5 nomes do novo indie rock pelo mundo para você conhecer

Você gosta de guitarras distorcidas, vocais agridoces, melodias, uma certa melancolia ou guitarras aceleradas, vocais explosivos e um rock visceral? Há bons nomes produzindo esses sons pelo mundo, jovens com novas bandas captando referências do indie rock feito nos últimos 40 anos. Separamos cinco nomes que nos chamaram atenção para você conhecer. Aumente o som e aproveite.

BodegaBODEGA | ESTADOS UNIDOS

Formada em 2014, em Nova Iorque, a partir de um clube do livro, a banda trilha um caminho entre art rock, post-punk e indie rock. A sonoridade passa por estes subgêneros, mas com personalidade, bom humor e um clima mais ensolarado. Autênticos herdeiros destas escolas, mas também de um indie pop dançante e divertido, olham para o passado, mas buscando soar atual com batidas secas e repetitivas, grooves, melodias e ótimas guitarras. A origem entre livros não poderia forjar algo diferente do que uma banda com muito assunto. Eles se tratam até como um projeto filosófico. As temáticas das letras trazem pensamentos e críticas em torno das novas tecnologias e seu uso exacerbado, assim como paranoia, religião, machismo e até espaço para momentos mais pessoais. Formada atualmente por Ben Hozie (vocais e guitarra), Nikki Belfiglio (vocais), Dan Ryan (guitarra), Adam See (baixo) e Tai Lee (bateria – tocada em pé), a banda já possui dois álbuns lançados. O último Broken Equipment (2022), potencializa a banda para alçar voos maiores. Entre os hits do álbum estão “Pillar on the Bridge of You” e o delicioso bubblegum-punk “Statuette and Console”, lançada com versões em nove línguas, além do inglês original, tem italiano, francês, alemão, holandês, português, espanhol, e até grego e ucraniano.

Ouça se você gosta de: pós-punk, Talking Heads, Parquet Courts, The Fall, The Fontaines D.C.

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BIGGER | FRANÇA

Sabe aquele rock elegante, ambicioso, com carinhas bem arrumados, melodias, refrãos marcantes, clima melancólico, guitarras convivendo com teclados e um vocalista com personalidade? Pode parecer até mais um grupo inglês, mas dessa vez é uma (ótima) banda francesa. Os locais Damien Félix (guitarra), Mike Prenat (baixo), Antoine Passard (bateria), Ben Muller (teclados), além do irlandês Kevin Twomey (vocal e guitarra), à frente, formam a banda. O Bigger faz um britrock com um toque francês, como eles mesmo dizem. De fato, o quinteto tem o entusiasmo pelas melodias, como bons seguidores dos Beatles da terra da Rainha, com uma cozinha contida e segura, e uma grande voz guiando as canções. Um trabalho refinado de pop-rock, que insere elementos das chansons-pop-française, sonoridades orientais, percussões latinas, harpa e órgãos vox, se encontrando com guitarras vintage carregadas de fuzz e melodia iluminadas. Com isso criam momentos atmosféricos e intensos em contraste com outros de mais barulho. As letras tratam basicamente de amor e relacionamentos humanos, entre o mundo real e os sonhos. Tudo isso aparece na medida nos trabalhos em estúdio que a banda vem realizando desde 2016 com os EPs Bones and Dust e Tightrope, e agora de forma ainda mais consolidada em Les Myosotis, primeiro álbum, produzido por Jim Spencer (New Order, Liam Gallagher, Johnny Marr). Eles já tocaram em vários locais pela Europa e festivais de Paris e no palco costumam ser mais acalorados, com performances intensas que se encerram de forma caótica.

