Qual a nova onda?

Qual a próxima aposta das gravadoras? Qual a tendência do verão? Qual a próxima moda? E como fica o rock dentro disso? Mesmo em Salvador, o velho rock é visto estampado em camisetas a venda tanto nas mais populares lojas de roupa quanto em grifes metidas a chique. Não se assuste quando encontrar exposta numa dessas vitrines uma camisa escrita “Dead Kennedys”. Isso já existe. Ao mesmo tempo, as gravadoras voltam a investir em novas bandas de rock [nem todos de qualidade] como MopTop, Canto dos Malditos, Luxúria, Leela, Gram, Mukeka di Rato [que acabou de ser contratada pela DeckDisk], entre outras. Fora as bandas gringas que agora tocam lá no Brasil toda semana. Entramos definitivamente na rota. E se a Bahia sempre ficou à margem disso e passou tempos tratando rock com desdém, é nesse meio que alguns parecem apostar como novo filão de lucro. Fiquem atentos. Vão querer te vender de tudo, mas aproveite, são os sinais dos tempos do fim da monocultura que assolou nossa terra. Os investimentos começaram, ainda com uma visão tardia, preconceituosa e conservadora, mas são ainda os primeiros passos de uma mudança.

Aposta no rock
Em Praia do Forte, o “nosso” Coca-Cola Vibe, ganha o Forte no nome [já que será realizado na Praia do Forte] e um ar “elitizado”. Entre as atrações nomes de peso do pop-rock nacional, como os veteranos Paralamas, Biquini Cavadão, Barão Vermelho, se juntando a Pitty e Natiruts, e a Tribahia representando o universo da Axé Music. O espaço – que receberá ainda bandas e artistas locais e DJs, com quase nada de muita relevância – foi montadao para receber 2.500 pessoas a peso de ouro: 50 pratas. A programação, que não tem nada imperdível [até Pitty tocará é mais fácil e barato ver no Festival de Verão], terá seis datas em finais de semana diferentes. Os produtores prometem manter o projeto nos próximos verões. Mas não é só o reino encantado dos produtores de axé quem está se agitando. 2007 deve abrigar a volta do Boom Bahia, festival bem bacana que rolou no final da década de 90 por aqui. O evento deve acontecer em julho, com atrações locais servindo de anfitriãs para bandas de fora [provavelmente, uam como headliner e outras menores]. Outro festival que deve voltar a acontecer e ganhar maior envergadura é o Tomada Rock. Organizado por algunw dos principais selos de rock da cidade, deve ter na edição programada para setembro de 2007 cada selo local convidando um outro selo de fora do estado que incluirá uma atração visitante.

Gringos confirmados
2007 promete repetir 2006 e ser também um ano agitado de shows internacionais. Nomes como Roger Waters [ex-Pink Floyd], Ben Harper, Coldplay, Aerosmith, Pennywise, Simple Plan, e Elton John já estão com shows confirmados lá no Brasil no próximo ano.

Os que podem vir
Alguns outros podem se juntar a essa lista. Estão em negociação para tocar por aqui: Bob Dylan, Radiohead, Rush, Ash, Rakes, Subways, Keane, Placebo, Evanescence, Black Rebel Motorcycle Club, Chemical Brothers, entre outros. Ainda tem as atrações que devem vir para os festivais. Já os veteranos do The Who confirmaram uma turnê pela América do Sul, mas o Brasil ficou de fora.

Ex-Nirvana em ação
Dave Grohl já ocupou o espaço dele pós-Nirvana. O outro ex-integrante da banda que ficou vivo, o baixista Krist Novoselic, já havia tentado com algumas bandas e tinha desistido. Aos 41 anos, Novoselic está de volta tocando numa banda punk veterana chamada Flipper. O grupo, fundado em 1979 e que passou por váriós términos e retornos, está entrando em turnê pelo Reino Unido e Estados Unidos.

  1. Uma coisa que Luciano falou que eu acho interessante é aquilo lá da camisa “Dead Kennedys” nas lojas da moda (tipo a Andariho), geralmente custando os olhos da cara. Em um passeio rápido pelo Iguatemi vc vê isso pra caralho nas vitrines e prateleiras – seja das lojas de grife, seja nas lojas mais populares, cmo C&A. As camisas cheias de “motivos roqueiros”, escritas “Rock n’ roll”, “Guitar Rock”, “Rock Festival” e coisa e tal. Mas o interessante é que são camisas que nenhum rocker que se preze vai querer usar. São aquilo que eu chamo de “fashion brau”, são camisas com aquele design muito mais pra pagodeiro de que pra roqueiro, cheias de apliques, brilhos, bordados, exageradas pra caralho. E geralmente o público que vejo usando essas camisas “roqueiras” é exatamente o público do pagode. É engraçado, por que eles não têm nada de rock, não sabem nada de rock, não conhecem nada, mas querem por que querem se fantasiar de roqueiros – ou daquilo que eles acham que seja um roqueiro, daquilo que a mídia passa pra eles que é um roqueiro. O mesmo princípio se aplica nas bandas de rock mainstream: só brilho, penteados ridículos, pose, tatoos, piercings a granel, roupitchas espalhafatosas. Mas nenhum rocker que se preze vai querer ouvir, por que o rock vai muito além do que isso que se vê aí…

  2. A camisa do Dead Kennedys é pior. É uma grife chiquezinha, que vende artigos metidos a Rock, a Arena Rock (acho que é isso). O pior é que é logo do Dead Kennedys, que deve ser da sbandas que mais foi contra esse capitalismo louco.

  3. “Ao mesmo tempo, as gravadoras voltam a investir em novas bandas de rock [nem todos de qualidade]como MopTop, Canto dos Malditos, Luxúria, Leela, Gram, Mukeka di Rato”

    as grandes gravadoras estão realmente perdidas com o lance da músia de baixar.

    de toda sorte, vamos ouvir falar muito em canto dos malditos na terra do nunca, para o mal, claro!

  4. O Nome da Loja era Opera Rock Lú…Hahahahaha
    Você no shopping aquele dia estava muito engraçado…
    E estampa de oncinha é rock sim…por isso que tá na moda! HAHAHAHAHHAHA
    Te amo

  5. vi um mané outro dia com camiseta de che guevara chapéu de chico science óculos de fred zero quatro e alpercata de verdureiro. pô man o cara tava fantasiado de mangue beat

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Para quem gosta de música sem preconceitos.

O el Cabong tem foco na produção musical da Bahia e do Brasil e um olhar para o mundo, com matérias, entrevistas, notícias, videoclipes, cobertura de shows e festivais.

Veja as festas, shows, festivais e eventos de música que acontecem em Salvador, com artistas locais e de fora dos estilos mais diversos.