Em tempos de redescoberta pela internet de discos clássicos e de artistas muitas vezes esquecidos, as gravadoras seguem apostando no relançamento de obras importantes da música brasileira. Caixas especiais com obras de Erasmo Carlos, Rita Lee, Alceu Valença e Luiz Melodia, títulos importantes e esquecidos de Taiguara, Jards Macalé, Dominguinhos e Martinho da Vila e reedição digital de clássico de Arnaldo Baptista estão entre os relançamentos que voltam a estar disponíveis para o público.
Entre os relançamentos mais importantes colocados recentemente nas lojas está a série Três Tons, da gravadora Universal Music, que consiste de boxes com três CDs remasterizados cada e com arte e encartes originais, organizados numa caixa que inclui texto sobre cada um dos álbuns, de alguns importantes artistas brasileiros. Faz falta a inclusão das letras das músicas, que só aparecem nos álbuns que já as traziam nos encartes originais e assim mesmo em tamanho redimensionado para CD, em muitos casos, quase impossível de ler. Se em 2012 já haviam sido lançados discos de Fafá de Belém, Carlos Lyra, e Maysa, a série reedita em 2013 obras de carreira de Rita Lee, Alceu Valença, Luiz Melodia e Erasmo Carlos.
Os discos de Rita Lee já haviam sido relançados em CD nos anos 90, mas estavam fora de catálogo. Agora, os discos saem em reedições remasterizadas e atualiza uma das fases mais significativas da carreira da ex-Mutante. São obras feitas justamente no período que a cantora saia de sua ex-banda para dar início a carreira solo. O primeiro deles, Build up (1970), é o disco de estreia de Rita Lee assinando sozinha, mas ainda pertencendo aos Mutantes. Pode ser considerado até um disco da banda, mas era uma aposta de tentar tornar Rita uma estrela pop. Gravado sob a direção de Arnaldo Dias Baptista e arranjos de Rogério Duprat, o disco traz 11 faixas, sendo seis da própria Rita, uma sozinha, duas em parceira com Arnaldo e outras três com Élcio Decário, que assina sozinho outras duas. Há ainda uma faixa só de Arnaldo, uma versão de Nara Leão para ‘Joseph’ do francês G. Moustaki e uma regravação de ‘And I Love Her’ de Lennon e McCartney. O disco não é totalmente Mutantes porque Sérgio Dias não quis participar, ficando as guitarras a cargo de Lanny Gordin, mas mantém na sonoridade o clima psicodélico da banda, com inserções de soul music. Foi, no entanto, um fracasso comercial e deflagrou de certa forma a saída de Rita dos Mutantes.
Antes de sair, ela faria o álbum seguinte, Hoje é o primeiro dia do resto de sua vida (1972), agora de fato um novo álbum dos Mutantes, já que por questões contratuais a banda poderia lançar apenas um álbum por ano. Mesmo já afundado no universo da música progressiva, é claramente um novo disco da banda, com Arnaldo novamente produzindo e também cantando e tocando teclados, Sérgio Dias tocando guitarra e também cantando, além de contar com Liminha no baixo e Dinho na bateria. Mais do que contar com seus integrantes, o disco soa como Mutantes. É na verdade uma despedida, já que é o último disco que reúne Rita e a banda. O álbum, que já havia sido relançado em CD em 2005, traz 10 faixas, e o único da discografia da banda totalmente assinado por seus integrantes, sem versões. Todas as faixas são de Arnaldo Baptista, em parceira com Rita, Sérgio, Arnolpho Lima, Elcio Decário e até Dinho. Depois deste nem os Mutantes nem a própria Rita seriam os mesmos, cada um pegando um novo rumo na carreira.
