Uma avalanche de cinebiografias, documentários e até série sobre importantes figuras da música brasileira mundial chega ao público nos próximos meses. Desde de estrelas da música pop mundial até nomes essenciais da produção brasileira mais recente estão contempladas. Nomes como Elvis Presley, Bob Marley, Michael Jackson, Gal Costa, Bob Dylan, Chico Science, Milton Nascimento, Ozzy Osbourne, Whitney Houston, Bee Gees, Sidney Magal, o baterista do The Who Keith Moon e Marianne Faithfull serão temas de filmes sobre suas vidas e carreiras, seguindo uma tendência que ganhou força nos últimos anos com o sucesso de ‘Bohemian Rhapsody’. O mercado de séries também tem se aberto para produções ligadas ao universo musical e também vai trazer novidades. Entre elas, uma focada no Sex Pistols e outra documental sobre as bandas do indie-rock dos anos 1990. Ainda com força, os documentários são outra opção para conhecer mais sobre ícones da música mundial. Entre os previstos para breve estão produções sobre David Bowie, Racionais MCs, Belchior, Brian Eno, Cindy Lauper e George Michael. Leia abaixo sobre cada um desses filmes.
Entre os filmes mais aguardados está o longa sobre Elvis Presley. O musical biográfico ‘Elvis‘, dirigido por Baz Luhrmann (‘O Grande Gatsby’, ‘Moulin Rouge’, ‘Romeu + Julieta’) teve premiere oficial no Festival de Cinema de Cannes de 2022, em maio, e está programado para ser lançado no dia 24 de junho. Com forte ligação com o cinema, Elvis Presley possui vários documentários sobre sua vida, mas este será apenas o segundo filme sobre o fenômeno do rock. O primeiro, ‘Elvis‘, foi lançado em 1979, numa produção para a TV, dirigida por John Carpenter (‘Halloween’) e estrelada por Kurt Russell (‘Os Oito Odiados’).
Além da direção de Baz Luhrmann (responsável pelo roteiro ao lado de Craig Pearce), o novo filme será estrelado por Austin Butler (‘Era Uma Vez… em Hollywood’), Tom Hanks (como o Coronel Tom Parker), Olivia DeJonge (como Priscilla Presley) e Maggie Gyllenhaal (como Gladys Presley).
Michael Jackson também vai ganhar uma cinebiografia sobre sua vida com produção de Graham King (produtor de ‘Bohemian Rhapsody’) e roteiro de John Logan (‘Gladiador’, ‘Skyfall’ e ‘O Aviador’). Batizado como ‘Michael’, o filme terá apoio dos herdeiros do músico norte-americano, com seus representantes John Branca e John McClain fazendo parte da produção. “‘Michael’ vai dar ao público um retrato profundo sobre o homem complexo que se tornou o Rei da Pop. O filme resgata as atuações mais icônicas de Jackson e foca o processo criativo do artista bem como a sua vida pessoal”, diz o comunicado divulgado pela produção.
Outro ícone da música mundial a chegar às telas é o jamaicano Bob Marley. A cinebiografia do rei do reggae está sendo desenvolvido pela Paramount Pictures, que levou quase um ano para encontrar o protagonista. O escolhido foi Kingsley Ben-Adir, que interpretou Malcolm X no filme ‘Uma Noite em Miami’ e o ex-presidente norte-americano Barack Obama na minissérie ‘The Comey Rule’. A direção é de Reinaldo Marcus Green (‘Monstros e Homens’, ‘Top Boy’, ‘King Richard’). A família do cantor também está totalmente envolvida no projeto. Os filhos Ziggy e Cedella e a viúva, Rita Marley, estão na produção do longa em nome da Tuff Gong, gravadora fundada pelo astro.
Outro mestre da música mundial que vai ganhar um novo filme sobre sua vida é Bob Dylan. Alvo de diversos documentários e longas como ‘Não estou lá’ (2007), o compositor norte-americano ter uma nova cinebiografia. Esta será ambientada nos anos 1960, durante a transição do violão para a guitarra elétrica, ruptura que mudou a música folk para sempre. Com o próprio Dylan como produtor executivo, o filme se chamará ‘Going Electric’ (“Eletrificando”, em livre tradução) e terá direção de James Mangold (‘Ford v Ferrari’, ‘Garota Interrompida’) e Timothée Chalamet (‘Duna’) no papel principal. Em 2005, Mangold já havia dirigido outra cinebiografia, ‘Johnny & June’, história do cantor Johnny Cash com seu grande amor June Carter.
