A questão permanece. Se a verdade repetida aos quatro ventos é que todos vão migrar para o formato digital, porque os discos piratas ainda vendem tanto? Mais, porque demonizam tanto o CD, mas continuam venerando o vinil? Soa como um simples discurso contra um tipo de mídia, no caso o CD. Se é isso ou não, ainda não se sabe. Muito menos pra onde vai apontar o futuro. CD, música digital, vinil? Cada um faz sua aposta. Arrisco a dizer que todos os formatos vão permanecer, cada um no seu nicho, cada um dependendo do público que se trabalha e do tipo de material que se lança.
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A gravadora Sony Music acaba de anunciar uma aposta forte em disco no formato de vinil, os velhos LPs. Com uma série batizada de Meu Primeiro Disco, a gravadora está reeditando neste mês cerca de 40 títulos nacionais, alguns deles do acervo da extinta RCA. O primeiro lote inclui trabalhos fundamentais como o primeiro disco de Chico Science & Nação Zumbi (Da Lama ao Caos, 1994), além da estréia do Engenheiros do Hawaii, “Longe Demais das Capitais”, lançado em 1986, e os primeiros discos do Inimigos do Rei (Inimigos do Rei, 1986), João Bosco (João Bosco, 1973) e Vinicius Cantuária (Vinicius Cantuária, 1982).
Os relançamentos da Sony trazem áudio remasterizado e encarte com reportagens, fotos da época e críticas publicadas sobre os discos na época do lançamento, além de trazerem textos inéditos sobre os discos. Incluem também, além do LP original, o CD em formato de minivinil com faixas-bônus. Cada disco tem tiragem limitada de mil cópias, cada uma.