Ouça se você gosta de: brit pop, Beatles, Nick Cave, Anna Calvi, Interpol

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LUCY KRUGER & THE LOST BOYS | ALEMANHA-ÁFRICA DO SUL

Nascida na África do Sul e radicada em Berlin desde 2018, a jovem cantora, instrumentista e compositora Lucy Kruger faz uma música sombria, melancólica e minimalista. Os poucos elementos aparecem esparsos e lentamente vão ocupando espaços e criando sensações, seja com dedilhados ou guitarras sujas. Enquanto isso, Lucy desfia suas histórias, confissões e memórias íntimas e poéticas. Ela à frente cantando de forma emotiva e em modo sussurro, com sua guitarra à mão, acompanhada dos arranjos lentos e consistentes do trio Liú Mottes, na outra guitarra, Andreas Miranda, no baixo e Martin Perret, bateria, percussão e produção eletrônica. A sonoridade que produzem trafega entre psychedelic folk, lofi, ambient punk e art pop, ao mesmo tempo potente e suave. Eles já possuem quatro álbuns lançados. O primeiro é Summer’s Not That Simple (2017), depois vem a triologia dos tapes, iniciada com Sleeping Tapes For Some Girls (2019), seguido de Transit Tapes (for women who move furniture around) (2021) e encerrado agora com o mais recente Teen Tapes (for performing your own stunts) (2022).

Se você gosta de: PJ Harvey, Kim Gordon

Instagram: @lucy_kruger | Facebook: LucyKrugerOfficial |Youtube: Lucy Kruger | Soundcloud: lucykruger | Bandcamp: lucykruger | Spotify: Lucy Kruger

ROTFANG AND THE REPTILIANS | FINLÂNDIA

Da fria Finlândia vem esse quinteto com um rock visceral e cru, cheio de energia e pronto para desafiar as hegemonias do pop e rap pelo mundo. Se vão conseguir não se sabe, mas possuem potencial e petulância para isso, com uma atmosfera vibrante e juvenil e uma postura de derrubar as portas à frente. Formado no início de 2021 por quatro finlandeses com origens diferentes e um baixista italiano que recentemente foi morar no país nórdico, fazem um rock com cara dos tempos atuais, explosivo, veloz, mas com ecos do rock barulhento e perturbador. Para se ouvir com volume alto. O ótimo trabalho de guitarras e vocal também abre espaço para melodias apaixonadas e uma dose de melancolia. A banda ainda não possui álbuns lançados, apenas 5 singles que mostram essa muito bem a sonoridade.

Se você gosta de: Queens of The Stone Age, Eagles of Death Metal, Wolfmother

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NEWDAD |
 IRLANDA

Colegas na escola secundária, o trio fundador da NewDad se juntou para evitar as apresentações individuais na aula de prática musical. Originários de Galway, uma pequena cidade com pouco mais de 80 mil habitantes na costa da Irlanda, eles logo se tornaram um quarteto e passaram a produzir uma música com frescor, mas que remetia a sonoridades que seus pais ouviam. O caminho por tonalidades do mundo shoegazzer e dream pop com combinações incomuns chamou atenção. A voz doce e perfurante de Julie Dawson, vocalista e guitarrista, se esbarra com as distorções e ruídos das guitarras de Sean O’Dow, o baixo saliente de Áindle O’Beirn e a bateria simples e certeira de Fiachra Parslow. Numa atmosfera melancólica, conseguem remeter ao indie rock de vários períodos, ecos de Pixies, Slowdive, pop-gótico, grunge e até música tradicional irlandesa se encontram, mas sem deixar de soar conciso e coerente. Os trabalhos começaram a ser lançados pela banda em plena pandemia. Desde 2020 colecionam sete singles e dois EPs, Waves (2021) e Banshee (2022). Com o covid-19 assustando menos, a banda começa a encarar os palcos além da Galway e aparecem como boa aposta indie para os  próximos anos.

Se você gosta de: Pixies, Slowdive, Beach House, The Cure, Beabadoobee, DIIV

Instagram: @newdad_ | Twitter: NewDad | Bandcamp: newdadofficial | Spotify: NewDad

 

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