Vários outros filmes focados em artistas dos mais diversos gêneros também estão previstos. A Paramount prepara uma cinebiografia sobre os Bee Gees com direção de ninguém menos que Kenneth Branagh (‘Thor’, ‘Assassinato no Expresso do Oriente’. O longa dos irmãos Barry, Maurice e Robin Gibb mostrará a origem do trio, os primeiros sucessos e trabalhos de destaque, como a famosa trilha sonora do filme ‘Os Embalos de Sábado à Noite’ (1977). A produção será da Amblin, produtora de Steven Spielberg, com produção-executiva por Graham King, de ‘Bohemian Rhapsody’. Ainda não há previsão de estreia.
O lendário baterista do The Who, Keith Moon, também vai ganhar sua cinebiografia. Com o título provisório de ‘The Real Me’, um das músicas da banda, o longa começará a ser filmado em junho e terá participação do vocalista Roger Daltrey e do guitarrista Pete Townshend como produtores executivos. A direção será de Paul Whittington (‘The Crown’, ‘White House Farm’) e o roteiro de Jeff Pope (‘Philomena’).
O lendário Ozzy Osbourne também vai ganhar um filme. No caso dele, será uma cinebiografia sobre o relacionamento dele com a esposa, Sharon, que foi descrito pela própria como “selvagem, insano e perigoso”. O roteiro é de Lee Hall, que escreveu ‘Rocketman’ (2019), filme sobre Elton John, e ‘Billy Elliot’ (2000). A produção é da própria Sharon Osbourne, junto dos filhos Jack e Aimée. Com distribuição da Sony Pictures, o filme terá músicas do Black Sabbath e também da carreira solo do artista. Não há ainda uma data definida para estreia.
Figura fundamental da música inglesa dos anos 1960, Marianne Faithfull vai ganhar um novo filme a seu respeito. Batizado como ‘Faithfull’, o longa é inspirado na autobiografia da artista e acompanha sua vida desde a Londres do período da Swingging London, com o circuito artístico frequentado por Beatles, Rolling Stones, David Bowie, entre outros. É nesse ambiente, que surge a jovem Marianne, com apenas 17 anos e ainda na escola. Descoberta em uma festa, ela rapidamente virou uma estrela e passou a conviver em um mundo de fama, hedonismo, drogas pesadas, romances frustrados e vício.
A cinebiografia vai registrar os altos e baixos de Faithfull, do estrelato à decadência. Acompanha a subidas e descidas na vida e carreira da artista, passando pelo tumultado romance com Mick Jagger, os 21 álbuns lançados, o vício em drogas que a levaram a morar como sem-teto no Soho e sua recuperação. O papel de Marianne será da atriz Lucy Boynton, que interpretou a namorada do cantor Freddie Mercury em ‘Bohemian Rhapsody’. A direção é de Ian Bonhôte, que recebeu duas indicações ao BAFTA por seu aclamado documentário sobre Alexander McQueen, ‘McQueen’. Ainda não foi divulgado quem será Mick Jagger no filme.
Em dezembro desse ano, uma cantora que já chega às telas norte-americanas num filme sobre sua vida é Whitney Houston. A cinebiografia ‘I Wanna Dance With Somebody’ pretende explorar a atribulada vida e a música da cantora. O roteiro é de Anthony McCarten, de ‘Bohemian Rhapsody’ (2018), e a direção de Kasi Lemmons (‘Harriet’, 2019). A atriz Naomi Ackie (‘Star Wars: A Ascensão Skywalker’, 2019) interpreta Whitney Houston. O filme tem previsão de chegar ao Brasil em fevereiro de 2023.
Brasileiros
Artistas brasileiros também vão aparecer aos montes nas telas nos próximos meses. Entre eles, uma das boas notícias é um filme sobre Chico Science, que pretende apresentar sua história e obra para as novas gerações. O filme tem ainda como objetivo mostrar a visão de “dentro dos pensamentos” do artista, que foi líder da Nação Zumbi e do movimento Manguebeat na década de 1990.
