Lollapalooza Brasil

Lollapalooza Brasil ou festivais pela América do Sul?

Com o fim do SWU e do Planeta Terra, o Lollapalooza Brasil restou como único grande festival no Brasil com uma pegada mais “alternativa”, reunindo artistas internacionais não tão óbvios quanto um Rock in Rio. Este ano, em sua quarta edição no Brasil, o festival reúne nomes como Jack White, Robert Plant, Pharrell Williams e Smashing Pumpkins, uma programação inferior a das edições passadas, mas ainda assim interessante para quem gosta de música pop, rock e afins. Veja abaixo guia do que ver no evento em São Paulo.

Saiba mais do Lollapalooza Brasil: www.lollapaloozabr.com

Com ingressos por dia variando de R$ 340 (inteira – um dia) a R$ 1.460 (Lolla lounge – inteira), o festival é bastante caro para quem deseja ir assistir aos shows. Para quem mora fora de São Paulo, evidente, o festival fica ainda mais caro, se formos contabilizar passagem, hospedagem, transporte e alimentação.

No mesmo mês que São Paulo realiza sua edição anual do Lollapalooza, Santiago, no Chile, e Buenos Aires, na Argentina, promovem as suas versões do festival, com praticamente as mesmas atrações, mas algumas diferenças. O Lollapalooza chileno, que acontece nos dias 14 e 15 de março, terá todos os principais nomes do brasileiros, além de de The Specials, Chet Faker, Damiam Marley, Cypress Hill, Molotov, Donavon Franekenriter e a brasileira Matanza.

O argentino acontece dias 21 e 22 e também terá todos os principais nomes da versão brasileira e mais Chet Faker, Damiam Marley, Molotov e Cypress Hill. Evidente que em ambos as atrações brasileiras não estão na programação, mas vários artistas locais complementam a grade.

festivaisamericadosul Lollapalooza Brasil

Este mês acontece também o Estéreo Picnic, em Bogotá, na Colômbia, e o Asunsionico, em Assunção, no Paraguai. O primeiro acontece dia 12, 13 e 14 de março e além dos nomes principais do Lollapalooza, reunirá ainda artistas como Kings of Leon, Chet Faker, Damian Marley, Soja, além de bandas latinas como Aterciopelados, Los Amigos Invisibles, Él Mató a Un Policia Motorizado, Systema Solar, entre outras. Em compensação, nomes como Robert Plant, Smashing Pumpinks e Pharrell Williams não se apresentarão por lá. Já o festival paraguaio, mais humilde, reúne alguns das principais atrações do Lollapalooza nos dias 19 e 20.

A ideia de sair de sua cidade para ver shows, aproveitar  para passear em outra cidade, conhecer pessoas, experimentar comidas, culturas etc, é sempre uma boa desculpa para uma viagem. Será que ir a São Paulo é a melhor opção? Se na edição paulista do festival o ingresso individual mais barato por dia é de R$ 340, na Argentina o mais em conta sai por cerca de R$ 267, no Chile por R$ 433 e na Colômbia por R$ 291. Se tomarmos Salvador como parâmetro, a passagem aérea para São Paulo comprada hoje sai em torno de R$ 650, para Santiago sai por R$ 1.300, para Buenos Aires sai por R$ 1.600 e para Bogotá por R$ 2.200. Hospedagem, transporte e alimentação variam, mas deve ser possível por valores próximos.

 GUIA DE SHOWS DO LOLLAPALOOZA BRASIL

Dia 28 – Sábado

jack-white-5 Lollapalooza Brasil
Jack White*****

Um dos nomes mais importantes do rock atualmente finalmente traz para o Brasil seu trabalho solo. Depois de duas vindas com a banda que o consagrou, White Stripes, ele vem mostrar porque é tudo isso. Guitarrista exímio, compositor de mão cheia, ele apresenta o show de seu disco “Lazaretto”, um dos melhores de 2014.
Robert Plant*****
“Apenas” por ter sido a voz à frente de uma das bandas mais importantes do planeta em todos os tempos já faz o show ser fundamental. Plant, no entanto, é mais do que o vocalista do Led Zeppelin, é uma das maiores vozes da história do rock e continua em atividade com material novo. Nesse show ele apresenta o novo álbum “Lullaby and… The Ceaseless Roar”.
Alt-j****
Uma das bandas mais novas da escalação internacional do festival. Criada em 2007, mas com apenas dois discos lançado, o mais recente no ano passado, a interessante banda britânica faz uma música peculiar, mesclando indie-rock, folk, hip hop, eletrônica e pop.
St. Vincent***
Um dos artistas queridinhos da crítica em 2014 vem ao Brasil pela primeira vez. Com cinco discos nas costas, a cantora americana faz uma espécie de art rock, flertando com  indie e pop. O show costuma ser explosivo.
Kasabian***
Na escola britânica de mesclar rock com eletrônica, o Kasabian volta para o Brasil para apresentar sua coleção de hits contemporâneos.
Marina and the Diamonds*
Nova queridinha? Marina and the Diamonds vem chamando atenção pela venda de seu segundo disco, mas musicalmente não tem muito a somar. A inglesa faz um pop retrô sem muita novidade e vem pela primeira vez ao Brasil.
Bastille**
Enorme sucesso no Reino Unido, a banda chamou atenção pelo primeiro disco, lançado em 2014. Com um misto de rock alternativo, pop e r&b, a banda ainda não passa de uma aposta, já que o teste do segundo disco vem esse ano.
Major Lazer****
Um dos nomes mais interessantes do eletrônico atual, o Major Lazer é capaz de misturar reggae, Nirvana, funk carioca, dancehall, Depeche Mode, soca e eletrônico num mesmo show. Com um dos DJs mais criativos no comando, deve ser dos shows mais agitados do festival. É a segunda vez do grupo ao Brasil, a segunda no Lollapalooza.
Boogarins*****
Talvez seja a banda brasileira mais interessante do festival. No mínimo é a mais requisitada e difícil de assistir, não porque toque pouco, mas por estar quase sempre em turnê fora do país. E nada melhor do que ver uma bandas brasileira de primeira detonando num festival cheio de banda gringa como estrelas.
Banda do Mar****
O projeto de Marcelo Camelo e Mallu Magalhães se revelou interessante, com uma pegada pop e uma leveza que o hermano há tempos não apresentava. Com o anúncio do fim das atividades da banda ainda este semestre, o show no Lollapalooza vai ser uma das últimas oportunidade de ver o grupo ao vivo.
Baleia***
Uma das boas novidades da música brasileira nos últimos anos, a banda carioca Baleia pega Radiohead, Arcade Fire, Los Hermanos e música brasileira, mistura tudo e cria uma música interessante, desafiadora e com a cara dos dias atuais.

