Glastonbury promove shows históricos e mostra que música ao vivo faz diferença 

Despedida de Elton John, Rick Astley tocando Smiths, show surpresa do Foo Fighters, Dave Grohl em todo lugar, Lana del Rey, Queens of the Stone Age e a música como celebração máxima.

O Glastonbury, um dos maiores festivais do mundo, aconteceu neste fim de semana na Inglaterra. Durante quatro dias, reuniu mais de 200 mil pessoas e alguns dos grandes artistas  da música mundial, de estilos os mais diversos, mas essencialmente pop e rock. Entre nomes grandiosos e novidades, o festival chamou atenção por encontros, shows inesperados e surpresas. Mais ainda, como a música pode seguir forte sem precisar ser refém do pop mais raso,  óbvio e apresentado no modo playback. 

Um dos momentos mais marcantes, e dos mais memorável do festival, talvez tenha sido um surpreendente Rick Astley fazendo um show cantando exclusivamente músicas do The Smiths!!!!.  Famoso  por hits nos anos 1980, como “Never Gonna Give You Up”, já havia se aprsentado no Pyramid Stage de Glastonbury na sexta-feira. Porém, o cantor chamou atenção com um show secreto acompanhado do grupo inglês Blossoms no sábado (24). O repertório contou com 16 versões das músicas mais adoradas do The Smiths. Não é a primeira vez que Astley & Blossoms, fãs confessos da banda, fizeram isso. Em 2021, já tinham rolado dois shows completos de covers dos Smiths em Manchester e Londres. O melhor de tudo é que ficou muito bom.

O set list do show foi esse:

1. “This Charming Man”
2. “What Difference Does It Make?”
3. “Bigmouth Strikes Again”
4. “Cemetry Gates”
5. “Ask”
6. “Hand in Glove”
7. “Some Girls Are Bigger Than Others”
8. “The Boy With the Thorn in His Side”
9. “Girlfriend in a Coma”
10. “Heaven Knows I’m Miserable Now”
11. “Panic”
12. “William, It Was Really Nothing”
13. “Barbarism Begins at Home”
14. “Please, Please, Please Let Me Get What I Want”
15. “How Soon Is Now?”
16. “There Is a Light That Never Goes Out”

Um dos melhores momentos foi esse, encerrando o show:

Outros bons momentos foram os tradicionais encontros de artistas em cima do palco. Como no show do Pretenders, que contou com as luxuosas participações de Johnny Marr e Dave Grohl na música “Tattooed Love Boys”.

Dave Grohl, aliás, mostrou que é mesmo aquele cara gente boa, circulando e tocando com os amigos. Além da participação com o Pretenders, ele também subiu no palco com o Guns N’ Roses, tocando guitarra e fazendo os backing vocals na clássica “Paradise City”.

Mas o que Grohl fazia no festival se o Foo Fighters não estava escalado na programação? Foi o que todos se perguntavam quando começaram a surgir fotos dele nos bastidores. Ele não teria ido lá apenas tocar nos shows dos amigos. E não foi mesmo.

A imprensa britânica estava tentando descobrir mais detalhes de uma banda chamada The Churnups, que estava programada para tocar na sexta-feira, no palco principal do festival, antes do Royal Blood e Arctic Monkeys. Primeiro descobriram que o grupo não existia, então ficou claro que a organização do evento preparava uma atração surpresa.

A banda misteriosamente era simplesmente o Foo Fighters, que fez um show curto, de apenas uma hora e nove músicas, deixando quem viu com água na boca.

O show de Elton John já seria emocionante por si só, mas ganhou contornos ainda mais memoráveis, já que o artista anunciou que aquele deveria ser sua última apresentação em solo inglês. Aos 76 anos, ele está em uma turnê mundial de despedida, que tem data final marcada para 8 de julho, em Estocolmo. 

Com um repertório recheado com seus sucessos, Elton John recebeu diversos convidados no  Glastonbury, como Brandon Flowers, do grupo The Killers, a cantora Rina Sawayama, além de Stephen Sanchez, Jacob Lusk, do grupo soul Gabriels, e a London Community Gospel Choir.

A apresentação, que fechou o festival, se encerrou com essa versão arrebatedora de “Rocket Man”, com direito a fogos de artifícios.

Veja trechos de outros show marcantes no Glastonbury. Lana del Rey (que teve o final do show cortado, com o público cantando à capela), Arctic Monkeys, Queens of the Stone Age e Young Fathers.

Para quem gosta de música sem preconceitos.

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