Tour Nordeste Fora do Eixo reúne Macaco Bong, Porcas Borboletas e Burro Morto

macacobong_tour Fora do EixoAs bandas Macaco Bong, Porcas Borboletas e Burro Morto se jogaram na estrada em uma turnê pelo Nordeste promovida pelo Fora do Eixo e que mostrou  ser viável o circuito de shows pela região. O que precisa é que iniciativas como essa do Circuito Fora do Eixo deixem de ser exceção e passem a ser regra. É um caminho…

Alguns artistas têm se reunido através de coletivos espalhados pelo Brasil e buscado alternativas através deles. Em dezembro passado, algumas bandas de rock de estados diferentes se juntaram para um caminho que não é para todos, mas que abre boas possibilidades e resultados interessantes. A Tour Nordeste Fora do Eixo , como o nome já indica, mobilizou shows por cidades nordestinas através do trabalho de alguns destes coletivos. O resultado mostrou que é possível e viável viabilizar uma agenda de shows passando por cidade nordestinas.

Nessa primeira tour, as bandas Macaco Bong (MT), Porcas Borboletas (MG) e Burro Morto (PB), mais técnicos de som, 2 roadies e uma jornalista cobrindo tudo e disponibilizando na internet, num total de 19 pessoas, se enfiaram dentro de um micro-ônibus alugado, munidos de instrumentos, equipamentos para registro e a vontade de fazer algo bacana. Resultado sete dias de shows e a certeza que é um caminho real. Evidente que não para todos. Foram sete apresentações de terça a terça, começando por um show vazio em Fortaleza e por casa lotada em Salvador.

Se o resultado ainda não foi lucrativo financeiramente, com as forças dos coletivos viabilizando os shows em cada cidade e do Circuito Fora do Eixo bancando a estrutura para a turnê, a iniciativa foi positiva para bandas e para as cenas locais. As bandas tiveram uma oportunidade inédita de realizar shows em cidades que mal conhecem seus trabalhos, logo uma ótima a chance de se tornar mais conhecidos e conquistar público e, em consequência, poder viabilizar um retorno. Uma lógica simples. Que funciona também para as cenas das cidades que receberam as turnês, que, sempre incluindo bandas locais, tiveram a programação agitada com novidades, bandas novas circulando, público ganhando oportunidade de ouvir alguns destaques do cenário nacional e por ai vai. Um investimento bem sucedido, que não deu dinheiro como lucro (também não se perdeu), mas um retorno para todos os envolvidos, bandas, coletivos e público.

Casa lotada

Em Salvador, o show aconteceu em plena terça-feira. Um bom público compareceu ao evento, que marcava o lançamento do coletivo Quina Cultural, integrante do Fora do Eixo. Não podia ser melhor: uma banda local. Os Irmãos da Bailarina, que vem crescendo e se firmando, com um rock que muitas vezes soa estranho para o que é feito no gênero atualmente. A banda está cada vez melhor com seu som que parece mesclar stoned rock com pós punk oitentista.

Entre as bandas que vinham na turnê estavam duas bandas instrumentais, a paraibana Burro Morto, com seu rock cheio de guitarras e influência de jazz e afrobeat, e a já meio consagrada no circuito, Macaco Bong, com seu rock nervoso, cheio de quebradas, com pitadas de jazz fusion. Ambas com bons shows, como já vem provando em festivais Brasil afora. Mas quem roubou a cena foi a mineira Porcas Borboletas. Com uma presença de palco arrasadora, em que dois vocalistas branquelas meio estranhos se revezavam entre cantar, fazer danças esquisitas e interpretar alucinadamente as letras, enquanto um percussionista gigante, negro e insano detonava pratos e instrumentos, a banda mostrou porque é uma das apostas para 2010, deixando o público estupefato com sua música desconcertante e poesia direta. Música brasileira inquietante, vanguardista, com peso rock e cheiro de Arrigo Barnabé e Patife Band.

Leia mais no blog que acompanhou a turnê e veja as fotos

Tour Nordeste Fora do Eixo

08/12 – Fortaleza (80 pessoas)
09/12 – Natal – Sgt Peppers,(150 pessoas)
10/12 – Recife (PE) – Feira Música Brasil. O Macaco toca na programação oficial do evento e as outras duas bandas tocam no Circuito OFF Feira, do Conexão Vivo.
11/12 – João Pessoa (PB) – Espaço Mundo (recorde de público do espaço)
12/12 – Campina Grande (PB) – Bronx Pub (casa lotada)
13/12 – Maceió (AL) – The Jungle (casa lotada)
14/12 – Aracaju (SE) – Rua da Cultura (praça lotada)
15/12 – Salvador (BA) – Boomerangue (casa lotada – 337 pessoas)

  1. a inicia é incrivel, mas forçou a barra com os Irmãos da Bailarina. Abrem todos os shows de fora que rolam na Boomerangue (pq será???) e sempre tocam pra pouca gnt. Pq? Pq a banda é ruim, insossa, modorrenta, chata, sem presença de palco, e que segue tocando em todos os eventos e festivais daqui por apenas um motivo, que eu e vc sabemos muito bem qual é…
    acho uma pena, pq tem mais banda legal (e bem melhor) rolando na cidade, mas o jogo de interesse eclipsa tudo, e ai a gnt tem q ficar engolindo Irmãos da Bailarina goela abaixo!