pharrell-williams-theredlist Lollapalooza Brasil

Dia 29 – Domingo

Pharrell Williams***
Autor de um dos grandes sucessos dos últimos anos, Pharrel Williams é muito mais que um “one hit wonder”. Sem dúvida é um grande nome da música atual, atuando como compositor, músico, produtor, cantor. Deve levar muita gente e promover o momento mais feliz e com a música mais cantada do festival: “Because I’m happy”.
Smashing Pumpkins****
A banda já foi muito mais relevante, já tocou no Brasil algumas vezes, só tem um integrante da formação original, mas ainda assim, vale a pena assistir ao show. Primeiro que quem faz a grande diferença na banda ainda está no comando, Billy Corgan. Segundo, que a banda lançou um interessante disco no ano passado. Terceiro, que depois da última apresentação no Brasil  quando negligenciaram quase todos os hits, a expectativa é compensar um pouco. Quarto, nos últimos shows eles tocaram clássicos como ‘Cherub Rock’, ‘Tonight Tonight’, ‘Disarm’, ‘Zero’, ‘Bullet with Buterfly Wings’, além do cover de ‘Fame’, de David Bowie.
Young the Giant
Foster The People**
A banda apareceu como uma novidade, tocou na primeira edição do festival, mas de lá pra cá pouco de relevante fizeram. O hit “Pumped Up Kicks”, promete ser ainda o grande momento do show.
Interpol*****
Da leva de bandas surgidas naquele chamado new rock dos anos 2000, a Interpol é uma das mais interessantes e regulares. Com um pós-punk revitalizado, o grupo volta ao Brasil para se apresentar pela terceira vez, nessa na turnê do recente disco do grupo, “El Pintor”.
Pitty***
Entre os nomes populares do rock nacional surgido nos últimos 15 anos, Pitty é dos mais relevantes.Com disco novo, “Setevidas”, a cantora e sua banda mostra que ainda dá pra ser grande fazendo rock no Brasil.
Molotov****
Sem grandes destaques, talvez seja um dos shows mais interessantes da segunda noite do Lollapalooza. A banda mexicana faz um rapcore com letras políticas e críticas, já tendo sido comparada a Rage Against the Machine. Com oito disco lançados e uma carreira de 20 anos, a banda lançou o último álbum no ano passado.
The Kooks**
Com pouco mais de dez anos de formada, a banda vem pela terceira vez ao Brasil. Não é exatamente uma oportunidade rara, mas a banda vem mostrar seu mais novo disco, “Listen”.
DJ Calvin Harris***
Músico, cantor, compositor, produtor, letrista e DJ. Calvin Harris é considerado um dos principais nomes da música eletrônica atual.
Mombojó**
A banda pernambucana já viveu melhores momentos, mas ainda pode valer a pena ver a mistura de gêneros e tendências promovido pelo grupo. O mais recente disco, “Alexandre”, foi bastante elogiado e pode render mais no palco.
O Terno***
O power trio paulista faz um dos shows mais interessantes do festival, com um misto de rock, pop, experimentalismos e doses de música brasileira. Só não é imperdível no festival porque a banda tem tocado bastante pelo Brasil.
Far From Alaska***
Uma das boas revelações do rock brasileiro nos últimos anos, a banda potiguar faz rock clássico e de primeira. Uma boa chance de se atualizar com o que anda rolando longe das rádios.

***** – Imperdível, vá mesmo que você estiver morto de cansado

**** – Tem que ver, oportunidade rara de ver música da melhor qualidade

*** – Merece ser visto, mas caso o horário chocar com algo que levou as estrelas acima, tente ver um trecho

** – Aquele show legal. Vá se não tiver nada melhor no horário

* – Risco. Se estiver descansado, no pique, se já comeu, se a bebida estiver fácil e se não tem nada melhor pra fazer, vá, mas cuidado, pode ser pior do que uma ida ao banheiro.

Artistas e bandas que não forma relacionados são tão desconhecidas pelo el Cabong que não puderam ser avaliadas.

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