Uma geração atrás de outra. Desde Raul Seixas passando por todos os baianos que você conhece, chegando a nomes nem tão conhecidos, mas de grande qualidade, como a geração atuante de hoje, Cascadura, Retrofoguetes, Ronei Jorge, Formidável Família Musical e tantos e tantos outros. Apesar da bem sucedida Vivendo do Ócio ser novíssima, ainda se levanta questionamentos se existe uma nova geração no rock baiano. Não estamos falando apenas de bandas novas. Várias delas surgiram trazendo nelas integrantes que já estão no circuito há algum tempo com trabalhos por outras bandas, caso do The Futchers, Tentrio e tantas outras que podemos falar numa próxima oportunidade. Estamos falanndo aqui de uma nova geração de fato, novas caras, novas idéias, nova mentalidade, gente nova mesmo. Boa parte, inclusive, ainda está com a carreira artística verde e muitaz vezes trazendo ainda meio óbvias as influências em sua música, mas não por isso deixaram de mostrar que almejam caminhos próprios para produzir com personalidade. Fomos atrás de quem são essas promessas e descolamos alguns dos nomes dessa novíssima geração, os novíssimos baianos:
MAGLORE
www.myspace.com/maglorebanda
A Maglore foca seu trabalho nas canções. São melodias assobiáveis, letras fáceis, refrões grudentos e um trabalho bem feito na construção de composições leves de rock com forte dosagem indie pop. Mesmo com foco em um som com pouco peso, a banda se dá bem quando solta a guitarra, com riffs e solos bem trabalhados. O bom vocal de Teago Oliveira completa os trunfos do grupo que tem bom apelo para crescer e sair do gueto de bandas independentes.
Quem:
Teago Oliveira: Guitarra e vocal;
Nery Castro: Baixo;
Léo Brandão: Guitarra e teclados;
Igor Andrade: Bateria.
Influências:
Beatles, Los Hermanos, Mutantes, Raul Seixas, Belchior, Strokes…
Fundação: 2009 – Salvador
Lançamentos: EP “Cores do Vento” (2009) com 5 músicas, 2 Clipes, 4 videos em acústico e 1 single recém-lançado, e nos próximos meses lançam mais 2 singles. O primeiro CD está sendo gravado com produção de Jorge Solovera. Baixe o EP
Onde já tocaram: Em Salvador já tocaram em eventos como o Festival de Verão, o Festival Coca Cola Zero, entre outros. Tocaram já três vezes em São Paulo, participando do Festival Universitário Nacional, o Fun Music, ficando em terceiro lugar na final.
Quem já está de olho: Já ganharam elogios da gravadora Deck e uma discreta sondagem da EMI. Também já receberam elogios de Supla e Tico Santa Cruz. O músico Mano Góes (Jammil) não só elogiou a banda como prometeu gravar uma música no seu primeiro disco solo como cantor.
O que pensam do futuro: “Quero que nosso trabalho seja reconhecido e respeitado, porque a gente faz com respeito, e quero viver muito dignamente com isso. Não preciso de 1 milhão, apenas de uma boa renda digna pra viver e a banda caminhando bem nacionalmente”.
Potencial:
Ouça Maglore – “Demodê”
———————————————————————————
VOCÊ ME EXCITA
www.myspace.com/vocemeexcita
Sintonizado com o rock dançante, divertido e pra frente que tem feito suceso na última década, a Você me Excita segue esses passos de forma bastante competente. Com um formato que funciona tanto nas gravações quanto no palco, a banda se propõe a esquentar pistas e shows com boas músicas, batidas frenéticas, guitarras sujas, sintetizadores e efeitos e uma pinta modernosa no visual.
Quem:
Xunga – Guitarra e Vocal
Gabriell – Baixo
Navarro – Synth
Tazzio – Bateria
Influências:
Franz Ferdinand, Arctic Monkeys, Vivendo do Ócio…
Fundação: 2009 – Salvador
Lançamentos: EP Elvira (2010). Baixe o EP
Onde já tocaram: Festival Grito Rock em Montes Claros (MG) e Palco Livre no Circo Voador no Rio de Janeiro(RJ)
Quem já está de olho: O experiente produtor Rogério Big Bross já chamou a banda para vários shows e para uma coletânea que o selo dele pretende lançar, além de resenha na coluna Coletânea do Jornal A Tarde por Chico Castro Jr.
