Cinco banda do pop-rock baiano mostram em novos singles uma prévia dos trabalhos que pretendem lançar nas próximas semanas. A Maglore soltou “Aquela Força”, primeira mostra do quarto disco, ‘Todas as Bandeiras’, previsto para setembro. Já a Canto dos Malditos na Terra do Nunca lançou “À Deriva”, segunda música do disco que chega ao mercado no dia 29 de agosto. Menos conhecidos, os grupos Sanitário Sexy, OLiberato e Game Over Roverside também apostaram em singles para apresentar seus novos discos.
Veja também:
– Nova leva de clipes baianos traz diversidade e muito rap.
Com um tom carregado de esperança, o single da Maglore é uma parceira do vocalista da banda, Teago Oliveira, com Luiz Gabriel Lopes, do grupo mineiro Graveola. Em um comunicado à imprensa, Teago explicou mais sobre a canção e do tom mais otimista que ela carrega: “A gente brincou em torno dessa temática, da força que temos e que não conseguimos explicar com exatidão, que é uma força da natureza, que nos move, que nos aproxima do ser bicho, de forma contínua, em meio a tantas dificuldades”.
O refrão resume bem o tom da música: “Conservar a força/ Que faça crer que o futuro será nosso amigo/ A mesma força/ Que tem o grito do tigre quando corre perigo/ A fé e a força/ Que a águia tem no alto quando vai mergulhar/ A força é essa/ A força é essa/ Você só vai saber vivendo/ Você só vai saber sendo”. “Aquela Força” está disponível no Spotify, Apple Music, Deezer, Google Play, mas você pode ouvir logo abaixo.
Em uma recente entrevista à revista Rolling Stone Brasil, Teago antecipou que o novo disco terá um teor mais político e que deve trazer também mudanças na sonoridade. Os arranjos mais simples vão dar lugar a um som mais encorpado e energético. Na revista ele comparou com trabalhos de ícones do rock mundial: “A banda está saindo da fase ‘Beatles 1966’ e entrando na ‘Rolling Stones 1980’.” Essa mudança tem relação direta com a nova formação do grupo, que deixou de ser um trio e voltou a ser um quarteto após a saída do baixista Rodrigo Damati e entrada de Lucas Oliveira, e da reincorporação de Lelo Brandão (teclados, guitarra e voz) após quatro anos.
A banda lança o disco em Salvador dia 28 de setembro em show nó Teatro Castro Alves.
Há quase dois anos, a Canto dos Malditos na Terra do Nunca havia soltado o clipe de “O Sol de Lá”, que marcava o retorno da banda depois muito tempo sem novidades. Agora, já se vão 11 anos do primeiro álbum e finalmente a banda tem data marcada para o lançamento do segundo disco, ‘Travessia’, programado para chegar ao mercado no dia 29 de agosto. Depois de tanto tempo sem novas músicas e de uma turnê por algumas cidades brasileiras, a banda sentia necessidade de apresentar novidades. “Não adiantava só voltar e fazer shows, para marcar um retorno, a gente precisava trazer algo novo”, conta Andrea Martins, vocalista e compositora do grupo.
Como o disco demorou a ficar pronto, a banda resolveu soltar um outro single mais próximo do lançamento do novo trabalho. Como todas as músicas da banda, “À Deriva” é de Andrea Martins, e traz participação de Tadeu Mascarenhas, nos sintetizadores e efeitos. Ele é um dos produtores do disco ao lado de André T, responsável pela gravação de “À Deriva”. “Escolhemos essa música para trabalhar por ser uma canção com uma carga emocional forte. A gente percebeu que os nossos fãs sempre mostraram uma relação forte com as canções, com as letras, melodias e histórias. Eles se vêem ali, nas canções, mais do que se a gente é uma banda de rock, de x ou y”, explica a vocalista e compositora do grupo. Ela conta que essa música tem uma carga meio dramática, mas com um instrumental e arranjo mais pra frente. “Tínhamos uma vontade de voltar com muita energia e vontade e achamos que “À Deriva” seria uma música bacana para trabalhar agora e mostrar isso”.
