Uma volta ao mundo com 10 nomes da música da África, Américas, Europa e Ásia

A música segue sendo uma das melhores formas de conhecer e desbravar as diversas culturas pelo mundo. Reunimos alguns artistas espalhados pelos quatro cantos do planeta, do Mali à Colômbia, de Cabo Verde à Índia, de Cuba à Armênia para ampliar nossos horizontes musicais. Nessa viagem pelo mundo, passamos pela África, as três Américas, Ásia e Europa. Conheça os artistas dessa primeira série, ouça e curta a playlist e aproveite o passeio.

Andreia (Cabo Verde-França)

Pequeno país insular localizado no Atlântico africano e formado por dez ilhas vulcânicas, Cabo Verde tem uma musicalidade riquíssima e é pródigo em revelar talentos (Cesária Évora e Mayra Andrade são bons exemplos). Andreia é um dos novos nomes com origens caboverdianas. Ela cresceu nos subúrbios parisienses e promove um encontro do pop internacional com a música tradicional de Cabo Verde, graças às influências da mãe e das tias. A sonoridade contemporânea trafega ainda por afrobeat e música caribenha, com tons nostálgicos, ressaltando as melodias, ritmos dançantes e um canto sensual. Desde o ano passado ela vem lançando uma sequência de singles, que descambou em 2022, em seu primeiro EP, Nha Mundo. (Conheça mais)

JINJ (Armênia)

Armênia é um pequeno país montanhoso localizado na Eurásia, região que divide a Europa Oriental e Ásia Ocidental. Originário da Armênia do pós-guerra, o duo JINJ funde batidas eletrônicas e hip-hop com música folclórica e mística de seu país. Incluem no tempero melodias orientais, além do shvi e o pku, duas flautas tradicionais do topo das montanhas. A sonoridade é original, provocadora e nos leva a uma viagem por um mundo distante e desconhecido. O JINJ tem três singles lançados desde 2021. (Conheça mais)

Hamida Ag Fano (Mali)

O Mali é um país africano sem mar, com uma das piores economias do planeta e que tem sua porção norte coberta pelo deserto do Saara. Deste local surge uma das músicas mais fascinantes do planeta. O “Blues do Deserto”, que abrange nomes como Ali Farka Touré, Boubacar Traoré e o grupo Tamikrest. Outro nome que desponta nesse cenário (que inclui ainda artistas do vizinho Niger como Bombino e Mdou Moctar) é o de Hamida Ag Fano e seu grupo Kel Adagh. Assim como os outros, ele traz uma música baseada em riffs de guitarras que, aliados ao cantos, servem como mantras e refletem as alegrias e sofrimentos do povo do deserto. (Conheça mais)

Lady Jay (Gana)

Mesmo com suas 52 diferentes etnias, Gana é um dos poucos países africanos que não viveu grandes conflitos étnicos. De lá vem a voz doce, sensual e melodiosa de Lady Jay, cantora e compositora que promove um encontro de sonoridades. Mesclando soul, R&B, High life, Afro beat, Afro trap e Hip-hop, eles atua há mais de uma década no cenário musical. Jay vem se destacando pelas apresentações ao vivo, mas mostra sua potência vocal nos diversos singles já lançados, além dos EPs Anywhere You dey, de 2020 e do recente Anywhere 2 dey . Ela já tem o nome estabelecido no circuito Gana/ Nigéria e há alguns anos aportou na Itália, onde vem apostando em um novo momento da carreira. Uma sequência de novos singles sinalizam os caminhos de sua obras. (Conheça mais)

Ramon Chicharron (Colômbia)

