Me passei de comentar alguns filmes que vi.

Sobre Meninos e Lobos – Não dá para não destacar Clint Eastwood neste filme. O que seria de um filme como esse, que tem uma história já contada dezenas de vezes? Claro que o roteiro é muito bom e colabora, mas é Eastwood que dá as fichas, controlando as emoções e sensações sentidas durante o filme, com uma precisão impressionante. Outras colaborações pesam e muito. Sean Penn, Tim Robbins, Kevin Bacon, Laurence Fishburne, turma de peso. A história é três amigos de infância que se reencontram numa situação delicada, o assassinato da filha de um deles. Não precisa de sangue e muitos tiros para se sentir dor. É candidato ao Oscar, mas eu aposto que o ganhador será…

Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei – Assistindo a trilogia Senhor dos Anéis tive a certeza que estava presenciando um momento histórico. Os três filmes já entraram para a história do cinema e quem assistiu os filmes dentro das salas escuras e entrou no mundo fantástico criado por Tolkien e recriado por Peter Jackson sabe do que estou falando. Jackson conseguiu colocar na tela um mundo inimaginável até então. O Oscar deve chegar como reconhecimento dos três filmes, é o mímino que podem fazer. Esse último é o mais forte em emoções, desde a sequência do pai alucinado mandando o filho para o suicídio e depois querendo queimá-lo vivo, passando pelas batalhas e pelo final. Amor, ganância, compaixão, amizade, palavras que com o uso têm ficado meio sem importância e que parece vêm perdendo a força, mas que está no homem e não dá para fugir disso, é por aí.

Narradores de Javé – Filmado na Bahia, na região de Gameleira da Lapa (próximo a Bom Jesus da Lapa) e Lençóis, esse é daqueles típicos filmes brasileiros dos anos 90. Bom filme, mas que falta algo pra ser completo.
Dá pra sentir um ar meio mambembe (não pensando positivamente, nem negativamente). Não é uma altíssima produção, dá pra sentir o esforço em fazer o filme, além do uso de atores da região. O roteiro apresenta uma falha crucial, faz o espectador cansar, o que socorre quem está assitindo é a excelente atuação de José Dummont (mais uma, esse sim é um dos melhores atores brasileiros), com uma presença de espírto formidável, porque não acredito que todas aquela “piadinhas” e falas estivessem no roteiro. Ele é Antônio Biá, um homem meio doido que foi renegado pela população de Javé, uma cidadezinha prestes a ser alagada por uma represa. Biá é convocado pra passar pro papel as histórias da região e mostrar como a cidade é um patrimônio e deve ser salva. O que cansa é justamente porque fica meio repetitivo ver ele ouvindo as várias histórias. Mas a idéia é boa e busca mostrar como é importante se valorizar culturas esquecidas, a memória e a importância de ser alfabetizado. Isso sem ser didático ouquerer dar lição. O que fica de bom mesmo é como a diretora (Elianne Café) mostra um Nordeste real, tanto visualmente quanto no jeito de ser das pessoas. A bacana trilha-sonora é de DJ Dolores. O filme foi premiado em Bruxelas, Recife, Rio…

O Último Samurai – Eu fui para o cinema esperando uma bomba. Imaginava um daqueles filminhos só com clichês e com Tom Cruise fazendo o papel de bom moço erguendo a bandeira norte-americana. Bem, tem muito disso, mas não é só isso. Se você não se incomoda em ver uma grande rodução com uma história já vista, só como cenário diferente, vá ver. Se exige um pouco mais de um filme e tem outras opções, não precisa ver, guarde seu dinheiro para coisa melhor. Se tiver tempo e quer ver um filme bacaninha, mas que vai esquecer em uma semana.. tente. Cruise é um guerreiro americano que vai ensinar as técnicas de combate aos “atrasados” japoneses. Isso é a visão mais errada do filme, que claro é cinemão americano e não ia fugir a regra. O bacana é ver como a cultura orientalé de certa forma mostrada, respeitada e até reverenciada. Isso é o maior ponto do filme. As cenas de luta convencem, mas deposi de Senor dos Anéis vão ter que caprichar bem mais. Triste é que os primos de Bush não conseguem deixar de se colocar como os redentores.

Para quem gosta de música sem preconceitos.

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