Tempos bons e novos


No último domingo, o principal jornal do estado deu na capa de seu caderno de cultura que o rock progressivo completava 40 anos. Enquanto isso a cidade, ou uma pequena parcela dela, se despedia do II Fórum Música Mercado e Tecnologia. Alguns nomes relevantes do mercado musical estiveram por aqui discutindo, ensinando e tocando. Bom público, poderia ser melhor, boas discussões e a sensação de que há cada vez mais gente interessada em melhroar suas produções por aqui. O programa Radioca fez uma cobertura do evento que vai ao ar nesse domingo, às 17 horas, na Educadora FM. Mesas sobre Organizações Associativas, Exportação de Música, Jornalismo Musical, entre outras, fora alguns dos atrativos. Fora isso, muitos shows bacanas, num pequeno, mas eficiente panorama do que vem sendo feito de boa música pelo Nordeste. Com um bom público presente no Pelourinho, Wado e Cidadão Instigado mostraram porque estão entre os melhores nomes da nova safra da música brasileira, além de boas e gratas revelações, como a dupla sergipana meio White Stripes, The Baggios. Teve ainda o bom dos baianos da Quixabeira da Lagoa da Camisa e do Subaquático e os pernambucanos da Orquestra Contemporânea de Olinda.

Além do Fórum, várias outras atividades tornaram mais um fim de semana bem saboroso na capital baiana (de Jorgen Ben a Cascadura, do lançamento do Aguarraz ao Baile Esquema Novo e por ai vai), aquela em que outrora só se ouvir um tipo de som. O melhor é que a programação na cidade continua recheada. Você pode pesquisar na agenda aqui do lado ->, mas vamos te ajudar.

Nem todos souberam, mas na semana passada começou o IIº Phoenix Jazz Festival de Praia do Forte, com a seguinte programação:

Deu pra perceber? Stanley Jordan, Yamandú Costa, Hermeto Pascoal, Manoel Miranda, Spok Frevo Orquestra, Steve Coleman (EUA), entre outros, de graça em Praia do Forte.

Tá bom, jazz não é sua praia. Tem ainda shows bem interssantes por aqui: Cascadura, Vanguart e Móveis Coloniais de Acajú no Pelourinho, Nasi e Reespública no Groove Bar, Convenção de Tatuagem, Mallu Magalhães, Retrofoguetes, Theatro de Seráphin, entre vários outros.

Nenhuma novidade? Que tal o norte-americano Bonnie “Prince” Billy? Considerado pelo The Observer o maior compositor norte-americano dos anos 90, ele vem a Salvador para um dos quatro shows que fará no Brasil (São Paulo, São Carlos e Porto Alegre, são as cidade além da capital baiana que recebe o músico. Bonnie, também conhecido como Will Oldham e que encabeçava os projetos Palace, Palace Songs e Palace Brothers, se apresenta no dia 28 na Boomerangue. Na mesma noite o projeto Dois em Um

Ainda tem o Mercado Cultural, que se perdeu um pouco de sua força, ainda tem relevância e vai trazer bons nomes para a cidade.
Entre as atrações este ano estão Jards Macalé, La Revuelta (Colômbia), Nico Okkerse – Silent Disco (Holanda), PercaDu (Israel), Alejandro Vargas Cuarteto (Cuba), Fernanda Takai, André Abujamra, além de nomes locais.

Mais pra frente devem pintar outros gringos por aqui. O projeto/ banda Little Joy de Rodrigo Amarante (Los Hermanos) e Fabrizio Moretti (Strokes), fará uma turnê pelo Brasil de 23 a 31 de janeiro Festival de Verão? Bem possível, mas pode nem ser. Vamos aguardar. O show tá confirmado no Rio, SP, BH e… Salvador. Tá bom, mas pode ser melhor.