Outro país que vem se destacando nos últimos anos pelo cenário fértil e criativo de sua música é a vizinha Colômbia. Se nomes como Bomba Estéreo e Systema Solar já são conhecidos por tornar ainda mais contemporâneos os ritmos latinos e caribenhos, o multi-instrumentista Ramon Chicharron segue o mesmo caminho. Nascido na Colômbia e residindo no Canadá, ele promove uma mistura de gêneros e identidades, unindo o urbano e o natural, a tradição e o moderno, sem perder o estilo latino e caribenho. Com dois álbuns lançados, ele vai soltar um novo trabalho, Destello de estrellas, em 27 de maio. (Conheça mais)

Mariaa Siga (Senegal)

Apesar da língua oficial ser o francês, fruto do passado colonial, o Senegal possui diversas línguas. A jovem cantora e compositora Mariaa Siga faz questão de cantar quase sempre em Diola, sua língua materna, que combina com a mensagem de retorno às raízes. Ela trafega pelas sonoridades locais, mas sua referências passam também por blues, folk-jazz e até inspirações do reggae roots, sempre com um timbre vocal marcante. Com um álbum lançado em 2019, Asekaw, ela prepara agora seu segundo trabalho. (Conheça mais)

Sumo Y Los Hermanos Del Alma (Cuba-Suiça)

Criado em 1999 pelos irmãos Alex (guitarra, vocal) e Fred Sumi (baixo, produção) como um grupo de electro-funk, o Sumo já passeou por diversas sonoridades, flertando com soul, funk, hip-hop e dub. Essa distensão acaba sendo a marca do grupo, que em sua mais nova investida estética explora sonoridades cubanas. Com um baterista chileno, um cantor de reggae da Jamaica, e diversos músicos da ilha caribenha, o grupo se exilou em Havana, passou a adotar o nome de Sumo y Los Hermanos del Alma e injetou novas sonoridades em sua já marcante salada. Rock afro-cubano, afro-beat, latin-jazz, afro-cuban soul, muita percussão afro-cubana é o que marca essa mudança, que começou a aparecer nos novos singles e deságua no sexto álbum, Oya, que será lançado em breve. (Conheça mais)

Fabrice Mukuna (Congo)

Aos 8 anos, ainda no Congo, Fabrice Mukuna já tocava bateria e começava a viajar para tocar com a igreja. Aos poucos foi aprendendo outros instrumentos, se mudou para Europa e, em 2018, fundou o grupo com seu nome. Saxofonista, cantor, percussionista, guitarrista e pianista, ele lidera esse projeto que varia entre 6 e 9 músicos e que faz um passeio por ritmos congoleses mesclados com jazz europeu e música sul-americana. Podem chamar de World Music ou Afro jazz, o resultado em si é uma delicada e vibrante mistura de referências. (Conheça mais)

Toronto Tabla Ensemble (Índia-Canadá)

Fundado em 1991 pelo indiano Ritesh Das, o Toronto Tabla Ensemble é mais do que um grupo, é a razão de sua existência e uma organização educacional que visa expandir o universo das tablas pelo mundo. Em seu projeto, o instrumento percussivo bastante usado na Índia, normalmente em músicas devocionais ou meditativas, ganha o centro das atenções. Já são oito álbuns lançados por Ritesh Das e seus alunos com essa premissa. O mais novo deles, For The Love of Tabla, traz diversos convidados, como a estrela do rock canadense Bif Naked, que compõe e participa do single que lançou o álbum, e músicos de diversas partes do mundo. (Conheça mais)

Bomba Black (Togo)

Nascida em Togo, pequeno país encravado no Golfo da Guiné, entre Gana e Benin, Bomba Black é uma poderosa cantora e compositora. Ela já morou nos Estados Unidos, onde se formou em Literatura, e atualmente mora na França. Ainda com poucos trabalhos próprios lançados, ela solta a linda voz em versões de nomes como Beyoncé, Asa, Tracy Chapman, Norah Jones e até Ed Sheeran, que podem ser vistos em seu canal de YouTube. Seu atual projeto de vida envolve impactar a música nos países africanos através da associação Happy Kids. (Conheça mais)

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