Os melhores shows apresentados na Bahia em 2024

Depois de apresentarmos as melhores apresentações de artistas baianos de 2024, trazemos agora outra parte da votação de profissionais da mídia, com os melhores shows apresentados na Bahia em 2024. O resultado traz um empate com quatro shows na primeira posição, com destaque para alguns shows especiais, como um encontro de artistas homenageando o Clube da Esquina e a despedida de uma banda. Tem ainda uma banda veterana que voltou recentemente e uma artista pop contemporânea.

Lembrando que a votação reúne profissionais e pessoas da mídia baiana que acompanham a música em nosso estado. Cada um pode escolher até cinco shows que passaram pela Bahia e chamaram a atenção deles. Assim como na primeira votação divulgada, nesta temos um sintoma dos tempos atuais, e de nossas redações jornalísticas, com alguns dos convidados não se sentindo à vontade para votar por não terem conseguido frequentar shows como gostariam. Eles preferiram não participar da votação deste ano. Confira o resultado e abaixo o voto de cada um:

1. Amaro Freitas e Zé Manoel tocam Clube da Esquina (Caixa Cultural)

“Uma das características mais marcantes do Clube da Esquina é a cumplicidade. É justamente ao conseguirem reproduzir este aspecto no palco, onde chegam até a dividir o piano vez ou outra, que Amaro Freitas e Zé Manoel encontram a grande potência de sua releitura do seminal trabalho produzido por Milton Nascimento, Toninho Horta, Wagner Tiso, Beto Guedes e os irmãos Lô e Márcio Borges. Um dos tantos acertos de uma apresentação solar e carismática. Não é à toa que a talentosa dupla de artistas pernambucanos tem frequentado as listas de melhores do ano com seus álbuns autorais e que – tal qual em Salvador – lotaram casas de show e tiveram que abrir horários extras em sua turnê conjunta.” (Nelson Oliveira)

1. Duda Beat – ‘Tara e Tal’ (Concha Acústica)

“Na turnê “Tara e Tal”, Duda Beat levou para o palco a sua rave dos amores mal resolvidos, mantendo o clima do disco homônimo lançado em 2024. Todas as faixas do novo trabalho estiveram no roteiro, ao lado dos sucessos de álbuns anteriores e dos singles famosos, como “Meu Jeito de Amar”. No palco, Duda estava acompanhada de um ballet que tem tudo a ver com a proposta dançante e noturna do álbum, enquanto as projeções visuais psicodélicas se mesclam com imagens da plateia e do palco captadas em tempo real. Mesmo que por vezes tropece em suas tentativas de chegar ao chamado mainstream, Duda esteve bem à vontade na ambiência artpop eletrônica de “Tara e Tal” e tem fãs fiéis que acompanham todas as suas eras. Prova disso é que grande parte do público presente na Concha Acústica do Teatro Castro Alves tinha as letras do disco novo na ponta da língua. No fim das contas, talvez seja isso que importe, mais do que qualquer hit de TikTok.” (Julli Rodrigues)

1. O Terno (Concha Acústica)

“Fechando um ciclo de quinze anos antes de entrar em hiato por tempo indefinido, o grupo paulistano O Terno mostrou porque merecia a atenção recebida dentro da cena rock nacional ao levar sua turnê de despedida para o palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Em plena sintonia, o trio formado por Tim Bernardes (voz e guitarra), Biel Basile (bateria) e Guilherme D’Almeida (baixo) entregou um espetáculo memorável aos fãs soteropolitanos, que ansiavam pelo retorno da banda à capital e puderam acompanhar uma viagem por toda sua trajetória, com direito a arranjos de sopros e destaque especial para o ótimo álbum “<atrás/além>”, lançado em 2019.” (Breno Bastos)

1. Planet Hemp (Festival Afropunk – Parque de Exposições)

Depois de passar um longo tempo fazendo raras apresentações e 22 anos sem um trabalho de inéditas, o Planet Hemp voltou. E muito bem. Num ritmo próprio, sem afetar as carreiras próprias e com quase todos integrantes da formação clássica, a banda lançou disco novo em 2022 e segue mostrando como a potência e a energia estão em cima. O show traz as novidades e os petardos certeiros e arrebatadores de seus três primeiros discos, que passeiam por rap rock, funk metal, hip hop, hardcore punk e ragga. Ainda trazem o discurso afiado. O show atual segue o mesmo clima lá do início: som vigoroso com o groove dialogando muito bem com o peso. Não à toa gerou o álbum ao vivo Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça. Com Marcelo D2 e Bnegão à frente, a banda mostra no palco que ainda faz diferença, agora sem delegados hipócritas tentando proibir.

2. Anne Carol (Festival Radioca – MAM)

A cantora e compositora sergipana estreou em Salvador com um show de cair o queixo no festival Radioca. Controle de palco, voz potente e um misto de reggae, black music e soul poderoso.

Votos

Breno Bastos
Filipe Catto (Festival Sangue Novo – Caixa Cultural)
O Terno (Concha Acústica)
Amaro Freitas e Zé Manoel tocam Clube da Esquina (Caixa Cultural)
Planet Hemp (Festival Afropunk – Parque de Exposições)
Tulipa Ruiz (Sesc Casa do Comércio)

Elsimar Pondé
Maglore em Feira de Santana
Sérgio Boré no Miss Brown Café
Wander Wildner na Cervejaria Santo Antônio

Julli Rodrigues
Alice Caymmi – Rainha dos Raios 10 anos na Caixa Cultural Salvador
Duda Beat – Tara e Tal na Concha Acústica

Lara Teixeira
Erykah Badu – Afropunk Brasil
Giovani, Josyara e Jadsa – Festival Radioca
Marina Sena – Festival de Verão
O Terno – Concha Acústica
Fat Family – Afropunk Brasil

Luciano Matos
Amaro Freitas e Zé Manoel Apresentam Clube da Esquina
O Terno (Concha Acústica)
Planet Hemp (Festival Afropunk – Parque de Exposições)
Boogarins – Colaboraê
Anne Carol – Festival Radioca – MAM

Nelson Oliveira
Manu Chao
Amaro Freitas e Zé Manoel Apresentam Clube da Esquina
Planet Hemp
Anne Carol
Lianne La Havas

Pedro Antunes
Nação Zumbi – Concha Acústica

Ramon Prates
Duda Beat
Luísa Sonza
Letrux
Ratos de Porão
Sepultura