Festival Invasão Baiana, turnês nos Estados Unidos e na Europa e presença em rádios fora do país mostram a força da música contemporânea da Bahia.
A produção musical baiana contemporânea vive um de seus momentos mais férteis e interessantes dos últimos anos. Prova disso já vem sendo vista nos eventos, shows e festivais que têm acontecido no estado (veja calendário dos que acontecem ainda este ano). Fora da Bahia, essa produção vem ganhando espaço e projeção com iniciativas como o festival Invasão Baiana, mas principalmente com shows e turnês de artistas baianos fora do país, que cada vez mais circulam por festivais nos Estados Unidos e na Europa, além de passar a frequentar rádios.
Aqui pelo Brasil, as turnês e shows acontecem com frequência, mas eventos específicos reunindo exclusivamente artistas baianos são importantes, não apenas para reforçar os nomes dessa cena contemporânea, mas também para derrubar estereótipos que insistem em se manter por ai. O festival Invasão Baiana, que já passou por São Paulo e Brasília em 2014, este ano chega ao Rio de Janeiro.
Promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o projeto será realizado em 4 datas de agosto na praça do Centro Cultural Correios (ao lado do CCBB), recebendo nomes e promovendo encontros. No dia 15, um encontro entre BaianaSystem e Pepeu Gomes, além de Mauro Telefunksoul; no dia 16, show de Marcia Castro e do grupo OQuadro; na semana seguinte, no dia 22, tem Tom Zé e Lord Breu, e no último dia, 23, o rock dá as caras e as cartas com duas das melhores bandas baianas, Vivendo do Ócio e Retrofoguetes.
Turnês internacionais – A lista de baianos que têm circulado pelo exterior cada vez aumenta. É o caso de Márcia Castro e da Orquestra Rumpilezz, que ao lado de nomes como Nação Zumbi, Lia Sophia e Los Sebosos Postizos, vão se apresentar na edição deste ano do badalado Brazil Sumer Fest. O evento, que é realizado desde 2011 em Nova York e este ano acontece de 30 de julho a 8 de agosto, faz anualmente um apanhado do que vem sendo produzido no Brasil, tanto de estilos mais contemporâneos quanto os tradicionais. Nas edições anteriores o festival recebeu nomes como Pitty, BaianaSystem e Percussivo Mundo Novo, para falar apenas dos baianos.
Márcia faz dois shows no festival, nos dias 30 de julho e 6 de agosto. A Rumpilezz não só vai participar do festival, como vai realizar uma turnê pelos Estados Unidos, passando por seis cidades, Nova York, San Francisco, Philadelphia, Santa Cruz, San Jose e Miami, incluindo, além do Brazil Sumer Fest, o San Jose Jazz Festival.
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A cantora e acordeonista Lívia Mattos segue mostrando mais seu trabalho fora do que em sua terra, este ano ela se apresentou em março no Akkorden festival Wien, em Viena, na Áustria, e em julho, no Accordions Around the World, em Nova York. Desde 2013, é o que tem mais feito, circulado pelo exterior. O grupo OQuadro, de Ilhéus, acabou de retornar de shows pela Dinamarca e Alemanha, com destaque para a participação no importante festival dinamarquês Roskilde.
Quem está finalizando turnê pela Europa é a cantora e compositora Soraia Drummond. Com seis apresentações agendadas, ela está desde o dia 18 de julho se apresentando em vários eventos e festivais pela Itália, como o Playgreen e o Ariano Folk Festival, além do Rockers Calore Festival, que fecha a turnê.
Outros nomes como Lucas Santtana e o BaianaSystem também costumam se apresentar no exterior, o primeiro com alguma frequência. Ele, além de Tiganá Santtana e Jurema, conseguiram emplacar em rádios europeias e estiveram com frequência entre as músicas mais tocadas nas paradas de world music. Tiganá chegou a ser o quarto mais tocado em março deste ano com seu novo disco, “Tempo & Magma”, ficando mais de três meses entre os 20 mais. Jurema também chegou a quarta posição, mas em abril e ficou no top 20 por dois meses. A música baiana segue conquistando territórios.