A direção da cinebiografia está a cargo de Pedro Von Kruger (‘Um Dia Qualquer’, ‘Memória em Verde e Rosa’), que assina o roteiro ao lado de Felipe Nepomuceno. Os dois já trabalharam juntos nos curtas ‘A Incrível Volta ao Mundo do Tricolor Suburbano’ (2013) e ‘Caetana’ (2014). A filha de Chico, Louise França participa do projeto como produtora ao lado de Denis Feijão, que já fez outros trabalhos sobre nomes da música brasileira, como os documentários ‘Sabotage: Maestro do Canão” e “Raul — o início, o fim e o meio”. Inicialmente, o filme está sendo negociado para exibição em plataformas de streaming.
Entre os filmes brasileiros com produção mais adiantada está ‘Meu nome é Gal’, que, como o título indica, foca na trajetória da cantora Gal Costa. O filme, no entanto, não é exatamente uma cinebiografia, já que vai contar apenas uma fase específica da vida de Maria da Graça Costa Penna Burgos, quando a menina tímida de 20 anos de idade decidiu sair de Salvador para arriscar e tentar a vida artística no Rio de Janeiro.
Nessa mudança, a cantora encontrou os amigos Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, que a acompanharam e apoiaram em seus primeiros passos na carreira, ainda no final da década de 1960. O longa vai tratar também dos anos de chumbo, que obrigou parte de seus amigos a um exílio forçado com o aumento do autoritarismo na ditadura e deixou a cantora em depressão. Gal, entretanto, reuniu forças para se tornar uma das resistências artísticas do período.
Com direção de Dandara Ferreira e Lô Politi, que também assina o roteiro, ‘Meu nome é Gal’ será protagonizado pela atriz Sophie Charlotte. O elenco traz ainda Rodrigo Lelis como Caetano Veloso, Dan Ferreira como Gilberto Gil, Camila Márdila como Dedé Gadelha, George Sauma como Waly Salomão e Luis Lobianco como o empresário Guilherme Araújo. A diretora Dandara Ferreira também interpreta Maria Bethânia, e Fábio Assunção faz uma participação especial como um diretor de televisão. O longa está em processo de filmagem em São Paulo e Rio de Janeiro e tem previsão de lançamento para 2023.
Outro ícone da MPB que teve a produção de um filme sobre sua vida confirmada foi Milton Nascimento. Ainda sem muitos detalhes, o que se sabe é que a cinebiografia ficará a cargo da produtora Gullane, a mesma responsável pela série ‘Milton e o Clube da Esquina’, lançada pelo Globoplay. A ideia inicial é que o longa-metragem aborde a trajetória singular de Milton, concentrado em sua criação e na história de Milton com o Clube da Esquina. O filme ainda não tem definição se será lançado nos cinemas ou em plataformas e streamings, mas a pretensão é que a estreia seja em 2023.
Outro cantor que chega às telas é Sidney Magal. ‘O Meu sangue ferver por você’ vai contar a trajetória do artista e seu amor pela esposa Magali. O casal vai ser interpretado respectivamente por Filipe Bragança e Giovana Cordeiro. Com direção de Paulo Machline (indicado ao Oscar pelo curta ‘Uma História de Futebol’, e também diretor de ‘Trinta’ e da série ‘O Hipnotizador’), o longa já está sendo filmado, com locações em São Paulo e e Salvador, e tem produção assinada pela Mar Filmes, com distribuição da Manequim Filmes.
Documentários
Além das cinebiografias, a música vai ganhar às telas através dos documentários e vários deles são esperados para os próximos meses, abordando artistas das mais diversas origens e gêneros musicais. Sem dúvida um dos mais aguardados é o que vai focar na trajetória do Racionais MCs, o mais importante grupo de rap da história do Brasil. O filme faz parte de um pacote de produções nacionais da Netflix que estreia até o fim do ano.
Com direção de Juliana Vicente (‘Afronta!’), o documentário dos Racionais pretende mostrar o impacto e o legado do grupo. O foco será em depoimentos dos integrantes e cenas exclusivas, gravadas ao longo dos mais de 30 anos de carreira do grupo, reunindo imagens inéditas do acervo do grupo, desde apresentações nas ruas das periferias paulistanas até shows nos maiores palcos do país.
Outro nome fundamental da música brasileira alvo de um novo documentário é Belchior. Batizado como ‘Belchior – Apenas um coração selvagem’, o filme dá voz ao próprio Belchior, com trechos de diversas entrevistas dele ao longo do tempo que ajudam a entender sua vida, obra e visão de mundo. Com direção de Camilo Cavalcanti e Natália Dias, o filme traz ainda trechos de shows, como a participação no V Festival Universitário de Música Brasileira em 1972, fotos raras, versos de letras e poemas de Belchior ouvidos na voz do ator Silvero Pereira. O Doc estreou no último mês de abril no 27º festival É Tudo Verdade, vai percorrer circuito de festivais e estreia comercialmente em 2023 no Canal Curta!.