O mais raro dos discos de Rita relançados agora é Atrás do porto tem uma cidade (1974), primeiro álbum dela fora dos Mutantes e primeiro ao lado do grupo Tutti Frutti. Na verdade, ela já havia gravado outro álbum com a banda, mas ele foi considerado pouco comercial pela gravadora Philips e foi arquivado. Enquanto os Mutantes mergulham de vez no rock progressivo, Rita investe numa carreira mais pop, flertando com o glam de Bowie e o rock setentista dos Stones e Wings. Comprovando o momento definitivo da carreira solo e o potencial criativo da cantora, o álbum traz todas as dez faixas compostas pela própria Rita, sendo sete só dela e três em parceria com Luiz Sérgio Carlini e Lee Marcucci, ambos da Tutti Frutti. Entre as músicas estão alguns dos primeiros sucessos de Rita solo, como ‘Mamãe Natureza’ e ‘Menino Bonito’, com indiretas(?) para os meninos do Mutantes, e “De Pés no Chão, recentemente regravado pela cantora Márcia Castro.
O box Três Tons de Luiz Melodia, traz álbuns de Luiz Melodia gravados em três décadas diferentes. Inclui o primeiro e clássico Pérola negra, obra-prima do cantor e compositor carioca, lançado em 1973 e que contém clássicos como ‘Estácio, Eu e Você’, ‘Estácio, Holly Estácio’, ‘Pérola Negra’, ‘Magrelinha’ e ‘Farrapo Humano’ .
Dos anos 80, Felino (1983) é um álbum menos importante da carreira de Melodia, seguindo a lógica de arranjos da época, calcados nos teclados. Teve apenas um sucesso, a música ‘Só’, parceria com o guitarrista Perinho Santana. Destaque também para a faixa ‘Sorri pra Bahia’, que conta com a participação de João Donato.
Já Pintando o Sete (1991) foi lançado no rastro do mega-sucesso de ‘Codinome beija-flor’, música de Cazuza, Ezequiel Neves e Reinaldo Árias, que integrou a trilha sonora da novela ‘O Dono do Mundo’. O disco traz ainda uma regravação de ‘Mistério do Planeta’, sucesso dos Novos Baianos, e ‘Maura’, uma música do pai do cantor, Oswaldo Melodia. Entre as participações estão João Donato e a banda Cidade Negra fazendo as bases de Cara cara. Foi o disco que fez Melodia retomar o sucesso de público.
Outro que ganhou box na Três Tons foi Alceu Valença, com relançamentos de importantes discos de sua carreira que ainda estavam inéditos em CD, todos da primeira metade dos anos 80, fase de bastante sucesso do cantor. Quinto álbum solo de Alceu, Cinco Sentidos (1981) não tem nenhum dos sucessos radiofônicos do cantor, mas foi um disco bem sucedido comercialmente, com 150 mil cópias vendidas. Artisticamente, trazia músicas marcantes da carreira do pernambucano, como ‘Cabelo no Pente’, ‘Guereiro’, ‘Arreio de Prata’ e ‘Porto da Saudade’.
O disco seguinte, Anjo Avesso (1983), trazia um dos maiores sucessos do cantor, ‘Anunciação’, mas também outras músicas marcantes na carreira, como ‘Marim dos Caetés’, ‘Rouge Carmin’ e ‘Anjo Avesso’. O disco é uma homenagem à cultura popular, especialmente a pernambucana, flertando com folguedos, batuques, a La Ursa, maracatu, caboclinhos e, claro, o frevo. O álbum traz participação de Clementina de Jesus na faixa ‘Batendo Tambor’.
Entre os relançamentos, Mágico (1984) é o menos conhecido dos discos. Assim mesmo, o álbum também traz algumas músicas que se tornaram bastante conhecidas, como ‘Dia Branco’ (não confundir com a música de mesmo nome de Geraldo Azevedo) e, especialmente, ‘Solidão’, hit radiofônico de enorme sucesso. Gravado na Holanda, o disco traz recursos técnicos até então inéditos para Alceu, reforçando seu caráter cosmopolita, que é uma de suas marcas. Alceu foi um dos artistas que desde o início da carreira não se inibiu em travar um diálogo entre o popular tradicional e o contemporâneo, mesclando, por exemplo rock com ritmos regionais.
