Festival de Verão – Palco Pop

Poderia ser melhor

Não vingou. A idéia de criar uma noite de Axé no palco Tendências do Festival de Verão não deu certo. Para torcida de quem sempre considerou o palco como uma opção diferente das atrações de música baiana foi o melhor que poderia acontecer. Com exceção dos ensaios que abriram cada dia no local, os artistas de Axé que se apresentaram lá não fizeram a menor diferença e tiveram um público reduzido assistindo seus shows. Uma escalação melhor das atrações e uma combinação mais inteligente com as atrações do palco principal precisam ser pensadas.

nullNa segunda noite, voltada para a música pop, a situação melhorou, mas ainda aquém do potencial das atrações. A pernambucana Mombojó e os baianos da Formidável Família Musical de um lado mostraram e apostaram numa música pop autoral, com suas canções trazendo referências diversas na sonoridade, mas com personalidades próprias. De outro, o mineiro Ricardo Marques e o baiano Bruno Masi (para quem não sabe ex-Superfly) apresentavam um repertório formado em sua maior parte por covers, como se fossem apenas grupos de baile.

Para a pernambucana Mombojó foi uma novidade tocar num evento desse porte em Salvador. “Quando cheguei, me assustei. Um palco pequeno no meio de um monte de coisas. O show foi estranho, diferente, mas eu gostei. Era um palco alienígena do resto do festival, mas é bom tocar para um público diferente do nosso”, disse após a apresentação o flautista da banda, Rafa. Mostraram músicas presentes em seus dois discos e uma sonoridade que mescla rock, mpb, bossa, eletrônica e sons diversos. Um grande show visto por um bom público, mas que poderia ser maior se a produção do evento não colocasse a banda para tocar uma hora antes do que foi divulgado e fizesse muita gente perder a apresentação. A Formidável Família Musical também soube aproveitar a oportunidade para apresentar seu rock, pop e soul de alta qualidade.

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Regga e rock – A sexta-feira foi a noite dedicada ao rock e a aposta no estilo deu certo. Ajudado por atrações como Marcelo D2 e O Rappa no palco principal, Canto dos Malditos e O Círculo atraíram um ótimo público. As duas bandas baianas fizeram ótimo shows, comprovando o bom momento do cenário pop rock local, com a platéia cantando junto e pela primeira vez abrindo as famosas rodas de pogo no local. O Casulo esteve meio fora de sintonia. Era previsto, já que a banda está muito mais para reggae do que para rock. A Luxúria fechou bem a noite mostrando que o rock poderia ter mais espaço no festival. Já que público existe.

Para fechar o evento, a noite do reggae reuniu a maior platéia do palco Tendências. Afinal, o gênero tem um público fiel em Salvador. Duas das principais bandas locais, Diamba e Mosiah, começaram a festa, fechada por Sine Calmon. O ápice da noite, no entanto, foi o showzaço dos cariocas da Ponto de Equilíbrio. Impossível não cair no clichê do reggae e evitar afirmar que a banda emanou vibrações positivas e contagiou a massa que se espremeu para ver a apresentação. Um imenso público dançou, cantou junto e entrou no clima dos dez componentes da banda, que focou o show em músicas próprias, sem deixar de homenagear o mestre Bob Marley.

O saldo final foi até que positivo, mas a produção do Festival de Verão deveria ter mais cuidado com o Palco Tendências, combinando melhor as atrações e procurando atender ao crescente público que busca algo além do óbvio. A produção poderia também evitar que o trio elétrico que circulava no parque não chegasse atrapalhando com seu alto volume as apresentações das bandas que se apresentavam no palco. É esperar que em 2008 façam melhor.

  1. luciano, que é que há com pessoal de ssa? ácidos na água-de-beber? ou será crise de identidade?
    quanta conversa bizantina, hein?! neguinho lá embaixo citou a pb. só por isso vai ser espetado por uma lambedeira bem afiadinha….hehehehe.
    abraços

  2. CMTN mostrou estar mais amadurecido, a banda está melhor. O vocal de Andreia continua provocando as mesmas reações, ame ou odeie, mas ela também está melhor no palco e a banda está ganhando personalidade. QUanto a Ênio infelizmente não vi o show, o horário foi ingrato.

  3. noite de rock? bote virgula nisso. o cmtn fizeram um bom show, mas qual a diferença entre O Circulo e Meteora, ou Bruno (ex-super-fly) um rebola na boquinha da garrafa e depois quer tocar rock, o outro faz propaganda pra Dismel, Facs todo engomadinho etc etc e quer tocar rock, e o outro nem preciso falar, basta olhar pra cara do playboy. Fora que todos são bancados pelo Axé Music. Respeitem até onde quiserem o axé , mas não se misturem em produções equivocadas. Cadê o rock baiano, Cascadura, Retrofoguetes, Nancyta… etc etc, devem ter gofado pra esse palco “tendencias”

  4. Larissa
    Sem querer defender…só para esclarecer. O cantor do Círculo faz propaganda pq de algum jeito ele tem que conseguir $ para sobreviver…São poucas as pessoas que vivem em salvador só do rock…Cada um faz oq pode…e antes de cantar ele fazia teatro…daí pq ele faz propaganda…Não dá para comparar o cara com Bruno Masi né? Por favor…

  5. acho que da pra comparar sim, os dois vendidos, bruno masi pelo menos, nunca teve discursso diferente, a superfly era uma banda bancada por produtoras de axé e ele sempre assumiu isso, agora é bancado por Bornadio, já o do Circulo quando cantava na Scambo até campanha fazia contra Jaba, festival de verão etc, mas foi só sair da scambo e fechar com produtora de axé que mudou todo discurso, é sim uma banda feita de dinheiro, lembra muito o rappa, enquanto marcelo yuca fazia parte os caras tinham um discurso e representavam muito bem, só foi yuca sair, e vejam só, falcão estava fazendo propaganda da Skoll, totalmente equivocado com o discurso de sua banda. Realmente o vocalista do Circulo deve ter feito muito bem os cursos de teatro consegue representar varios personagens na vida real.

  6. concordo com larissa, é a velha ego-trip do axé atingindo outros estilos musicais, nego começa chutar pra tudo quanto é lado só pra ver um out-door com sua cara. é lamentavel. mas é esse tal de “novo rock pop” baiano, uma farsa.

  7. Sim Larissa
    Concordo com você também…realmente ouve uma mudança de postura…mas não concordava com o argumento anterior.
    Ele não é vendido pq fazia propagandas…e sim pela postura de ser “agênciado” por esse tipo de produtores.
    Mas o cara precisa de grana né? Mas deixa lá…não vou entrar no mérito de se é o não correto fazer propaganda…pq aí vamos entrar numa discussão amis profunda sobre capitalismo, criação de necessidades, etc…
    Só falei pq sabia dessa informação!

  8. O que eu tentei falar é que ele não faz a propaganda como o artista botando a cara dele p dar credito a algo como fez Falcão entende?
    “Quem é Pedro” para as pessoas que compram na Dismel??

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