    1. Mas amigo Nelson. Voce pode não gostar, ok. Mas há quem goste. Além do que a banda tem um integrante qu eorganiza os shows e é dono da Boomerangue. Ele pode tocar sem problemas. Se você tiver (se é que nao tem uma banda) e trazer bandas pra tocar aqui vai querer que a sua toque, não é? Deixa de ver conspiração em tudo, isso e natural e todo mundo faz. Da mesma forma que quando levam bandas baianas pra fora quem organiza coloca suas bandas pra tocar. É uma troca. Ninguem tá enganando ninguem.
      abs

  2. ta certo luciano. mas aí o esquema perde muito da importancia q vc tá falando. pq só beneficia a irmã da bailarina. o nome disso é PANELA mesmo. e fim de papo

    1. mas a banda tocar só faz parte da proposta pra coisa acontecer. as bandas de fora continuam circulando, o público tendo acesso a opções, alguem tem que possibilitar que isso seja realizado, não vejo esse problema todo. qualquer show precise que alguem produza.

  3. eu acho q eles só se queimam com essa postura… já cria uma antipatia das pessoas. wry, wander wildner, macaco bong, são bandas q nao tem nada a ver com o som dos irmãos da bailarina, e eles abriram os shows de todos eles. acho q nao é uma estrategia inteligente. fora q eu fui em todos esses shows e afirmo: eu, meus amigos e boa parte do publico nao entrou na casa de show quando eles estavam tocando pq ninguem gosta da banda…

    por um lado é legal ver q a negada ta correndo atrás e fazendo acontecer, mas nao é forçando a barra desse jeito q as coisas vao acontecer pra uma banda. ainda mais se falta talento a ela…
    p.s: essa é apenas a minha opiniao, nao a verdade plena…

  4. É muito fácil, criticar, falar mal, tocar o pau … mas na hora do trabalho, meter a cara sem ganhar porra nenhuma, investir … ninguém quer.
    Ai quando tem um grupo que faz, trabalha pra porra, coloca projetos, se vira nos trinta pra fazer festivais e promover bandas locais, é panela
    Quem discurso pequeno
    Se os Irmãos da Bailarina estão lá dando as caras e investindo, eles merecem, aliás, qualquer um será bem vindo, mas vai ter que trabalhar junto com a gente.
    Mas se prefere ficar de fora, no sofá confortável esperando acontecer … continuem criticando, é muito mais fácil, porém mais feio.

  5. não sou músico, nao tenho banda, sou parte do público, vcs nao entenderam? e como publico acho um lixo essa “panela”, pq na minha visao falta qualidade…
    e vcs acham mesmo que quem critica é pq nao valoriza o trabalho de vcs? alguem aqui diminuiu o trabalho de vcs? nao né?
    mas enfim, ou o ego de vcs é realmente gigante ou o complexo de perseguição (com respostinha pronta e tudo) é ainda maior…
    uma pena, estão ficando cegos..

    1. Nelson, acho que você pode sim não gostar, achar um lixo. é um direito seu e qualquer trabalho está passível de crítica. Você tem razão de não gostar e falar que é ruim. Mas não se pode acusar de panelinha. Compreenda que quando o R.E.M. faz um show ele convida quem quiser. Achoque a sua compreensão deveria partir de outros pressupostos. Mas não precisa gostar não, é um direito seu.
      Luciano

  6. mas quem falou em panelinha nao fui eu nao, foi o tal big…. note q escrevi entre aspas justamente por isso. minha unica reclamação é q acho a banda ruim… só… eu ainda posso ter essa opiniao, ou tenho que suprimir isso pra nao passar por invejo e por ter um “discurso pequeno”…

    eu hein, vcs se acham… vou falar mais nada nao… o pessoal aqui se doi por tudo…

  7. Rapaz desde que eu era mulequinho (agora sou mulecão), ouço essa história de panela.

    Luciano falou uma coisa certa, quem organiza shows e tem banda geralmente põe sua banda para tocar.

    Eu por exemplo, a depender do show coloco a minha. Isso é simples de explicar, se eu não colocar minha própria banda pra tocar quem vai por, você Nelson?

    Essa questão de bom ou ruim é bem relativa, eu por exemplo acho muita banda que muitos acham uma bosta ótima e acho muita banda que todos veneram um lixo.

    Agora uma coisa também é certa, não acho que necessariamente a pessoa que organiza o show tenha que por sua banda pra tocar, mas isso vai do bom senso de cada um. No meu caso, quando organizo shows mais rockers não ponho minha banda pra tocar porque sei que estariamos sendo incovenientes com nossa zuada kkkkkkkkkkk

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Para quem gosta de música sem preconceitos.

O el Cabong tem foco na produção musical da Bahia e do Brasil e um olhar para o mundo, com matérias, entrevistas, notícias, videoclipes, cobertura de shows e festivais.

Veja as festas, shows, festivais e eventos de música que acontecem em Salvador, com artistas locais e de fora dos estilos mais diversos.