Além da série Três Tons, a discografia de Alceu foi contemplada com a reedição pela Universal Music de outros discos. Coração Bobo (1980), que havia sido lançado em CD em 1996, volta em edição remasterizada e com reprodução da arte gráfica do LP original. Alceu vinha de shows na França e queria voltar ao Brasil alcançando um público maior. A aposta foi no coco que dá título ao álbum e que havia sido composta ainda em Paris. Inscrita no Festival da Tupi e defendida por Alceu ao lado de Jackson do Pandeiro, a música foi um grande sucesso e o disco responsável pela popularidade do cantor. O álbum trazia Alceu de volta às raízes brasileiras e nordestinas com as regravações de ‘Cintura Fina’ e ‘Vem Morena’ (ambas de Luiz Gonzaga e Zé Dantas) , além do lançamento de outro sucesso do artista, a bela ‘Na Primeira Manhã’, gravada anos depois por Maria Bethânia. Coração Bobo ultrapassou as 150 mil cópias e, a partir dali, Alceu começou a se tornar um grande vendedor de discos.
Também em reedição avulsa, Cavalo de pau (1982), disco comercialmente mais bem sucedido da carreira de Alceu está de volta às lojas. O relançamento é simples e de pequeno porte, são apenas 500 cópias e sem a sinalização de nova remasterização. No entanto, traz a reprodução original da arte gráfica, encartes e ficha técnica. Com direção artística de Mazzola, o álbum traz apenas oito músicas e na época do lançamento apostavam que seria um fracasso comercial. Nele estão, no entanto, alguns dos maiores sucessos de Alceu: a retumbante ‘Tropicana’ (parceira dele com Vicente Barreto), ”Como dois Animais’, ‘Pelas ruas que andei’ e ‘Cavalo de pau’. O resultado é que o disco bateu um milhão e meio de cópias vendidas e Alceu passou então a se apresentar para públicos gigantes em estádios e ginásios.
Com esses lançamentos, quase toda a discografia de Alceu pertencente ao acervo da Universal se encontra em catálogo, com exceção de Alceu Valença ao vivo, registro de show no Montreux Jazz Festival em 1982 e lançado em 1986. Permanecem também fora de catálogo, os discos da fase BMG-Ariola, e atualmente integrando o acervo da Sony Music, Espelho Cristalino, Rubi, Leque Moleque e Oropa França e Bahia.
Finalmente, a caixa de Erasmo Carlos traz três preciosidades: os álbuns Carlos, Erasmo (1971), Sonhos e memórias 1941 . 1972 (1972) e Banda dos Contentes (1976), que revelam o Tremendão na fase pós-Jovem Guarda. Os álbuns já haviam sido reeditados em CD na caixa Mesmo que seja eu, lançada em 2002, mas estavam fora de catálogo, só sendo encontrados em lojas de usados e sebos. Os discos captam a fase entre 1971 e 1976, quando Erasmo mantinha a parceira com Roberto, mas trilhava em paralelo talvez sua melhor fase da carreira, tanto nas composições quanto como cantor.
Numa coincidência do mercado, Carlos, Erasmo… (1971), ganhou simultaneamente reedições em CD pela série Três Tons e em vinil de 180 gramas pela série Clássicos em vinil da Polysom. O álbum traz Erasmo apontando o novo rumo que daria em sua carreira, mesclando rock, funk, soul, samba-rock e baladas. Estão lá as tradicionais parcerias com Roberto, seis das 13 faixas, entre elas a bela ‘É preciso Dar um Jeito, Meu Amigo’, e a ousada ‘Maria Joana’, que, como o nome sugere, trata de maconha com uma letra repleta de duplos sentidos. Quem diria, Robertão? Erasmo também mostra seu lado intérprete cantando preciosidades de Caetano Veloso (‘De Noite na Cama’), Taiguara (‘Dois Animais na Selva Suja da Rua’), Jorge Ben (‘Agora Ninguém Chora Mais’) e Marcos e Paulo Sérgio Valle (’26 Anos de Vida Normal’), além de ‘Masculino, Feminino’, de Homero Moutinho Filho, cantada em parceria com Marisa Fossa. O disco traz arranjos e regências de Chiquinho de Moraes, com colaboração de Rogério Duprat e Arthur Verocai, acompanhamento da banda Os Diagonais e Lanny Gordin, além da participação luxuosa de Sérgio Dias e Dinho, dos Mutantes.
