De volta… com notícias

Vou soltar hoje ainda algumas coberturas de shows que vi no Mercado Cultural
Para começar, o que todo mundo já deve estar sabendo, os boatos de que Fat Boy Slim viria para Salvador se confirmaram. O DJ vai ser a principal atração do Bloco Skol, se apresentando no último dia da festa. O bloco também terá mais uma vez o cantor Falcão (O Rappa) e a banda A Zorra. Bom, só pela presença de Fat Boy Slim, já vai ser o melhor carnaval em anos.
Entre as novidades por aqui na Bahia, o Retrofoguetes relançou o excelente EP “O Natal do Retrofoguetes” , só que desta vez em compacto vinil pela Monstro Discos, de Goiânia. Quem recebeu em CD ano passado sabe como vale a pena.
Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta não ganharam o Claro que é Rock, mas talvez tenha sido melhor. Eu pelo menos sou dos que acha que ser independente é um caminho, artisticamente falando, melhor. Evidente, que mais trabalhoso, mas o que vale é a qualidade permanecer. O bom é que a banda já lançou o novo CD que está excelente. Alguns podem até estranhar no início, mas ouvindo com calma vai se acostumar com os novos arranjos, já que as músicas são de altíssimo nível. QUem vai gravar uma música do grupo é Maria Alcina. A cantora, que lançou um excelente disco com a banda paulista Bojo e gravou uma música de Wado, escolheu muito bem. Ela vai dar nova versão a “O Drama”, um dos “hits” de Ronei Jorge. Mundo Livre S/A toca aqui dia 7 de janeiro, Wander Wildner toca dia 12 do mesmo mês.
Mas é lá no Brasil que o bicho pega. Lembra do último post que fala em U2, Rolling Stones, Oasis e Jamiroquai no país? Pois tem mais, bem mais. Depeche Mode, Seal, Bob Dylan, David Gilmour, Simply Red e Donna Summer estão quase certos para shows no Rio e em São Paulo. O Supergrass está sendo cogitado como principal nome para o Campari Rock, em abril, só em Sampa. Madonna também está com o pé aqui, com show da nova turnê “Confessions on a Dance Floor”. Millencolin já está com datas certas entre 9 e 12 de março. Tem ainda Franz Ferdinand quase certo abrindo para o U2, além da versão brasileira do Sónar, Porto Musical, Rec Beat e Abril Pro Rock pela frente. É aquela coisa, depois que quase todo mundo tocou em 2005, resta saber quem vem agora. Quem falta?
Mas não são só flores que nos cerca nesses dias. O Festival de Verão, que tinha dado claros sinais de evolução na programação deste ano, volta a apostar no mais do mesmo. Nem o palco 2 (Alternativo) salva, pelo contrário, foi o principal atingido. Se em 2005 algumas bandas vieram trazendo alguma novidade, como Gram, Matanza e Dead Fish, e outras bandas baianas tiveram um merecido espaço, caso de Honkers, Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta e Radiola, a coisa mudou. Para muito pior. Nem dá para ter como desculpa a falta de público, tanto o palco Rock Bahia, quanto o da Deck receberam um público muito bom, surpreendente para alguns até. No próprio site do Festival de Verão a noite Rock Bahia foi votada como o melhor palco alternativo. Se os organizadores dizem que seguem o que o público pede… falta coerência.
Tudo bem, ainda dá para se salvar algumas atrações, na noite da Trama tem Otto, que fez um show excelente semana passada por aqui. Os paulistas da Cansei de ser Sexy não devem fazer feio, vale a curiosidade. Assim como as bnadas da noite da Sony/ BMG: MopTop, Luxúria, Medulla e FURTO, que acho fraco, mas diante do resto… Agora, Não dá mais para engolir gente como Cláudio Zoli, homem que em sei lá quantas décadas de carreira consegiu emplacar um hit lá nos anos 80 e que nem boa música é. Max de Castro é dispensável. Os astros podem iluminar Carlinhso Brown a escolher boas atrações para os outros dias do palco. Mas reparem. Nada de rock daqui da Bahia. Grande mancada de 2006 desde já. No palco principal do festival quase nada se salva, com bom humor dá pra incluir algumas coisas. Los Hermanos, A Cor do Som, Pitty e Paralamas. Mas…, sim há um mas na história, parece que estão querendo incluir uma atração internacional de peso na escalação. Isso pode ser muito bom, mas também pode ser muito ruim. Infelizmente, um festival que escala gente como Marjorie Estiano, Jamil, Bruno e Marrone e Biquini Cavadão não dá para levar a sério. Os grandes nomes do axé infelimente ainda vamos ter que engolir, mas os próprios patrocinadores do Festival de Verão já estão dando como os últimos tempso do axé. Alguém tinha dúvidas?

Ah! não esqueçam de ver “King Kong” e Cinema, Aspirinas e Urubus”, filmes praticamente opostos, mas ambos muito bons, cada um em seu mundo, cada um em sua forma e em sua proposta.

Para quem gosta de música sem preconceitos.

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