Entre os artistas internacionais, o documentário mais esperado é ‘Moonage Daydream’, que está sendo considerado o filme definitivo sobre David Bowie. Com direção de Brett Morgen, o mesmo de ‘Cobain: Montage Of Heck’, o filme terá imagens inéditas, performances e muita música, tudo guiado exclusivamente pela narração do próprio Bowie. A obra é considerada fundamental e tão importante que é a primeira produção cinematográfica oficialmente sancionada pela família de Bowie.
Segundo a gravadora BMG, responsável pelo trabalho, o filme incluirá 47 faixas musicais, com foco na fase de seu catálogo, que vai de 1970 a 1977, que inclui “Changes”, “Starman”, “Ziggy Stardust”, “All The Young Dudes”, “Life On Mars”, “Rebel Rebel”, “Fame”, “Young Americans”, entre outras. Elas serão mixadas a partir das versões originais, com produção de Tony Visconti, colaborador histórico de Bowie. Ainda sem data de lançamento, o filme está sendo projetado como uma experiência cinematográfica única no formato IMAX. O primeiro trailer do filme já foi lançado:
Outro veterano e nome fundamental na música que vai ganhar novo documentário é Brian Eno. Dirigido pelo cineasta norte-americano Gary Hustwit (‘Helvetica’) e previsto para 2023, ‘ENO’ será lançado em vários formatos digitais e também será exibido em cinemas e instalações. Num comunicado à imprensa, a equipe por trás do projeto afirmou que vai usar “tecnologia inovadora na criação e exposição do filme”.
Assim como a própria carreira de Eno, a promessa é um bio doc não convencional. “Uma experiência cinematográfica tão inovadora quanto a abordagem de Brian à música e à arte”, nas palavras do diretor. Hustwit vai ter um vasto material para mergulhar. Foi disponibilizado para ele um acervo que abrange mais de 400 horas de música ao longo de cinco décadas, incluindo músicas inéditas, vários projetos de arte e filmagens que nunca foram vistas publicamente antes.
Estrelas do pop que brilharam há algum tempo também vão ter suas vidas contadas em novos documentários. A Sony Music Entertainment anunciou o longa ‘Let the Canary Sing’, que vai abordar as mais de três décadas de carreira da cantora Cindy Lauper. O diretor será Alison Ellwood, que já realizou doc sobre a banda The Go-Go’s e o filme ‘Women of Troy’, que fala do impacto de Cheryl Miller no basquete feminino. Ainda não há uma previsão para estreia do documentário.
Outro alvo de um longa-metragem autobiográfico documental é George Michael. ‘Freedom Uncut’ traz o próprio cantor e compositor ícone da cultura pop narrando sua trajetória e revelando de forma inédita fatos da carreira, vida pessoal e polêmicas. O cantor esteve fortemente envolvido e dedicado durante toda produção do filme antes da sua morte em 2016 aos 53 anos, tornando o filme um importante tributo ao seu legado.
O documentário tem a participação de vários amigos famosos e colaboradores do artista, como Stevie Wonder, Elton John, Ricky Gervais, Nile Rodgers, Mark Ronson, Tracey Emin, Liam Gallagher, Mary J. Blige, Jean Paul Gaultier, James Corden, Tony Bennett, Cindy Crawford, Naomi Campbell, Christy Turlington, Linda Evangelista e Tatjana Patitz. O filme será lançado como um evento global no dia 22 de junho e o trailer pode ser visto abaixo:
Séries
Entre os projetos de músicas no audiovisual há ainda as séries para televisão, que já vem ganhando bastante espaço nas plataformas de streaming e vão aparecer com boas novidades brevemente. Duas delas se destacam. Ainda em produção, ‘I Don’t Belong Here’ revive o períodos de explosão do rock alternativo nos anos 1990 pós-Nirvana.
A série documental deve focar em bandas como Radiohead e Pavement e trazer a tona o momento em que as grandes gravadoras faturaram milhões de dólares explorando o sucesso de artistas de fora do mainstream. O cineasta Lance Bangs, que dirigiu documentários sobre Slint e Pavement e videoclipes para Sonic Youth, Guided by Voices, The Black Keys e comandou projetos da franquia de TV e cinema Jackass, está à frente da série.
