Mesclando o mainstream a apostas, Afropunk Bahia acerta o tom em sua segunda edição

Por Nelson Oliveira*

No último fim de semana de novembro, os amantes de música de Salvador e de outras partes do Brasil puderam matar uma vontade antiga: assistir a uma edição robusta do festival Afropunk Bahia, que já havia sido anunciada para 2020, antes de a pandemia de covid-19 mudar os rumos do planeta. No ano passado, o evento teve sua primeira edição num formato reduzido – ainda que satisfatório – e, nos dias 26 e 27 desse mês, pode ser realizado conforme o planejamento inicial.

O Afropunk foi criado em 2005, em Nova York, e circulou por países como Inglaterra, França e África do Sul até aportar no Brasil em 2020. Em Salvador, deu uma palhinha no Carnaval daquele mesmo ano, com um trio elétrico que desfilou no circuito Barra-Ondina em dois dias da folia (leia aqui), e, em 2021, tomou o Centro de Convenções da capital baiana num sábado com shows de Mano Brown, Luedji Luna e outros artistas nacionais (leia aqui). No último fim de semana de novembro, finalmente pode acontecer em sua plenitude, com mais de 20 horas de programação musical e num espaço bem maior, que chegou a receber 10 vezes mais público do que na primeira edição – cerca de 30 mil pessoas ocuparam o Parque de Exposições no domingo.

Na cidade mais preta fora da África, a celebração à cultura negra promovida pelo Afropunk Bahia teve 27 atrações distribuídas em dois dias, nos quais foram reunidos alguns dos grandes artistas da música brasileira, como Ludmilla, Emicida e Martn’ália, referências da sonoridade baiana, como Margareth Menezes, Didá e Psirico, e nomes emergentes, como Black Pantera, N.I.N.A e Yan Cloud. Além disso, o Parque de Exposições de Salvador também recebeu as atrações internacionais Dawer x Damper (Colômbia) e Masego, de origem jamaicana e norte-americana. O cosmopolitismo preto, marca registrada do festival, estava contemplado.

No fim das contas, o festival equilibrou em seu line-up, de forma bem-sucedida, figuras que transitam entre o pop e o mainstream com artistas que estão em alta, nomes consagrados nas tradições da música afrobrasileira e apostas em sonoridades descoladas e pouco habituais. Tudo isso em uma estrutura robusta, com dois palcos (Agô e Gira), espaços para experiências gastronômicas e visuais, além do amplo destaque para a moda, marca registrada do Afropunk – diversas marcas e estilistas pretos produziram coleções pensadas especialmente para o Black Carpet do evento, que também foi abrilhantado pelos looks criativos utilizados pelo público.

Em ambos os dias do Afropunk, a abertura, por volta das 18 horas, foi da DJ Tamy. No sábado, depois do set da carioca, quem deu as caras no palco Gira foram os mineiros do Black Pantera, com seu crossover thrash, gênero bem diferente do restante das atrações. No primeiro show do álbum “Ascensão” (2022) realizado em Salvador, a banda contou com um público fiel, que não se incomodou com a chuva – que caiu durante todo o fim de semana, de forma intermitente –, e mandou bem com faixas como “Fogo nos Racistas” e o single “Legado”, lançado há menos de duas semanas. Ainda houve espaço para um medley entre “Negro Drama”, dos Racionais MC’s, e a releitura de “A Carne”, de Farofa Carioca e famosa na voz de Elza Soares, gravada no EP “Capítulo Negro” (2020).

Na sequência, no palco Agô, reservado para artistas emergentes, o Baile Favellê estreou em festivais. A iniciativa tocada pelos fundadores do projeto Quabales, Fernanda Mello e Marivaldo dos Santos, que também é músico do show percussivo Stomp, chegou com corpo de dança e seus 25 integrantes, oriundos de comunidades populares de Salvador, para agitar a noite com rap, pagodão e fusões entre batidas eletrônicas e orgânicas. Porém, um problema técnico no som, no final da apresentação, acabou encerrando a participação do grupo mais cedo do que o previsto.

Para reaquecer as turbinas, nada melhor do que um ícone como Margareth Menezes, num show em parceria com a Banda Didá – grupo percussivo de samba-reggae exclusivamente feminino, fundado por Neguinho do Samba, mestre do Olodum, com o suporte de Paul Simon. Numa das mais potentes apresentações do Afropunk Bahia, Maga enfileirou canções lapidares da música afrobaiana (“Faraó, Divindade do Egito”, “Alegria da Cidade”, “Cordeiro de Nanã”, “Elegibô”, “Toté de Maianga” e “Dandalunda”) e deu espaço a músicas de “Autêntica” (2019), seu último álbum de estúdio – casos de “Vento Sã” e “Mãe Preta”, esta última de autoria de Luedji Luna. Ainda houve tempo de estrear a inédita “Mizerê”, de Russo Passapusso e Mahal Pita, que traz o tempero do BaianaSystem e será gravada em breve.

