Retrofoguetes

Retrofoguetes faz história no TCA

O Retrofoguetes vem se notabilizando por fazer shows memoráveis. Foi assim com as apresentações no projeto Retrofolia, na participação no Carnaval, em festas como “O Natal do Retrofoguetes” e em boa parte de seus shows. A apresentação no último domingo, no Teatro Castro Alves, dentro do Projeto Domingo no TCA, foi mais um desses eventos memoráveis.

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Daqueles shows que você sai com a clara sensação de ter presenciado um acontecimento único, histórico e inesquecível. As cerca de 1.500 pessoas presentes numa manhã de domingo puderam ver no palco – como a banda mesmo disse durante o show, “por onde já passaram grande artistas” – um grupo marcar definitivamente seu espaço no panteão da música baiana.

Era o show de lançamento do novo álbum da banda, Chachacha, e em cerca de uma hora e meia de apresentação, os Retrofoguetes desfilaram quase todas as músicas do disco e algumas do primeiro trabalho. 22 músicas no total, com direito ao cover “Goldfinger” (John Barry, Leslie Bricusse e Anthony Newley) e um biz.

Desde a abertura com “Vênus Cassino” e “Fuzz Manchu”, dois petardos de Chachacha, Morotó Sim (guitarra), Rex Crotus (bateria) e C.H. (baixo) já demonstravam a felicidade de estar ali, num lugar tão especial, conseguindo colocar em prática um show irretocável. A produção caprichada, desde a entrega de programas, a entrada pelo fosso do palco, passando pelo cenário, iluminação, figurino, participações especiais e a qualidade do som, garantia uma manhã marcante para o público diverso presente e super comportado (ao contrário do que os maldosos imaginavam) e possibilitava que a banda registrasse a apresentação para um provável DVD. O resultado não poderia ser diferente: show histórico.

Boas companhias

Se o trio por si só já garante espetáculos imperdíveis, nesse show se armaram de companhias ilustres para tornar tudo ainda mais especial e único. Foi um desfile de alguns dos músicos mais importantes do cenário local. E, como vem sendo a marca da banda e do próprio rock baiano contemporâneo, cada vez mais deixando de ser gueto e fechado ao próprio universo. Se revezavam no palco nomes como o percussionista da OSBA (Orquestra Sinfônica da Bahia), Gilberto Santiago; o fundamental Aroldo Macedo (da família Macedo do trio elétrico Dodô & Osmar) com sua guitarra baiana; os parceiros de muitas apresentações andré t. (que é também um dos produtores da banda); Julio Moreno, fazendo as cordas em algumas músicas; os percussionistas do trio de Dôdo & Osmar, Emanuel Magno e Ronaldo Oliveira; o acordeonista Saulo Gama, que tem dado um tempero especial e confirmou isso ao vivo nas circenses “O Início do Espetáculo” e “O Espetáculo Continua no Circo Espacial de Moscou”, e na excelente tarantela “Santa Sicília”.

A participação mais especial foi, no entanto, a de Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz. Uma big band de sopros acompanhando os Retrofoguetes na primeira execução ao vivo da excelente “Maldito Mambo”. Primeira e uma das únicas, já que a banda pretende tocá-la sempre acompanhada do naipe de metais e não é toda hora e em qualquer lugar que dá para receber os doze músicos. Nâo foi a toa que o biz foi um retorno da Rumpilezz ao palco par amai suma vez mandar ver com “Maldito Mambo”.

Toda a estrutura, fora e dentro do palco, só reforçaram o poder que o trio tem em cima do palco. Poucas bandas têm a capacidade de adaptar o próprio repertório aos mais diferentes tipos de palcos e ocasiões. O Retrofoguetes, mais uma vez, mostraram que são experts nisso. O trio soube aproveitar muito bem a estrutura ofererecida e um palco enorme como o do TCA, tocando com a mesma naturalidade e competência que faziam no Calypso. Mas era uma ocasião especial e eles rechearam o show com os convidados, souberam aproveitar a acústica e acabaram ganhando ainda mais força no palco.

A banda soava perfeitamente, a sonoridade ganhou mais corpo e os detalhes apareciam com clareza. Guitarra, baixo e bateria eram o norte para levar a surf music, os sons de filmes de ficção científica e a viagem sonora por vários cantos do mundo que a banda tem feito. Se em outra apresentação no próprio TCA, dentro de um festival de música instrumental, parte do público criticava a presença de uma banda de rock no palco, agora ela foi recebdia como se tocar ali fosse comum. Além da competência na música, a banda manteve o clima bem humorado que marca os shows. No final, a sensação foi que eles podem tocar em qualquer lugar que a qualidade está garantida. Nesse show, porém, foi um pouco mais, foi como se o trio tivesse rompido um lacre, ultrapassado o universo que eles sempre estiveram e subissem ao patamar de nomes imortais da música feita na Bahia.

retrofoguets rumpilezz

  1. voce não tem ideia de como fiquei ao acordar, olhar para o relógio e ter percebido que era tarde demais pro show.
    sua resenha me deu mais raiva ainda luciano.

    parabéns aos retros!

  2. fui ao show e foi legal sim, mas nada muito extraordinário como vc diz ai. achei o retro meio inibido com o teatro. e aqui pra nós com ajuda da secretaria de cultura e do o governo fica bem mais fácil né nãp? pense nisto lub

    1. Não entendi a última parte de seu comentário, o que fica mais fácil? e a função deles não seria facilitar mesmo? É pra ser dificil?