O que pensam do futuro: “Imaginamos primeiramente marcar nosso nome no cenário independente da Bahia e futuramente nos mudar para uma cidade que proporcione mais visibilidade ao nosso som, como Rio de Janeiro ou São Paulo.”
Potencial:
Ouça Você me Excita – “Já Agora”
———————————————————————————
THE PIVOS
www.myspace.com/thepivos
Som direto, sem frescura, firulas ou muita conversa. Punk rock dos bons, remetendo ao clássico feito nos anos 70 e às garage bands dos 60, incluindo ainda doses de ska. Traz guitarras sujas e um vocal berrando letras em inglês. Para quem procura rock´n´roll dos bons, divertido e sem enganação, corra atrás. Devem começar em breve a circular nos festivais.
Quem:
Italo Oliveira: Voz e guitarra;
Marcelo Sheeva: Baixo e backing vocal;
Ronaldo Bógus: Bateria.
Influências:
The Clash, Richard Hell & the Voidoids, Circle Jerks, Miracle Workers, Dead Kennedys, Imperial Leather, The Vicious, Lost Sounds…
Fundação: 2008 – Camaçari
Lançamentos: Single pela Brechó Records e estão preparando o EP. Baixe o single
Onde já tocaram: Festival Setembro Rocker (Feira De Santana), Festival 10 Anos da Estopim Records (Salvador), além de shows em cidades como Salvador, Catú, Dias D’ávila e Simões Filho.
Quem já está de olho: O produtor Foca (Festival DoSol) falou muito bem do show da banda. O jornalista Chico Castro Jr. fez uma matéria no Caderno 2 do jornal A TARDE. Já receberam convite para tocar no festival Big Bands, em Salvador.
O que pensam do futuro: “Almejamos conseguir lançar um disco, tocar nos circuitos de festivais, fazer turnês, continuar produzindo eventos cada vez mais estruturados, e enfim conseguir se profissionalizar, montar e manter uma estrura digna de uma banda e viver/sobreviver fazendo aquilo que gostamos que é tocar rock”.
Potencial:
Ouça The Pivos – “The Pivos”
———————————————————————————
OPANIJÉ
www.myspace.com/opanije
Estava ali na frente, para qualquer um, mas pouca gente percebeu. O Rap com sua relação direta com a música negra, não havia flertado de forma intensa como deveria com os ritmos afro-brasileiros. Foi com o marcante sincretismo baiano, que essa junção ficou quase óbvia. O grupo Opanijé faz isso. Trança batidas de rap e candomblé numa mesma peça, como se tivessem nascido juntos. O nome significa Organização Popular Africana Negros Invertendo o Jogo Excludente e som traz elementos tradicionais do rap, como as letras, os samplers, os efeitos, as batidas e o modo de cantar, mesclados com berimbaus, instrumentos percussivos, cânticos de candomblé e a temática mesclando os dois universos, sempre com foco na cultura negra.
Quem:
Lázaro Erê: Voz
Rone Dum Dum: Voz
Dj Chiba D: Pick-up’s
Bell Prata: Percussão
Influências:
James Brown, India.Arie, Daara J, Nelson Cavaquinho, Thaide, The Pharcyde, Jurassic 5, Public Enemy, Luis da Muriçoca, Aniceto do Império, Clara nunes, Sizzla, Buju Banton, Onyx, Elephant Man, Bone Thugs n Harmony, Antrax, Bad Brains, The Ethiopians, Mos def, Talib Kweli, The roots, Das EFx, George Clinton, Gerson King Combo, Ilê Aiyê,Black Rio, Rakin, A Tribe Called Quest, 2Pac, Run Dmc, Beastie boys, Fela Kuti, Nação Zumbi, Tom Zé, Jimi hendrix
Fundação: 2005 – Salvador
Lançamentos: CD demonstrativo “A Cura” e músicas disponibilizadas na internet, primeiro CD será lançado em 2011. Baixe a demo.
Onde já tocaram: Feira de Música de Fortaleza, no Ceará, e projeto Conexão Vivo, em Salvador.
Quem já está de olho: Mano Chao, Caetano Veloso e o jornaista Jamari França do Jornal O Globo, que teceu elogios à banda.