Antes de Liniker subir ao palco Gira, houve apresentações curtinhas da MC baiana Áurea Semiseria, numa parceria com DJ Tamy, VJ Gabiru, o coletivo Performance Radiante e alguns dançarinos – depois, num espaço da Meta, patrocinadora master do festival, RDD, Murilo Chester e Tícia tocaram composição feita para o evento. No fim das contas, este período terminou transmitindo menor temperatura do que o das performances anteriores, o que se manteve no espetáculo da cantora paulista. Num show morno, ainda que tecnicamente bem amarrado, se destacaram “Psiu”, escrita por ela numa passagem por Salvador, e “Zero”, um de seus maiores sucessos.

Quem se apresentou a seguir foi Nic Dias, no palco Agô, mas tomaremos a liberdade de falar sobre o seu show daqui a pouco. Afinal, o trabalho do jamaicano-estadunidense Masego dialoga com a produção de Liniker e havia quem compareceu ao Afropunk Bahia para vê-los em sequência. Com uma banda afiadíssima e alternando entre o saxofone, o teclado e a voz, esbanjou simpatia ao passar o show inteiro falando em português com o público, fazendo piadas (chegou a declarar que estava cheio de vontade de matar um prato de frango com farofa ou moqueca) e elogiando artistas brasileiros – mais especificamente, Djavan, Gilberto Gil, Gal Costa e Arlindo Cruz.

Em sua primeira apresentação completa no Brasil, Masego produziu um luxuoso clima de romantismo no Parque de Exposições, com belos arranjos, texturas e melodias – embalados por seu carisma e seu domínio de palco. Cativante, o jamaicano-estadunidense rapidamente conseguiu a atenção de quem não o conhecia ainda e até mesmo de quem não estava ali para curtir uma noite de jazz fusion e rhythm and blues, com pitadas de house. Dessa forma, foi aclamado em um show de ótimos momentos, como em “Queen Tings”, “Old Age”, “Prone”, “Bliss Abroad”, “Silver Tongue Devil” e “Yamz”; nesta última, contou com a participação de Devin Morrison, com quem gravou a faixa. O encerramento do show, com uma sequência que teve a recém-lançada “Say You Want Me” e o hit “Tadow” foi coisa fina.

Estonteante foi, também, a apresentação de Nic Dias, que roubou a cena – e ratificou a versatilidade do Afropunk Bahia. Com um flow vigoroso e agressivo, a revelação do rap paraense mostrou atributos que a colocam como nome a ser observado nos próximos anos. Afinal, grande parte de sua ótima apresentação teve faixas que sequer foram gravadas ainda. Prato cheio para quem gosta de drill e entende que é possível juntar luta de classes e tesão, sobretudo numa perspectiva antirracista, a MC fez um show pujante, com destaque para os versos de “Baby Prince$$”, “Guilhotina” e “Remédio Pra Racista É Bala”. Olho nela.

Ainda na seara do hip hop, mas seguindo vertente mais festiva e descolada, o baiano Yan Cloud chegou com bastante swing ao palco Gira. Vestido com uma camisa branca da seleção brasileira de futebol, personalizada com Pinkboy, seu apelido, e o número 13, o rapper começou a sua apresentação com “Bafana” e “Lembro de Nada”, parceria com RDD, e colocou o público para sarrar com “Apelação” e “Garota de Salvador”, suas composições mais conhecidas – a última delas, aliás, deixou de lado o arranjo “no sapatinho” da gravação em estúdio e ganhou uma roupagem que estabelecia um flerte entre o pagodão baiano e o funk carioca.

Tanto Nic Dias quanto Yan Cloud chegaram a ofuscar um veterano como Emicida, que, por cerca de 40 minutos, fez um show pouco intenso para os seus (altos) padrões. No primeiro bloco da apresentação, no qual o paulistano deu vazão a sua aproximação com o samba e a MPB, que vem desde “O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui” (2013) e se intensificou em “AmarElo” (2019), o ritmo foi mais lento, até o rapper cantar “Quem Tem Um Amigo (Tem Tudo)”, cujo refrão foi entoado em coro do público, e fazer um medley entre “São Pixinguinha” e “Carinhoso”.

Em seguida, Emicida transitou numa suíte de loas à Bahia, com “Baiana”, “Madagascar” – na qual interpolou trecho de “Madagascar Olodum”, no arranjo que ficou famoso com a Banda Reflexu’s – e a ótima “Hoje Cedo”, faixa gravada ao lado de Pitty (cujos vocais foram interpretados pela guitarrista Michele Cordeiro). Dali em diante, o show cresceu e se igualou às melhores apresentações do rapper, que enfileirou pedradas mais políticas, como “AmarElo”, “Pantera Negra”. “Boa Esperança”, “Ismália” (com Thiago Jamelão fazendo as vezes de Larissa Luz) e “Levanta e Anda” antes de convidar Márcio Victor, líder do Psirico, para participar com “Firme e Forte”, um dos hinos do pagodão baiano e das favelas soteropolitanas, e fechar o espetáculo literalmente nos braços do público, em “Principia” – justo quando o clima havia esquentado de vez.