Outro disco da caixa é Sonhos e Memórias (1972), apontado por alguns como o mais bonito da carreira do artista. Produzido por Jairo Pires e Guti Carvalho, o álbum traz 12 faixas, todas frutos da parceria de Erasmo com Roberto, que vão da homenagem ao velho rock, em ‘Bom Dia, Rock’n’roll’, passam pelo samba-soul-rock ‘Mundo Cão’, e segue até as regravações com guitarras sujas de ‘É Proibido Fumar’ e ‘Preciso Urgentemente Encontrar um Amigo’, gravada pelos Mutantes e lançada em 1970 no álbum Ando Meio Desligado.
O disco que completa a caixa é talvez a maior obra-prima de Erasmo. Banda dos Contentes (1976) apresenta mais uma vez uma diversidade sonora, passeando por ritmos e mantendo o nível sempre muito alto. O álbum traz dez faixas, sendo cinco de autoria do próprio Erasmo, quatro com seu fiel parceiro Roberto e uma com Rick, ‘Billy Dinamite’. Entre as parcerias com Roberto destaque para o grande sucesso do disco, ‘Filho Único’, um belo folk que se transformou em hino adolescente e fez parte da trilha sonora da novela global Locomotivas. A outra parte do disco traz Erasmo interpretando composições quase inéditas presenteadas a ele por Belchior (‘Paralelas’ em versão anterior a gravada pelo autor e que depois ganhou novos versos) e Gilberto Gil (‘Queremos Saber’), além de uma parceira de Jorge Mautner e Antonio Adolfo (‘Dia de Paz’), Ruy Maurity e José Jorge (‘Continente Perdido – Terra de Montezuma’) e Renato Terra e Luiz Mender Jr. (‘Fatos e Fotos’). Composições que não ficaram datadas, tanto sonoramente quanto nas letras, e que poderiam tranquilamente estar falando dos dias atuais.
RARIDADES
Entre tantos relançamentos alguns são de trabalhos bastante raros. É o caso do disco Imyra, Tayra, Ipy (1976), de Taiguara, que está ganhando sua primeira edição em CD através da Sony Music. Trata-se de um dos trabalhos mais marcantes da carreira do cantor e compositor uruguaio. Considerado por muita gente umas das obras mais importantes da música brasileira, é ainda bastante desconhecido.
O álbum começou a ser produzido após um período em que Taiguara se auto-exilou em Londres no início dos anos 70 , fugindo da repressão da ditadura militar. Na volta, em 1975, inspirado no romance Quarup de Antônio Callado, do qual retirou o título em tupi que batiza o disco, começou a criar o álbum. São 14 faixas, todas de autoria do próprio Taiguara, com exceção de ‘Três Pontas’ (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1967). Para fugir da censura, do qual era alvo constante, decidiu assinar as músicas com seu sobrenome Chalar da Silva. Não deu certo.
