Existe uma grande farsa em torno de Salvador. A capital baiana está longe de ser a metrópole cultural que andaram vendendo por aí. Salvador é na verdade um grande balneário que no verão recebe milhares de turistas e para eles são realizados eventos e projetos culturais, artísticos e de entretenimento. No restante do ano, os moradores ficam mendigando qualquer evento para sair da vidinha provinciana. Uma cidade com cerca de três milhões de habitantes, com problemas sérios de uma cidade grande, mas sem as qualidades e vantagens de uma metrópole. Não pode ser um lugar perfeito para se morar, como muitos afirmam e o governo local vende.
A noite em Salvador deve ser uma das piores das grandes metrópoles do país. Pelo menos para um público que não curte boates de playboy, bares com pagode e barzinhos de casal. Se não há um bom show na cidade – isso inclui o de bandas alternativas no Calypso – não há o que se fazer. Alguns heróis como Big Brother (que prepara um mês de agosto para ninguém reclamar), Rogério com seu Music Box e um ou outro espaço e eventos esporádicos a cidade vive a margem de bons eventos. E não precisa comparar cm São Paulo e Rio de Janeiro, basta uma ida a Brasília ou Recife para você ver opções de lugares bacanas para ir. E não falo de um bar, com mesa, cadeira e cerveja barata, porque isso em qualquer interior tem. Falo de música bacana, circulação de pessoas etc.