Gringos na Bahia


Ninguém mais deve acreditar na presença artistas internacionais de renome na Bahia. No início desse ano, anunciamos aqui que Salvador deveria receber alguns nomes relevantes. Algumas coisas não foram como se esperava e se divulgava. O Claro que é Rock (que já havia trazido Placebo em 2005) não voltou a acontecer, o Tim Festival não incluiu Salvador nos seus braços fora do eixo Rio-São Paulo e o Festival de Verão não conseguiu fechar as negociações com Alanis Morrissete. Se formos avaliar e comparar com anos anteriores, as coisas não foram tão ruins. Longe do ideal, mas no Carnaval recebemos uma grande atração mundial. Não, Bono e o U2 não contam, vieram apenas passear. Mas FatBoy Slim se apresentou em cima do trio elétrico e fez o circuito Barra-Ondina conhecer os beats do inglês, que se apresentou ao lado dos DJs Marky e Patife. Pouco mais, lembro da banda punk Clorox Girls, que fez um show comentado no Calypso. O Festival de Verão acabou trazendo Burning Spear, um nome menos conhecido, mas que tem sua importância no meio dos sons jamaicanos do Reggae.

Mais uma vez um novo ano vem chegando e boas novas surgindo. A aposta inicial é mais uma vez o Festival de Verão, que não anunciou oficialmente, mas vem tentando trazer o cantor Ben Harper. A possibilidade parece ainda mais concreta quando se noticia shows dele pelo sul-sudeste do país e a confirmação da turnê em janeiro no site do próprio músico. Seria um reforço e tanto para o festival. Um nome que pode agradar públicos diversos e tem um trabalho respeitadíssimo. O festival ainda não confirmou, mas parece que falta pouco. A última vez que o cantor esteve no Brasil foi par ashhow no Free Jazz em 1998. Não vai ser surpresa se no rastro de Harper a produção do evento anunciar o nome de outra atração internacional. Seria Donovan Frankenreiter, som de surfista e que já esteve aqu na Bahia em show em Costa do Sauípe.
Há ainda a possibilidade de o Carnaval receber mais uma vez atrações gringas. FatBoy Slim estaria cogitado a voltar a se apresentar a bordo de um trio elétrico, por enquanto ele está confirmado no Carnaval de Porto Seguro sendo a atração principal ao lado de bandas de axé. O Tim Festival já mostrou que a cada ano vai levar algumas de suas atrações para duas capitais além de Rio e São Paulo. Alternando cidades pelo Brasil. Se em 2005 foi BH e Porto Alegre, em 2006 Vitória e Curitiba, pode ser que o evento chegue no Nordeste. A Bahia seria um dos lugares que poderia receber alguns dos shows programados para edição 2007. A Tim ainda não se mnifestou a respeito, mas Salvador já havia sido cogitada para este ano. Já o Claro que é Rock, que não foi realizado em 2006 devido ao investimento no show do Rolling Stones, pode voltar em 2007. É torcer e rezar para que nos mesmos moldes de 2005 e com Salvador incluso. De resto é pressionar produtores para que tenham mais coragem de colocar a capita baiana na rota de shows internacionais que vêm infestandoo país.

  1. esqueceu de U-Roy no república do regggae deste ano, nome ícone do estilo na jamaica, ninguém conseguiria esquecer seus hits: soul rebel e pass the kutchie.

    falando nisso, black eyes peas no reveillon 2007, do rio, de graça, aquela coisa, junto a sérgio mendes. quem quiser aproveitar a atração pro verão baiano…

  2. eu fui cético no inicio do ano e acabei acertando… nao fico feliz com isso, mas isso é o que temos… infelizmente. espero que as coisas mudem. mas acho dificil. ninguem quer investir aqui.

  3. Ninguém vai investir se achar que não tem retorno. Ben Harper não é a melhro coisa do mundo, mas tá de ótimo tamanho para Salvador, para um festival dos moldes do Festival de Verão. Acho que é o público fazer seu papel, exigir, pedir mais, mostrar que existe vida inteligente atrás de coisas interessantes na cidade e não ficar choramingando em casa como muitos fazem

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