Lançado originalmente em 1976 pela gravadora EMI-Odeon, o álbum teve todos os exemplares recolhidos das lojas por ordem da censura do governo militar de Ernesto Geisel dias após seu lançamento. Em CD, a obra permanecia inédita no Brasil, tendo sido lançada em 2004 apenas no Japão. As composições traziam fortes críticas ao governo da época, mesmo que se utilizando de metáforas. Taiguara criou uma uma obra de grande complexidade melódica, harmônica e conceitual, utilizando uma orquestra e dezenas de músicos e convocando nomes de peso para o trabalho. Hermeto Pascoal dividiu com ele a assinatura dos arranjos e orquestrações. A regência de orquestra e produção ficaram nas mãos de Wagner Tiso. Entre os músicos estavam Toninho Horta (violão), Jacques Morelenbaum (violoncelo), Zé Eduardo Nazário (bateria e percussão), Nivaldo Ornellas (sax soprano, tenor e flauta), J.T. Meirelles, entre outros. Taiguara é, no entanto, o grande responsável pela obra. Além de cantar, compor e produzir, ele ainda tocou piano, sintetizador e mellotron.
A outra raridade que chega às lojas é o primeiro disco de Jards Macalé, o compacto duplo Só morto Burning Night. Originalmente lançado em 1970 pela extinta gravadora RGE, o disco ganha reedição produzida pelo pesquisador Marcelo Fróes para o selo Discobertas com alguns extras. Além das quatro canções originais do compacto (‘Soluços’, “O Crime’, ‘Só Morto’ e ‘Sem Essa’), o disco traz dez faixas bônus gravadas ao vivo e captadas entre 1970 e 1973 e até então inéditos em disco. Entre elas estão algumas das obras mais importantes de Macalé, como ‘Gothan City’, em duas versões, ‘Let’s Play That’, ‘Revendo Amigos’ e ‘Anjo Exterminado’. O lançamento faz parte das comemorações dos 70 anos que o cantor, compositor e músico completa este ano. As quatro músicas originais do compacto, foram gravadas por Macalé acompanhado da banda Soma e com intervenções do piano de Zé Rodrix e participação de Naná Vasconcelos na percussão.
Também é o selo Discobertas que está colocando no mercado a primeira edição em CD do raríssimo Nem todo crioulo é doido (1968), primeiro trabalho de Martinho da Vila. Não é exatamente seu primeiro álbum, já que se trata de um daqueles discos coletivos para testar o potencial artístico e comercial de vários artistas iniciantes. O cantor e compositor participa cantando quatro músicas. ‘Pra que Dinheiro’, a única de sua autoria, faria sucesso numa regravação dele mesmo no ano seguinte. As outras são ‘Deixa Serenas’, ‘Se Eu Errei’ e ‘Querer é Poder’. Além de cantar, Martinho também bancou a produção e convidou os amigos Anália, Antonio Grande, Cabana, Darcy da Mangueira, Mário e Zuzuca para completar o álbum. A reedição retoma a capa, contra-capa e informações originais e apresenta o Martinho da Vila antes do sucesso que alcançaria no ano seguinte.
Depois da morte de Dominguinhos, já era esperado que as gravadoras apostassem em obras do músico para aproveitar a comoção em torno dos acontecimentos. O bom é que podemos ter novamente acesso a obras do cantor e compositor pernambucano que andavam fora de catálogo. A Warner Music está reeditando, de forma avulsa, três álbuns lançados por ele entre 1988 e 1990 pela extinta gravadora Continental: É isso aí! Simples como a vida (1988), Veredas nordestinas (1989) e Aqui tá ficando bom! (1990).
Quem também está ganhando reedição é o clássico disco Singin’ Alone, de Arnaldo Baptista. O segundo álbum solo do cantor, lançado originalmente em 1982, em LP, pela gravadora paulista Baratos Afins, ganha uma edição digital disponibilizada nas principais lojas virtuais de discos. O trabalho traz nova capa, colorizada por Rubens Amatto a partir da foto de Grace Lagoa exposta na edição original do disco, e é o início de um projeto de revitalização digital de toda a discografia solo do cantor e compositor. Singin’ Alone já havia sido lançado em CD, mas só agora ganha uma versão digital oficial remasterizada, que inclui a faixa-bônus ‘Balada do louco’, numa gravação de 1995. Arnaldo gravou um vídeo sobre o relançamento do álbum: