda. Mas veja, em Recife e em Aracaju eu vejo as bandas novas trabalharem com tal seriedade que quase sempre já tem um empresário que cuidam de tudo, e quase sempre tentam negociar um cachê. É uma outra visão, que a gente não tem. Márcio Mello e esse pessoal, Daniela Firpo e por ai vai, tem. Acho que ninguém fala mais mal de Márcio Mello do que eu, é pseudo rock mesmo, rock pra quem é carente de rock e acha aquilo rock. Olha o esdpaço da deck, é acordo com uma gravadora, é, mas olha as boas opções que estão vindo pra cá num evento mainstream total. Velhos, aqui Weezer é alternativo total, pouquíssimas pessoas conhecem. Gram, Black Alien, Matanza … são colírios, uma opção muito boa diante de pouca coisa.
Tem mais, eu, diferente da maioria que deve ler esse blog inclusive, não considera tudo que é maistream ruim, nem tudo que é feito para Carnaval lixo, por isso, acho muito bom ver Gerônimo num palco desses do Festival de Verão. Idem pra Edson Gomes. E isso é outro sintoma, um bom sintoma. O que é bom permanece.
Vamos parar de reclamar e fazer, em Recife os festivais são feitos por gente que quer ver as coisas acontecerem, aqui esperamos que caia do céu. Vou parar por aqui e esperar mais comentários para discutir.
Só não aceito reclamação gratuita, entende? Porque foi isso que se fez quando axé ganhou força. É deixar a vaidade de lado e ganhar espaço. As coisas estão acontecendo em Salvador, quem passou um tempo fora e chega agora nota isso claramente. Mas agente tem opções, olhar o lado ruim das coisas ou acreditar que possam melhorar. As duas estão certas, uma serve para nunca ficarmos satisfeito, outra para ter certeza que pode ser melhor do que está.

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