Nos dois dias, o Afropunk Bahia encerrou as suas atividades como qualquer festa de rua que se preze em Salvador: com pagode. Antes e depois do show do Psirico, coube a Paulilo, pessoa não-binária que criou, há quase quatro anos, o primeiro paredão LGBTQIA+ da capital baiana, animar os “inimigos do fim” com muita irreverência e ode aos corpos e sexualidades possíveis – tal qual nas festas itinerantes que produz, sobretudo na periferia soteropolitana.

A mesma preocupação de relembrar aos desavisados que não normativos não são invisíveis foi mostrada por Márcio Victor, que levou Lunna Montty, travesti e coreógrafa do coletivo Afrobapho, para quebrar tudo em “Dança do Krau” – seu show ainda teve participações do grupo afro percussivo Aguidavi do Jêje e dos cantores Filipe Escandurras e O Kanalha. Utilizando figurino que rememorava o início de sua carreira, o cantor e percussionista meteu a tradicional swingueira do Psi em sucessos como “Mulheres no Poder”, “Elas Gostam (Popa da Bunda)”, parceria com Àttooxxá, e a clássica “Cole na Corda”, com a qual carnavalizou o Parque de Exposições e fechou a noite em temperatura vulcânica.

Se o primeiro dia do Afropunk Bahia começou com rock, o segundo foi de samba – para reafirmar a versatilidade do próprio festival e ratificar o quanto a música de origem preta é multifacetada. Com público superior ao do sábado, o domingo teve um show de abertura feito especialmente para o evento: Larissa Luz e Mart’nália recebendo Nelson Rufino numa justíssima homenagem para um dos grandes hitmakers do Brasil, que completou 80 anos em setembro.

Num dos melhores shows do festival, o sambista soteropolitano cantou, junto com as anfitriãs, alguns de seus sucessos – como “Uma Prova de Amor”, “Todo Menino É um Rei”, “O Dono da Dor” e “Verdade”. Martn’ália e Larissa Luz, com voz especialmente calibrada nesta noite, prosseguiram num bloco de composições feitas por mulheres do samba, como Dona Ivone Lara e Leci Brandão, no qual apresentaram “Alguém Me Avisou”, “Sonho Meu” e “Zé do Caroço”.

O palco Gira recebeu, por volta das 20h30, a segunda atração internacional do Afropunk Bahia: os colombianos Dawer X Damper, que certamente estavam entre os artistas menos conhecidos do grande público que frequentou o festival. Apesar disso, os irmãos provavelmente conseguiram novos apreciadores de sua música e plays em plataformas de streaming desde que abriram o show com a tecnocumbia “Suave”. O afrofuturismo escancarado inclusive pelas vestimentas e penteados da dupla, embalado por beats ora carregados de experimentalismo ora com soluções mais simples e sensuais, flertando com o dembow. agradou a plateia, principalmente em “Eso”, “Quilo”, “Culo” e Mi Dios Le Pague”.

Por volta das 22 horas foi a vez de a percussão de Gabi Guedes abrir os caminhos para exu. Ou melhor, para Baco Exu do Blues – que se apresentava pouco após o seu pupilo Young Piva, integrante do selo 999, fazer uma fusão entre trap, dancehall e batidas de pagode, arrocha e kuduro no show do EP “Encruzilhada” (2022). Renovado, após o lançamento do elogiado “QVVJFA?” (2022), o soteropolitano fez um dos shows mais bem-recebidos de todo o Afropunk.

Entre as canções de seu novo álbum, o público embarcou com tudo em “Dois Amores”, “Cigana”, “Samba in Paris” e na grudenta “20 Ligações”. Baco não apresentou “Lágrimas”, faixa em que, na gravação de estúdio, incluiu trechos de “Lágrimas Negras”, mas fez uma bela homenagem à recém- falecida Gal Costa: chamou a backing vocal Mirella Costa para cantar um trecho de “Força Estranha”, que foi intercalada ao hit “Me Desculpa Jay Z”, do aclamado “Bluesman” (2019). Portanto, Baco deu espaço para hits de seus antigos trabalhos. De “Esú” (2017), cantou a faixa título, “Abre Caminho”, com participação de Young Piva e Celo Dut, e “Te Amo Disgraça”, que levou o Parque de Exposições ao delírio. Além disso, entusiasmou com mais outras faixas de “Bluesman”, como “Minotauro de Borges” (também com a participação dos rappers parceiros) e “Flamingos”, que encerrou uma apresentação redondíssima em grande estilo.

