Salvador tem jeito? 5 perguntas e 5 respostas


Mais uma entrevista da série de entrevistas que tenta discutir o cenário musical baiano. Voltando a atualização normal conversamos com Ricardo Rosa, um produtor jovem que vem se destacando na cidade. Ele é responsável pelo selo Ruffo, além de trabalhar com bandas como Radiola, Capitão Parafina & os Haoles, Vinil 69, entre outras.

1 – Para você, qual o maior entrave para o circuito alternativo atualmente na Bahia?
A falta de planejamento na estruturação de eventos. Acredito que as parcerias são o grande filão para a melhora de resultados, as parcerias minimizão as concorrencias, os riscos e potencializa a visibilidade dos artistas. Existem muitos outros fatores…. a questão de falta de casas adequadas… de falta de profissionalismo desde as bandas, produtora até aos prestadores de serviço…. Tudo depende de uma melhor concietização e o ponto inicial é o planejamento mesmo!

2 – Do que você mais sente falta?
Incentivo… acho que o tempo todo estamos desenrolando pra tentar uma melhor possibilidade… mesmo com a falta de incentivo por parte das iniciativas públicas e privadas… ou melhor o incentivo é muito mais simbolico que efetivo…

3 – Você considera que estamos vivendo os piores momentos para a música na cidade?
Não, pelo contrário… Acho que é um momento muito bom!!! Os artistas estão tendo mais visibilidade e estão cada vez mais maduros apresentando um excelente potencial criativo e artistico… e os problemas da dificuldade de mostrar isso é novo…
Não ha como dizer que estamos vivendo os piores momentos com artistas como Manuela Rodrigues, Ronei Jorge, Radiola, Capitão Parafina… isso sem contar a visibilidade nacional que vem sendo alcançada por tantos outros… Acho que vivemos um momento de superação às adversidades… e estamos nos saindo bem…. pois essas adversidades são muitas!

4 – Que soluções você apontaria para as coisas melhorarem?
Acho que as bandas, produtoras devem buscar realizações mais com planejamento…. é fundamental analisar o ambiente interno e externo antes de simplemente por um produto na rua…. digo isso tanto pra eventos quanto pra discos… Pra se realizar qualquer um desses tem de se avaliar bem tudo… É bobagem pensar que as pessoas fazem apenas por amor… Não que eu não goste do que faço… mais principalmente acredito que seja um bom negócio!

5 – É viável se fazer música no estado desvinculada a grandes gravadoras e ao que predomina na mídia?
Isso vai depender da estrategia que será desenvolvida para o produto… Uma coisa é certa… sabemos das adversidades… logo essas tem de ser dribladas com boas estrategias de posicionamento. Posicionamento mercadológico

Para quem gosta de música sem preconceitos.

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