Atualizando a série de shows gringos agendados lá para o Brasil, tem algumas novidades. 10 de novembro tem o Festival Planeta Terra, com Devo, Lily Allen, Cansei de Ser Sexy, Rapture, Kasabian, Datarock, entre outras. Um pouco depois o Eletronika acontece em Belo Horizonte recebendo nomes como The Battles, LCD Soundsystem e The Field, que se apresentam em outras cidades do país. No final de novembro, o Motomix – The ROKR Festival leva a São Paulo nomes como Mark Ronson e o Eagles of Death Metal. Já em dezembro, o Nokia Trends recebe a banda norte-americana She Wants Revenge e a australiana Van She. Estão agendados também shows do Chemical Brothers, The Police, Chris Cornell, Exodus, além do Iron Maiden que deve vir em março, assim como o Interpol. Em fevereiro tem Donita Sparks (ex-L7). Há ainda a possibilidade de shows do Cypress Hill, Happy Mondays, Dandy Warhols, Jamie Lidell, CocoRosie e Phoenix que se apresentam na Argentina em dezembro e podem entrar em eventos brasileiros. Parece que está certa uma pequena turnê do Smashing Pumpkins pelo país em dezembro. Em Salvador, apenas o inexpressivo Double You e a promessa de algo relevante no Festival de Verão. Há boatos de turnês do Red Hot Chili Peppers e do cantor Mano Chao pelo Brasil, dois nomes que teriam um bom público na capital baiana. Atenção produtores.
Ser grande hoje
Por falar em Festival de Verão, deve estar difícil para a produção de eventos deste porte organizar uma grade de shows com 20 nomes que atraiam públicos superiores a 30 mil pessoas. Com a decadência das gravadoras, a música no Brasil está pulverizada e não há mais tantos nomes fortes que garantam um retorno imediato. Além de diminuir a venda de discos, as mudanças no mercado provocam uma transformação na mentalidade de produtores. Não dá mais, por exemplo, para avaliar o poderio de um artista pelo número de hits na rádio, ou pelo quanto ela aparece na TV e muito menos por ela pertencer a uma gravadora. Número de discos vendidos também pode não dizer muito. Além desse mercado tradicional, um outro vem ganhando força e abrindo novas formas de avaliação da força de um artista. Número de downloads, quantidade de fãs no orkut, shows pelo Brasil, discos piratas vendidos nos camelôs, entre outras coisas. Nada disso fácil de se contabilizar, o que dificulta ainda mais o que tem força junto ao público. O bom disso, é que o mercado está mais equilibrado, longe do ideal, mas bem melhor do que outros tempos em que 2 ou 3 nomes eram ruminados por todos ao mesmo tempo.
Nas bancas
Qual o maior disco nacional de todos os tempos? A revista Rolling Stones consultou um monte de gente e o resultado foi o excelente “Acabou Chorare”, dos Novos Baianos. A lista de cem melhores discos brasileiros é um das atrações da nova edição da revista, que está comemorando um ano de Brasil. A capa e matéria principal trazem Fausto Silva e tem ainda Sex Pistols, especial 10 bandas novas, Hunter S, Thompson, entre outras. A lista dos 100 discos ficou bem bacana, quer ver? quer baixar os discos? Vá aqui.
Baianos com discos novos
Já está a caminho o novo disco do Lampirônicos. “Caia na Madrugada”, que será lançado no próximo dia 14, traz a banda reforçando sua mescla de rock, música nordestina e eletrônica, mas também com flertes de frevo, afro beat e reforço de percussão e guitarra baiana. Aliás, é uma pena que não tenha muito mais gente fazendo uso da velha e boa guitarra baiana. Quem também está com trabalho novo é o Bando Virado no Móhi de Coentro, que solta o CD “It´s not Mole não” em dezembro.
Pixies só ao vivo
Nada de disco novo do Pixies. A baixista Kim Deal se recusou a gravar um trabalho novo da banda, talvez sabendo que não iriam conseguir manter o nível dos álbuns do período áureo do grupo. Em compensação, Deal continua trabalhando num novo álbum do Breeders, enquanto o líder do Pixies, Frank Black, acaba de lançar mais um disco solo.