Numa das melhores sequências do Afropunk Bahia, o festival levou a badalada N.I.N.A ao palco Agô. Figurando na lista das principais estrelas da crescente cena do grime brasileiro, a carioca mostrou que já tem uma legião de fãs em Salvador – assim que surgiu com o microfone na mão, foi recebida por gritos ensandecidos. Colocá-la na noite e dar espaço a um gênero que vem ganhando espaço no país foi um dos grandes acertos da curadoria.

Chegando “no porte” e estabelecendo um diálogo direto com o público feminino, N.I.N.A apresentou as faixas de “Pele”, álbum lançado nesse ano, e singles que já haviam se tornado sucessos antes mesmo de um disco inteiro sair. Em primeiro lugar, “Contramão” na qual foge do BPM frenético do grime e transita com versos provocantes pelas derivações mais pops que o funk carioca tomou a partir dos trabalhos de cantoras como Anitta e Ludmilla. Mas, claro, houve muito espaço para as faixas com batidas mais rápidas, como em “Matemática”, “Malícia” e porrada “A Bruta, A Braba, A Forte”, que a lançou nacionalmente e foi cantada já debaixo de uma forte chuva.

Dando sequência ao bloco carioca, a headliner Ludmilla ratificou porque é uma das principais e mais versáteis artistas do pop nacional. Ela manteve a plateia aquecida mesmo debaixo de um verdadeiro toró e fez o Parque de Exposições rebolar bastante com uma miríade de hits (“Verdinha”, “Invocada”, “Deixa de Onda”, “Tropa da Lud” e “Onda Diferente”) e também estabeleceu um momento de romantismo com os pagodinhos de “Numanice” e a participação de Lineker em “Não Quero Mais” e “Baby 95”. Outra participação – esta, no escopo da putaria – foi a de A Dama, com o hit de paredão “Soca Fofo”.

A partir de então, caminhando para o fim, o festival se dividiu em duas vertentes: a da discotecagem dancehall do Ministereo Público Soundsystem, veterano em Salvador, que acabou meio perdido no bailão repleto de temáticas sexuais que se sucederia até o final do evento. Primeiro, a pernambucana Rayssa Dias apresentou seu bregafunk safado, representado por faixas como “Bota Bota” e “Grelinho de Diamante” – versão de uma parceria entre Heavy Baile e Baby Perigosa.

Depois foi a vez de, no Gira, Àttooxxá e Karol Conká fazerem diversos tsunamis: com destaque para uma percussão pesadíssima e os riffs do guitarrista Chibatinha, fizeram o show mais repleto de energia de todo o Afropunk – e olha que o festival estava quase acabando e o toró ou o cacau, como se diz na Bahia, continuava a cair. O grande público que ainda permanecia no Parque de Exposições, já adentrando a madrugada de segunda, pode assistir ao vivo a adaptação bem sucedida da rapper paranaense ao pagodão baiano, o que já havia ficado evidente em “Subida”, faixa em parceria com RDD, líder do grupo nordestino, que foi gravada no álbum “Urucum” (2022) – produzido por ele.

Além da boa participação em “Subida”, Karol chamou a atenção com “Cê Não Pode”, “Louca e Sagaz” e um arranjo pagodeiro para “Gueto Ao Luxo”, um de seus primeiros sucessos. Participou bem de “Tô Te Querendo” e “Aquele Swing”, substituindo Luedji Luna e Nêssa nos vocais das faixas. No fim das contas, o Àttooxxá ainda quebrou tudo com “Blvck Bvng”, “Baile de Preto”, “Bota o Capacete”, “Caixa Postal”, “Metedêra”, “Vai Ferver” e “Chora Viola”.

Para finalizar o festival, A Dama e MC Carol uniram o melhor da sacanagem do pagodão baiano e do funk carioca, numa parceria em show que teve a já citada “Soca Fofo”, “Ai Pai Pirraça” e “Acaba Com Essa Puta”. Empoderamento feminino e sexualidade para afastar a caretice e comprovar pela enésima vez que, do gueto ao luxo, da intelectualidade à putaria, da revolta antirracista de uma rima de hip-hop à candura de um clássico samba-canção, do rock pesado ao reggaeton, do soul ao grime mais safado, o Afropunk Bahia dá vazão à multiplicidade da música produzida por pretos e é um dos festivais mais versáteis do país.

* Nelson Oliveira é graduado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, atua como jornalista e fotógrafo, sobretudo nas áreas de esporte, cultura e comportamento. É diretor e editor-chefe da Calciopédia, site especializado em futebol italiano. Foi correspondente de Esportes para o Terra em Salvador e já frilou para Trivela e VICE. 

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