Com músicas do novo álbum, Manu Chao volta a Salvador para show Ultra Acústico

Um ano após um show marcante no Pelourinho, o cantor e compositor franco-espanhol Manu Chao está de volta para uma nova apresentação em Salvador, no próximo dia 18 de janeiro, mais uma vez no Largo da Tieta. Acompanhado do músico argentino Matias Soto, ele vai apresentar o show Ultra Acústico, que terá como novidade a presença de canções do seu recém lançado álbum Viva Tu, que saiu em 2024, dezessete anos após seu último disco de inéditas, La Radiolina, em 2007.

Manu Chao é um dos artistas internacionais com mais relação e sintonia com o Brasil e mesmo com Salvador. Desde os shows que fez com sua banda Mano Negra, incluindo uma apresentação antológica na Concha Acústica, em 1992, até as diversas passagens com sua carreira solo em turnês por várias cidades do país. Manu Chao também se inspirou na cultura brasileira, gravou por aqui e recentemente fez até uma homenagem aos motoboys de São Paulo.

A mistura que promove de sotaques, ritmos e fusões, que passa por rumba, cumbia, reggae, dub, em francês, espanhol, inglês, português, tem tudo a ver com o Brasil e com a capital baiana. Suas passagens em Salvador costumam ser marcantes, seja aquela com a Mano Negro, o show da carreira solo apresentado em 2009 na Concha Acústica ou o do ano passado.

O músico volta com sua interpretação particular e cheia de energia nos palcos misturando músicas novas e antigas depois de apresentações por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Canções como “The River Why”, “Worths of Truth”, “La Vida Tómbola”, “Siberie”, “Desaparecido” “Mala Vida” e “Clandestino” devem fazer parte desse repertório, assim como outras mais recentes, como “Tu Te Vas”, “Vecinos en el Mar” e “Viva Tu”.

História – Nascido em Paris (França), Manu cresceu bilíngue, influenciado pela crescente cena punk que se desenvolvia no país. Em 1987, aos 26 anos, formou com seu irmão a Mano Negra, um grupo multirracial que fazia uma mistura musical de rock, rumba, hip-hop, salsa, raï e punk, com músicas cantadas em francês, espanhol, inglês e árabe.

Em 1992, o Mano Negra fez uma turnê incomum pela América Latina, viajando de barco pela costa ao lado de atores e de um circo, com apresentações em cidades portuárias, incluindo Salvador (relembre este e outros shows internacionais marcantes na capital baiana).

Depois de discordâncias internas, a banda acabou e Manu iniciou uma carreira solo de ainda mais sucesso, se tornando uma referência mundial com suas canções. Voltou para a América do Sul e passou um longo período viajando com seu violão e registrando em um gravador tudo que achava interessante.

O resultado foi o álbum Clandestino, lançado em 1998, que se tornou um grande sucesso na França e na América Latina (em especial no Brasil). As letras continuavam sendo cantadas em  línguas diversas, uma mistura de inglês, francês, espanhol, galego e português. Músicas como “Desaparecido” e “Clandestino” tiveram grande repercussão e se tornaram seus principais hits. 

Em junho de 2001, o cantor lançou seu segundo disco, Proxima Estacion: Esperanza, com mais influências de música caribenha. Na sequência vieram outros álbuns, Radio Bemba Sound System (2002),Sibérie m’était contéee (2004), La Radiolina (2007) e Estación Mexico (2008) e recentemente Viva Tu (2024).