  3. a função da secretaria de cultura é facilitar mesmo!
    mas a verdade é q poucas, pouquissimas bandas investem tanto em qualidade quanto os retrofoguetes.
    deus mora nos detalhes, e o diabo tb.
    bom gosto e muito tatento! esse é o grande diferencial dos retrofoguetes.
    todo o reconhecimento q eles tem é muito merecido.
    quem pode pode.
    foi lindo mesmo, inesquecivel.
    o dvd vai rolar. perfeito como o show.

  4. acho q vc entendeu sim luciano. . e quem aconpanha sabe q retrofoguetes é do esquema da secult e tem proteção lá dentro. nada de anormal nisso. se é pra facilitar então tem de facilitar pra todo mundo. e o som deste video q vc colocou tá uma porcaria, vc tá tão deslumbrado com o retrofoguete q nem prestou atençao ao som do video q ninguem entende q tão tocando

  5. Ai meu deus, mais um que vai ficar nesse papo de panelinha. Panela monstra pelo que tenho visto. Mas ok, voce vai ficar com sua razão, reclamar sempre e morrer com ela. Paciencia.

    Eu achei videos piores, se achar um melhor que esse, me fala que troco, ok?

  6. Flavio, docinho de coco despeitado. Você deve ser o otário de alguma bandazinha de merda que não chega aos pés de monstros baianos como Retro, Cascadura, que metem as caras, ensaiam pra caralho, aparecem na MTV, têm produtores de qualidade e, em vez de se esforçar, prefere ficar DE FORA apontando o dedo pra quem RALOU MUITO pra entrar. Seu otário de merda, se recolha à sua insignificância!

  7. é claro que luciano está deslumbrado, como muitos estão, os retrofoguetes são, de fato, deslumbrantes.

    e atribuir as conquistas que resultam de talento, criatividade, experiência e dedicação, de muitos anos, a panelinhas/secult é muita picuinha, despeito mesmo. uma pena que esta postura nociva seja tão recorrente.

  8. Ser “protegido” da secult facilita em que mesmo? Tocar bem? Ser convidado para tocar na mtv? Também ser convidado para participar de todos os festivais do país?
    Que legal. Vou puxar o saco de alguém da secult. Vou tocar pra caralho então!

  9. É, as pessoas não percebem que primeiro a banda vai à luta, se dedica, produz – e além disso, têm talento – pra depois ser reconhecida e passar a ser “protegida” e adquirir “facilidades”da parte de seja quem for.
    Aí quem não tem a competência e o talento necessários quer que haja o caminho inverso, quer dizer que se “facilitarem” pra todo mundo, todo mundo pode ser sucesso. É como disseram aí em cima, os Retrofoguetes não tocam pra caralho e fazem shows fodões porque a Secult ou seja quem for ajuda – eles já faziam isso desde a época do Calypso -, mas porque têm talento, competência e persistência mesmo. Quem não tem isso, sinto muito, mas não tem como querer ser igual, nem todos podem ser bons, né? Dor de cotovelo reina no rock baiano hein…

  10. Luciano, estava lá e pude conferir mais uma vez a qualidade “esperada” desse grande show, já que há muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito anos acompanho o som dessa galera aí. Só uma coisinha…dava pra colocar o nome do percussionista convidado, só faltou o dele, Gilberto Santiago, que assim como os outros ajudou a engrandecer a festa!!! Abç!

  11. Prêmio Bahia de Todos os Rocks e Shopping Iguatemi apresentam a exposição: “Eles Estão Entre Nós – Evidências e Artefatos do Rock Baiano”, com a curadoria de Chico Castro Jr.

    Quando: De 13 a 19 de julho de 2009.
    Onde: Alameda Luiz Gama do Shopping Iguatemi – 3º Piso – Salvador-BA (o corredor da Riachuelo/Fredíssimo).
    Custo: Gratuito

    Apareça lá na segunda de noite. Não vai rolar coquetel, apenas um encontro. O release está no Rock Loco.

  12. Te vi lá iasporra, resenha bala!!!!!!!!

    E o show foi SENSACIONAL!!!!Quem não foi perdeu de ver uma excelente banda, e mais perdeu de ver um show rocker com uma qualidade que dificilmente verá novamente em Salvador.

  13. Eu não entendo porque todo mundo vem choramingar aqui sobre a SECULT? É pra ver se descola um patrocionio, pra entrar no “esquema”? Quase todo post é essa mesma ladainha, é isso e falar que Rio Vermelho é lugar de boy e essas merdas de sempre, neguin devia para de reclamar e fazer seus próprios “esquema”, ou será que não tem capacidade? Tem que está se apoiando sempre em alguem?

  14. não entendi bem a colocação de Mary jane…ser monstro é ser bom? E ser bom é estar na mídia ? Então o melhor da Bahia ainda é o axé, que trabalha pra caralho, vai na MTV, Globo e todas as outras emissoras e tá rico…. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  15. “é muita estrela pra pouca constelação…” normalmente o que rola é: é uma merda, faz sucesso. sucesso não é parâmetro de coisa boa, se liguem.
    salvo exceções que tem o seu valor merecido, não estou julgando qualquer banda aqui citada.

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