Dizem por aí que a Nação Zumbi é atualmente a melhor banda ao vivo do Brasil. Não tenho dúvidas. Mais, acho que a banda faz dos melhores shows do planeta. Queria ver os caras num Reading Festival da vida, ia deixar todo mundo boquiaberto e no ano seguinte iam pro palco principal. Sábado fizeram um show irreprenssível, mesmo com o som não estando dos melhores. Me lembrei do primeiro show que vi deles, ainda com Chico Science. Você olhava para os lados e via uma menina meio que sambando, um cara dançando maracatu, outro pogando, todo mundo sintonizado como som da banda. E o que aqueles caras estão fazendo? Que som é aquele? A percussão dos caras pesa mesmo uma tonelada, que somada ao groove de Dengue e aos gritos da guitarra insana e psicótica de Lúcio Maia faz o público entrar em transe. Literalmente, porque não precisa de nenhum aditivo para sair do normal, ficar fora de si e tonto. Porrada nos tímpanos com uma qualidade impressionante. O show é focado no último disco (“Nação Zumbi”), mas passa pelas diversas fases da banda, com explosões nas músicas do tempo de Chico. Direito a cover de Jimi Hendrix (“Purple Haze”) e Jorge Ben (“Umbabarauna”). Difícil alguém superar esse show esse ano por aqui.
OBs.: Merece comentário o show de Édson Gomes, o melhor reggaeman vivo, que consegue fases pelas músicas sem parecer chato, repetitivo e pseudo-ratsfari.”Malandrinha” é foda.

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