  1. Luciano, concordo com vc que tem muita coisa nova interessante acontecendo e que esses meses de outubro e novembro foram super agitados, com várias opções de shows inéditos e bacanas, muita movimentação independente etc. Mas a matéria de Eduardo Bastos sobre os 40 anos do rock progressivo – a despeito dele ser meu colega de trabalho e superior hierárquico – estava primorosa e não merece ser citada como uma coisa descolada desta realidade como vc fez no início do seu texto. O Radiohead, que vc está tão ansioso para assistir, tem fortíssima influência do rock progressivo, assim como o hypadíssimo (até a última vez que verifiquei) MGMT. Basta ver todas as resenhas do show deles no Tim Festival. Todo mundo diz que foi um show de rock progressivo. Pessoalmente, eu não sou muito fã do prog rock, salvo o Floyd (que é uma das minhas bandas preferidas de todos os tempos, assumo) e uma ou outra coisa do Genesis (fase Peter Gabriel, obviamente) ou do King Crimson, Marillion e coisa e tal. Mas como vc pode ver, o prog rock não está tão fora de uso assim, e sua influência é sentida até nas bandas mais queridinhas do círculo hype/indie/whatever. Sugiro, na boa, que vc leia a matéria com atenção e veja como é muito bem escrita, pesquisada e conectada com o mundo de hoje. Edú Bastos é um dos caras mais admiráveis da imprensa musical baiana e tem muito conhecimento (e manha) a nos oferecer, como jornalistas e roqueiros que somos. Aquele abraço, meu irmão.

  2. Talvez não tenha sido claro. Eu acho válido e importante ter um texto desses. Só não entendo como o maior jornal do estaod não tinha um repórter cobrindo o Fórum ou fez várias matérias aproveitando eo evento. AI no dia que caberia um balanço, sai a matéria sobre o rock progressivo. Como se nem tivesse rolado algo tão interessante na cidade

  3. Beleza. O problema, entre outros, é que, por conta de uma característica estrutural / industrial lá do periódico da Av. tancredo neves, o caderno de domingo é fechado – e rodado – na sexta-feira, dia em que o Fórum ainda estava no meio do andamento. Pois é, podia ter saído durante a semana, vc responderia. De fato. Eu mesmo gostaria de ter feito isso, mas como vc sabe, a editoria tem olhos para várias outras coisas ao mesmo tempo e não agendou a matéria, pois já estava ocupada com – para ficarmos só no terreno musical – o show de Nasi (capa de hj, com um ótimo entrevistão), o festival de jazz (que, apesar de ter sido divulgado de véspera, na semana passada, é a capa de amanhã) e o música em todos os ouvidos deste sábado (página inteira da edição de hj). Como vc pode ver, o Cad 2 está, sim, se movimentando (e muito) para não comer mosca. Mas nem sempre dá para fazer matérias de balanço de coisas que já aconteceram, pois o mundo não pára. O Fórum merecia a matéria de balanço, e boas entrevistas com nomes como Paulo André, Pablo Capilé, Ivan Ferraro etc? Claro! Eu mesmo me ressenti disso. Foi um belíssimo evento e Gilberto Monte está de parabéns. Mas faz-se o que pode.

  4. Eu trabalho em um escritório e diretamente com uma automotiva, é óbvio que eu vou querer que comprem carros dessa marca e que contratem os serviços do escritório, pois imaginem só alguem me pergunta sobre um escritório de advocacia e eu indico outro, ou ainda, alguem me pergunta sobre carros e eu digo que o da concorrência é melhor, meu ganha pão não é a concorrência que dá, se as vendas caem, se o fluxo de processos caem provavelmente quem vai cair sou eu, por isso ratinho querido, você deveria pensar antes de defecar pela boca, pois seu comentários estão dando no saco.

    Sobre o post, esse ano de 2008 tá sendo agitação pura, até eu que resistia a essas festas descoladas tou invadindo la boate (risos)

  5. e dai q o cara trabalha no estado e quer divulgar? que comentario imbecil…
    não tem importancia? meu deus, quanta ignorancia. vc podia assumir logo q vc tem um problema pessoal e/ou antipatia com luciano. foda é defecar pela boca como você tá fazendo…

  6. estão com saudade do tempo que a secretaria de cultura patrocinava apenas o axé, e uma certa parte da imprensa baiana sente falta da boca livre que rola nos camarotes axé.

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