O que pensam do futuro: “Esperamos poder tocar em algums festivais que achamos legais, além de tocar fora do país também. Mais que isso, poder atingir todo tipo de público, não ficar limitado só a público de Rap ou só pelo pessoal do alternativo.”
Potencial:
Ouça Opanijé – “Aqui Onde Estão”
———————————————————————————
OS BARCOS
http://www.myspace.com/osbarcos
Se boas canções é o princípio básico da música pop, a banda Os Barcos já começa muito bem. Não tentam revolucionar nada, inventar nada, apenas mostrar suas canções. O foco da banda está justamente na contrução de canções com melodias e arranjos bem trabalhados e uma sonoridade que não procura esconder as influências, mas que mostra um bom potencial no grupo. Tudo isso embalado com um traço poético nas letras e um competente vocalista.
Quem:
Marx Eduardo – Voz, Guitarra e violão,
Luca Oliveira – Baixo,
Neto- Bateria,
Ivan Da Mata – Piano, Teclados e Orgão,
Fernando Bernardino – Guitarra
Influências:
Beatles, Los Hermanos, Rock Inglês em Geral e a produção musical e artística brasileira do final dos anos 60 e 70.
Fundação: 2008 – Vitória da Conquista
Lançamentos: A banda está gravando, de forma independente, seu primeiro disco. Já disponibilizaram 5 músicas no myspace. Ainda este ano, lançam um DVD.
Onde já tocaram: A banda tem tocado com frequência em Vitória da Conquista e tem participação no projeto Conexão Vivo na cidade e também em Salvador. Depois disso, tem uma turnê agendada para dezembro, que começa por Salvador, Camaçari e Feira de Santana e segue para Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa, Campina Grande e Natal.
Quem já está de olho: Festivais da Conexão Vivo, Festival de Inverno Bahia (Vitória da
Conquista) e Tour Nordeste Fora do Eixo.
O que pensam do futuro: “Pretendemos atingir o reconhecimento qualitativo do público, produzindo e criando canções que afetem as pessoas e que sejamos, com isso, afetados. Afetar e ser afetado, produzir saúde nessa relação de público e banda. Além disso, temos o desejo de poder viver economicamente de música para termos o respaldo e entregarmos intensamente nas composições e ensaios e tudo que envolve a arte!”
Potencial:
Ouça Os Barcos – “Metamorfose (a moça que passa)”
———————————————————————————
VELOTROZ
www.myspace.com/velotroz
A Velotroz faz um trabalho interessante que mescla rock e música brasileira, com herança clara do Los Hermanos, como boa parte dessa geração. Não é nenhum demérito. Começa assim e se evolui para um som com mais personalidade. É assim com a Velotroz, que já inseriu novos elementos e fazem uma bem dosada mescla de boas canções, com uso de percussão e teclados, e clima que revezam entre uma suavidade quase tirste e uam boa presença das guitarras.
Quem:
Giovani Cidreira: Voz e Guitarra,
Tássio Carneiro: Guitarra e Teclado
Caio Araújo: Baixo
Maicon Charles: Bateria
Filipe Cerqueira: Percussão e Flauta
Influências:
Beatles, Wings, Tropicália, Clube da esquina, David Bowie. Novos Baianos, Led Zeppelin, Jorge Ben, Nirvana, Radiohead, Tim Maia, Rolling Stones, Los Hermanos, The Zombies, Strokes, Arrigo Barnabé, Silverchair, Roberto e Erasmo Carlos, Pink Floyd , Joy Division etc etc etc
Download
Fundação: 2007 – Salvador
Lançamentos: EP ao vivo “Duas e meia” (2007) e CD “Parque da Cidade” (2009)
Onde já tocaram: Feira Noise Festival (Feira de Santana), circuito de bares Barra-Rio Vermelho (Salvador) e tiveram uma música tocada numa matéria do Fantástico.
Quem já está de olho: De novo o grande Chico Castro Jr, que escreveu linhas elogiosas à banda no Jornal A Tarde.
O que pensam do futuro: “O que a gente mais quer mesmo é que as pessoas conheçam e ouçam nossas coisas, que são tão trabalhadas e criadas de forma verdadeira e preocupada para não cair nesse aglomerado de coisas ruins que se vem sendo feito no brasil de uns tempos pra cá”.
Potencial:
Ouça Velotroz – “Mar Morto”