Noite de rock com Los Canos + Soma + Violins (GO) + brincando de deus
Mais uma noite feliz pro rock por aqui. Bons shows, bom público, diversão, clima bacana… Perdi o show da Los Canos, mas cheguei logo no início da Soma, que fez um dos melhores shows que já vi deles. Definitivamente eles assumiram o posto de banda indie mais promissora da cidade, perderam os ranços radioheadianos e mostram outras influências na música. Em instantes eles criam uma atmosfera, com o vocal apaixonado e emocional de Rafael (ele canta de olhos fechados, como poucos e como dizem que não se deve, balela), as guitarras alucinadas de Josh, o baixo marcante de Roger e a forte bateria de Duda. Parecem hipnotizar o público, com canções pop/indie que evocam os deuses do rock para mostrar que o rock pode e deve ser sensível também. A banda soltou as amarras, com um som mais vibrante e pesado. Mais barulhento, mais ruidoso, sem deixar de lado o tom melancólico.
O show seguinte foi dos convidados da noite, os goianos da Violins. Havia visto um show deles em Goiânia e achei essse mais fraco. Mas não foi ruim, como muitas pessoas do público acharam. Talvez o vocal muito mais alto do que o resto da banda e o teclado pouco usual em bandas de rock por aqui, fizessem o público estranhas, mas a banda tem muita qualidade. Acho que tocar depois da Soma acabou prejudicando e provocando uma comparação, pois o som remetia a origens parecidas, apesar da Violins ser muito mais “limpinha”.
Para finalizar a noite, os veteranos da brincando de deus (saiba mais aqui). A formação recente da banda parece que deu um novo gás a eles. Apesar de parecem levar muito menos a sério o som que fazem (isso é ruim por lado e bom por outro), conseguem manter a qualidade de outros tempos, indie rock da melhor qualidade. Até as piadas de Messias começaram a variar e ficar mais simpáticas.
Ponto para produção por reunir bandas tão bacanas, com precisão do horário dos shows, boa qualidade do som e todo mundo indo dormir com a sensação que vive numa cidade onde o que impera é o rock, o bom rock. Que assim seja.