Festival Metamorfose chega a 2ª edição com foco nas novidades

Em sua segunda edição, o festival Metamorfose diminui de tamanho, mas mantém o espírito totalmente independente. Com menos atrações do que na edição anterior, o evento traz a Salvador dois shows inéditos na cidade, o projeto ÀIYÉ, da carioca Larissa Conforto (ex-Ventre), e o cantor pernambucano Barro. Além deles, a banda Astralplane e outra atração a ser definida num concurso compõe a programação do festival que acontece dia 24 de novembro, no Club Bahnhoff, no Rio Vermelho.

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O festival esse ano está mais enxuto, mas continua com a proposta original de apresentar novidades. Segundo Cairo Melo, produtor do festival, a ideia é focar nas atrações principais e em algo menos cansativo. Continua sendo uma oportunidade para se conhecer alguns novos e interessantes nomes da música brasileira contemporânea Este ano serão apenas 4 atrações, sendo duas delas de fora do estado.

Uma delas é o ÀIYÉ, projeto solo de Larissa Conforto (ex-Ventre), que volta a Salvador para estrear sua nova fase na carreira. A proposta da baterista e cantautora, carioca radicada em Lisboa, reúne experimentações sonoras com forte presença de uma estética eletrônica. Além disso, explora o tambor latino americano e os ritmos como forma de resistência, unindo a futurismo ancestral, tarot e arte-activismo.

O outro nome é o de Barro, um dos nomes de destaque da nova produção musical de Pernambuco. Ele traz uma sonoridade pop cheia de sotaque, que dialoga com as tradições e ritmos populares, mas aponta para uma contemporaneidade urbana. Com origem na Bande Dessinée, o cantor e compositor traz pela primeira vez para Salvador o show que reúne faixas de seus dois discos ‘Miocardio’, sua estreia solo, e ‘Somos’, lançado em 2018.

O outro nome já confirmado é da banda soteropolitana Astralplane, que faz um rock contemporâneo com doses da MPB mais tradicional e da música brasileira atual. Para completar a programação será realizado um concurso para seleção de uma outra banda local.

Totalmente independente

O festival segue as premissas mais independentes que um festival pode ter. Sem patrocínio, sem aprovação em edital, a própria programação foi feita diante das possibilidades dos artistas. “Como sempre, trabalhamos com as possibilidades de circulação de artistas independentes. Eu sempre digo que quem nos escolhe são os artistas que estão em turnê e tem vontade de tocar em Salvador. A Larissa Conforto entrou em contato com a gente, pois ela já tinha data marcada no grande Feira Noise. Ela nos apresentou a Barro, que também ira se apresentar no festival de Feira e que queria muito fazer seu primeiro show em Salvador. Aproveitando esta oportunidade e resolvemos formular a segunda edição do Metamorfose Music Festival, dessa vez com menos atrações, mas com o mesmo espírito e força de vontade”, explica Cairo.

Para ele, a importância de manter um festival de música alternativa como o Metamorfose é poder agregar pessoas e prezar pela diversidade. “Nos diferenciamos de outros eventos por pensar num ambiente e fazer sempre concursos e formas de adicionar bons participantes ao evento, tornando-o assim mais do que um simples show”, diz.