Los Hermanos fazem turnê baiana

Banda se apresenta em Vitória da Conquista,Ilhéus e Salvador tocando canções dos três CDs

Emplacando sucessos e ganhando a cada dia um público mais fiel, os cariocas da Los Hermanos encaram uma pequena turnê por terras baianas e por Aracaju. Em Salvador, a banda toca no domingo, na Àrea Verde do Othon, às 18h, com participação especial da Scambo. Bruno Medina, tecladista da Los Hermanos fala um pouco do que pode se esperar dos shows, da nova música pop brasileira e da previsão de disco em 2005.

Dez!- Qual a perspectiva para esses shows pela Bahia e Sergipe? Alguma novidade em relação aos shows que fizeram por aqui? Alguma música nova?

Bruno – A gente tem mudado os shows no decorrer do tempo. Damos chance à músicas que não estávamos tocando, revivendo algumas canções do “Bloco do Eu Sozinho”?, tirando uma, botando outra. Nos últimos shows incluímos uma música que não tocávamos há tempo, mas não vou dizer para não estragar a surpresa. As pessoas gostaram muito dela quando a gente tocou nos shows. Quanto a se apresentar nessas cidades, ficamos muito satisfeitos. É uma prova de que estamos conseguindo respaldo. É legal que com o “Ventura”? estamos chegando em cidades que nem com o primeiro disco tocamos, como em Ilhéus. O tempo de carreira vai fazendo com que as coisas se acumulem e permita isso.

Dez! – Vocês atraem um público fanático nos shows. Como vêem essa coisa dos fãs inveterados e como convivem com isso?
Bruno – Pelo teor de nossas letras existe uma identificação muito grande com o público. Mas preferimos manter um certo afastamento para que isso não se transforme em loucura, porque a idolatria pode ser em decorrência de nossa música, não das pessoas.

Dez!- Vocês têm influências de sons diversos, tanto nacionais quanto internacionais. O que têm ouvido atualmente?

Bruno – Gostamos muito do disco da banda Franz Ferdinand.

Dez! – Há algum tipo de responsabilidade/pressão entre vocês?

Bruno – Não estamos preocupados com pressão. Não pegamos esse peso, estamos preocupados em fazer nossa música, por isso nos afastamos para gravar os discos. Não queremos nos envolver com qualquer tipo de pressão.

Dez! – Como vêem as bandas que se influenciam pela música de vocês, esperavam isso tão rápido?

Bruno – A gente fica sabendo dessas bandas pelos clippings da imprensa que mandam para gente, mas conhecemos pouco, temos pouco acesso aos CDs delas. Mas é muito gratificante saber que se inspiram em nós, uma banda recente.

Dez! – Muito se diz que não há novidades na música brasileira, mas vocês são uma das provas de que isso não é bem verdade. Como vêem a música brasileira hoje?

Bruno – Não costumo ver como um movimento, vejo cada unidade. Não faço uma análise geral, conheço muita música boa sendo feita, coisas como o Domenico + 2 ou o Hurtmold de São Paulo. Não dá para reclamar que não há renovação. Se você ouve rádio talvez não vá perceber isso, mas existem muitas coisas novas boas, sempre existiu, a mídia é que talvez não esteja absorvendo isso.

Dez! – Vocês já começaram a preparar o disco novo? Quando começam a gravar? Vai ser aquele mesmo processo de isolamento no sítio?

Bruno – No início do ano que vem devemos parar para
gravar. Existem algumas composições, mas ainda estão no estágio inicial, bruto. Agora estamos apenas preocupados em encerrar a turnê.
[luciano matos]

Vá lá:

Dia 21 [hoje] – Vitória da Conquista
Dia 22 [sexta] – Ilhéus
Dia 23 [sábado] – Aracaju [Espaço Emes – Festival Punka]
Dia 24 [domingo]- Salvador [Espaço Verde do Othon, 18h, R$ 20]

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