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Criolo celebra 50 anos com volta ao samba, discos, livro e turnê especial

Projeto “Criolo 50” tem shows por 12 cidades, incluindo Salvador, lançamentos musicais e livro em coautoria com a mãe

Aos 50 anos, Criolo parece um artista fora de seu tempo. Não vive nos holofotes, mantém uma presença e distância saudável nas redes sociais e na mídia, além de resistir à lógica de lançar uma novidade a cada semana. Ao mesmo, se mantém artisticamente em sintonia com os tempos atuais, tanto pelas temáticas que aborda em suas letras, suas relações com parceiros musicais e o diálogo com a diversidade.

Desde seu último álbum, o menos falado do que merece, Sobre Viver (2022), o cantor, compositor e rapper paulista lançou 14 singles, incluindo tributos, homenagens, regravações e participações em discos de parceiros, que vão de Luiz Melodia e Gonzaguinha a Pitty e Tássia Reis. Em 35 anos de carreira, foram 6 álbuns lançados, sendo concentrados nos últimos 15 anos, depois de sua explosão nacional com o marcante Nó na Orelha (2011). Foram 5 álbuns, numa média praticamente de 1 a cada três anos.

Em 2025, Criolo anuncia uma série de novidades, numa iniciativa que celebra as cinco décadas de vida e os 35 anos de carreira. O projeto ‘Criolo 50’ comemora a trajetória do artista e marca um novo momento em sua carreira, com novas criações, memórias e colaborações inéditas. 

O artista anunciou algumas das novidades e falou sobre este momento especial. “Eu nem estou acreditando que estou chegando nos 50. Estou feliz demais de alcançar esse tempo de vida. Esse projeto não é só sobre mim — é sobre todas as pessoas que me ajudaram a não desistir”, disse Criolo.

Turnê

Entre os anúncios, a mais concreta das novidades é uma série de shows por 12 cidades brasileiras. Ele vai percorrer o parte do Brasil com o show inédito da turnê ‘Criolo 50 anos’, cujo ponto de partida é a apresentação agendada para 20 de junho em Teresina (PI), com encerramento marcado para novembro. 

As 12 cidades anunciadas da turnê, incluem as três principias do Sudeste (Rio, São Paulo e Belo Horizonte), além de Uberlândia, em Minas, e Petrópolis, no Rio de Janeiro, dentro do festival Rock the Mountain. Passa também pelas três capitais da região Sul (Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba), por Brasília, no Distrito Federal, única do Centro-Oeste. Além de Teresina, na abertura, o Nordeste recebe a turnê com shows em Recife, Fortaleza e Salvador, no dia 1 de novembro (veja as datas abaixo – a de Teresina está com o mês de julho, mas será em junho).

Consolidado como um dos nomes mais originais da música brasileira atual, o artista nascido em São Paulo e criado no Grajaú vai apresentar nestes shows um repertório que passeará pelos seus álbuns Nó Na Orelha (2011),Convoque Seu Buda (2014), passando também pelos sambas de Espiral de Ilusão (2017).

criolo 50 anos

Discos

Além da turnê, entre os lançamentos de ‘Criolo 50’ está um álbum inédito, em parceria com o pianista pernambucano Amaro Freitas e o músico português-cabo verdiano Dino D’Santiago. A ideia do trabalho é resgatar e ampliar a conexão diaspórica, lusófona e artística entre Brasil e Cabo Verde.

Os três artistas já haviam colaborado conjuntamente no single “Esperança”, que concorreu ao Grammy Latino, na categoria “Melhor Canção em Língua Portuguesa”.

Um outro álbum também está previsto. Uma nova incursão pelo samba, gênero que tem atravessado Criolo e ganhado protagonismo em vários momentos de sua trajetória, especialmente no álbum Espiral de ilusão (2017). No vídeo de divulgação do projeto de 50 anos, Criolo falou sobre a importância do gênero brasileiro em sua carreira. “O samba me atravessou com tanta admiração que levei quase 18 anos para pensar num disco. Depois, mais 10 para ter coragem de lançar, de tanto respeito que tenho a esse gênero”.

Livro

Outra das novidades anunciadas no projeto “Criolo 50” está um livro escrito em parceria com a mãe Maria Vilani, escritora, filósofa, poeta e ativista cultural. A incursão pela literatura marcará um encontro de trajetórias, linguagens, saberes e gerações de Criolo e Vilani, ampliando o universo poético, político e afetivo presente no cerne da produção do artista. Cearense radicada no Grajaú, zona sul de São Paulo, ela fundou o Centro de Arte e Promoção Social (CAPSArtes), onde promove encontros literários, oficinas e debates com a comunidade.

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