A série vai trazer histórias contadas por músicos, empresários, produtores e executivos de gravadora. O título da série é inspirado em trecho de “Creep”, da famosa canção do Radiohead. A produção é da Anonymous Content, empresa responsável por filmes e seriados como ‘Quero Ser John Malkovich’, ‘O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças’, ‘Mr. Robot’, ‘True Detective’, entre outros.
Com produção bem mais adiantada, a aguardada série biográfica do Sex Pistols já tem trailer e data para estrear. Dirigida por Danny Boyle (‘Trainspotting’), a produção sobre a lendária banda punk será lançada pela plataforma Hulu no dia 31 de maio nos EUA. No Brasil, ‘Pistol’ será lançada pela Star+, mas em dada ainda não definida.
A série contará com seis episódios baseados nos relatos do livro Lonely Boy: Tales from a Sex Pistol (2016), do guitarrista Steve Jones. A adaptação é do roteirista Craig Pearce (‘Moulin Rouge!’), ao lado de Frank Cottrell Boyce, responsável pelo filme ‘A Festa Nunca Termina’ (’24 Hour Party People’, de 2002).
A história de ‘Pistol’ vai desde a fundação da banda, o sucesso, as brigas e também vai retratar a rotina dos jovens na Londres de meados dos anos 1970. Os Sex Pistols serão interpretados por Toby Wallace (‘The Society’) como Steve Jones, Anson Boon (‘Predadores Assassinos’) como o vocalista Johnny Rotten (John Lydon), o estreante Jacob Slater como o baterista Paul Cook, Fabien Frankel (‘The Serpent’) como o baixista Glen Matlock e Louis Partridge (‘Enola Holmes’) como Sid Vicious.
A série retrará ainda figuras fundamentais do período, como o produtor Malcolm McLaren, a cantora Chrissie Hynde (do Pretenders), Nancy Spungen (a namorada de Vicious), Siouxie Sioux (da banda Siouxie and the Banshees) e a atriz e modelo Jordan, que se tornou símbolo da cultura punk. Veja o trailer da série abaixo:
Bônus
Dentro dessa leva de novas produções ligadas à música, um dos mais aguardados que já estreou foi ‘Creation Stories’. O filme conta a história da influente gravadora britânica Creation Records, que revolucionou o mundo musical na década de 1980. Baseado na autobiografia de Alan McGee, o lendário fundador e dono da gravadora, a obra coloca foco a sua trajetória pessoal e sua atuação fundamental para projetar a cena indie original em meados dos anos 80.
McGee ganha as telas na pela do ator escocês Ewen Bremner (Spud de ‘Trainspotting’). Além dele, o novo filme tem outros nomes egressos do aclamado filme. O roteiro é de Irvine Welsh, autor do livro que virou ‘Trainspotting”, e a produção é de Danny Boyle, diretor daquele filme. O filme tem direção do ator Nick Moran, que virou diretor com ‘Telstar: The Joe Meek Story’ (2008), outra cinebiografia focada em um produtor-prodígio.
O elenco inclui ainda Suki Waterhouse (‘Pokémon: Detetive Pikachu’), Rupert Everett (‘O Lar das Crianças Peculiares’, ‘O Casamento do Meu Melhor Amigo’), Jason Flemyng (‘X-Men: Primeira Classe’), Jason Isaacs (‘Star Trek: Discovery’), Kirsty Mitchell (‘Dupla Explosiva’), Mel Raido (‘Lendas do Crime’), Matthew Durkan (‘Coronation Street’) e Leo Flanagan (‘Hanna’) como a versão adolescente de McGee.
Para os que não tem noção da importância do empresário escocês, ele foi o responsável por revelar em sua gravadora nomes como Jesus and Mary Chain, Primal Scream, My Bloody Valentine, Teenage Fanclub, House of Love, Ride e até Oasis. Ele começou a ganhar projeção ao montar o The Living Room, um club londrino que foi palco do movimento que culminou na formação da geração indie daquelas época, a cena batizada como “C86” (classe de 86). Nos anos 1990, McGee vendeu metade de sua gravadora para a Sony atuou no campo político, contribuindo em uma lei de apoio financeiro a músicos endividados. Nos anos 2000, ele decidiu fechar a gravadora devido uma insatisfação com a direção comercial da Sony.
O filme pode ser visto apenas em streaming pelo serviço The Streamable.