Boas ideias, baixos custos e uma excelente forma de promover o próprio trabalho. Fazer vídeo-clipes está longe de ser novidade, mas durante um bom tempo ficou limitado a boa vontade das emissoras de TV em exibi-los. Hoje, com internet, YouTube e ferramentas diversas, fazer clipe mais do que nunca é uma excelente forma de tornar o trabalho mais conhecido.
O melhor é que além dos artistas, toda a rede ao redor do clipes se mostra interessada em ampliar a produção. A mais específica emissora a trabalhar com os vídeo-clipes, a MTV, por exemplo, voltou atrás. Depois de apostar num formato diferente do que se notabilizou, abandonando os clipes e focando sua programação numa forma de entretenimento mais bobo e menos musical, a emissora decidiu recolocar a música em destaque. Desde março a MTV está com novos programas, com formatos curtos e mais opinião, novos VJs, e o melhor, novamente focando boa parte da programação em música. Agora são 30 programas e 14 horas de música ininterruptas em 11 faixas de clipes. De duas da manhã às 16h, os videoclipes são a principal atração da rede.
Melhor ainda é saber que além dos clipes badalados e gringos, a MTV está abrindo espaço para bandas de todo o país, independentes inclusive. Para quem está acompanhando a emissora, os clipes estão distribuídos nos programas MTV LABs, e dentro dessas faixas musicais, existe o MTV LAB BR, que vai ao ar todos os sábados e domingos das 11h às 12h, onde exibe os clipes independentes. A MTV está lançando também um projeto para conhecer as bandas independentes do Brasil e emplacar os melhores clipes de norte a sul na grade da emissora. E é bom, bandas e artistas não pensarem que isso é bondade, a emissora está atenta para um mercado imenso que já tem sua importância reconhecida em vários outros meios, mas pouco na TV. Eles quem ganhar com isso também. E não há mal nenhum nisso. Com o projeto a emissora quer receber videoclipes para exibir na programação e apresentar as bandas para todo o país. Para isso criou um canal exclusivo via Portal MTV. Os interessados podem contatar a MTV através do email labbr@mtv.com.br, onde vão ser informados sobre como devem proceder para enviar seu material.
Na internet o vídeo-clipe ajudou ao YouTube a ganhar status de um dos principais sites do mundo. Não é a toa também que o portal de vídeos está ampliando seu espaço para vídeo-clipes. Em parceria com a gravadora Universal, o YouTube planeja criar um site exclusivo de videoclipes musicais. A idéia é oferecer mais rentabilidade ao Google, empresa administradora do YouTube, e diminuir os problemas com direitos autorais de vídeos postados no site. A parceria, até então denominada como “Vevo”, pretende também vender ingressos para shows e produtos musicais.
Para quem quer aprender a fazer clipes, uma boa é a oficina ministrada pelo cineasta Alexandre Guena, que será realizada durante três meses, de 20 de abril a 30 de julho, e terá aulas de roteiro e de diversos tipos de filmagem, além de uma série com 6 palestras com nomes como Arlindo Machado, Ricardo Spencer e Raul Machado. A oficina recebeu mais de 140 inscrições, mas apenas 15 pessoas foram selecionadas. Na fase final eles vão se dividir em grupos de três e com dois mil reais por grupo vão produzir um clipe de uma banda ou artista solo do cenário local. No total, cinco vídeos saem do papel e de cara vão parar numa mostra da Sala Walter da Silveira e outra do Cinema da Ufba.
Por falar em vídeo-clipes baianos, uma nova dose deles foi lançada recentemente, aproveitando a proposta de idéias e baixo custo. Nem sempre com resultados primorosos, mas valem como parte do processo Confira:
Dois em Um – “Mais uma Vez” (Luisão Pereira)
Direção de Alexandre Guena e Rodrigo Luna.
Glauco Neves e sua Orquestra Elegante – “Carne de Segunda”
Direção de Diana Matos
Aproveitando o Second Life, Glauco e a banda viram avatar.
Os Culpados – Sobre a Verdade
Direção de Nalini Vasconcelos
Idéia simples feita em cima de ensaios e gravações de estúdio.
Libório e a CombusTão spontânea – lamento
extracomunitario
Totalmente feito com imagens do Google Earth, mais simples impossível.