A música foi gravada por andré t no estúdio dele e depois ganhou alguma percussão, teclado, sintetizadores e vozes no estúdio de Tadeu Mascarenhas. Os dois produzem o disco, com direção musical de Andrea e do baterista Leo Bittencourt, ambos com experiência com home estúdio contribuíram na construção da sonoridade do disco. “Como componho em casa, no esquema home estúdio, faço pensando na música quase toda, pensando em linha de guitarra, baixo, bateria, sintetizador. Léo também faz isso e ele foi buscar algumas sonoridades, alguma coisa estética, algumas ideias. Então trabalhamos em colaboração com os dois produtores. Nesse sentido a direção musical é nossa”.
Sobre essa sonoridade do disco, Andrea adianta que o resultado é um trabalho mais diverso, mas ainda com o pé no rock. “O disco anterior tinha gritos, berros, aquela coisa meio nu-metal. A gente não se sentia mais apegado a isso, então fizemos um disco que seria um meio termo entre o que seria um segundo disco naquele período e o segundo disco agora. O repertório acabou sendo isso, músicas desengavetadas que entrariam no segundo disco naquela época, incluindo coisas que até cheguei a soltar (tem músicas que os fãs mais ardorosos até já conhecem), e coisas mais recentes, que eu precisava falar e queria dizer agora”, conta. “O disco está mais variado, com canções com violão e outras mais rock. Estamos gostando da sonoridade sem pensar muito em rótulo, mas não deixa de ser rock”.
Outra novidade vem do norte do estado, mais precisamente de Juazeiro. A boa banda Sanitário Sexy prepara o lançamento de seu segundo disco e acaba de disponibilizar mais um single do trabalho. Depois de “Nu e Cheio”, que surgiu em formato videoclipe e conta com participação de Luiz Caldas, dessa vez foi “A Saudade é Uma Cela”, composição do cearense Dudé Casado.
Em postagem da banda sobre a faixa, o vocalista comentou que a concepção estética da música foi pensada nos momentos de encontro, algo mais intimista, entre a banda e amigos cearenses. “Me remete a um momento no Cariri que passamos a noite cantando Fagner, Belchior, Ednardo e alguns temas autorais apenas com vozes e violões com Dudé e os Amigos da Banda Madalena Vinil”. Tanto a música quanto o disco foram gravados no Estúdio T em Salvador-BA, com andré t sendo responsável pela engenharia de Som, mixagem e masterização. “A Saudade é Uma Cela” pode ser ouvida no Spotify, SoundCloud, Deezer e logo abaixo:
Banda nova no cenário musical baiano, mesclando reggae, MPB, rock e pop, a OLiberato apresenta uma prévia de seu primeiro álbum, intitulado ‘Todas As Cores’. O disco, gravado em janeiro, no estúdio Ilha dos Sapos, tem direção de Jorge Victor e assistência de Paulo César (PC), e produção de Enio Nogueira em duas faixas.São 12 músicas no total, metade delas composições coletivas da própria banda, e outras seis parcerias do líder do grupo, Igor Liberato, com Felipe Toca, Peu Del Rey, Jorge Velloso, Rafa Góes, João Pedro Mansur e Sérgio Fall’orto. O primeiro single se chama “Flui” e traz participação do DJ e produtor Mauro Telefunksoul.
A Game Over Riverside pode não ser tão conhecida, mas é uma das bandas mais antigas em ação no cenário rocker baiano, pelo menos em tempo de formação. Surgida em 2002, a banda passou oito anos parada e voltou com o primeiro EP ano passado. Agora, a banda prepara o segundo, batizado de ‘Empty’. Como prévia do trabalho, a GOR soltou “Me and my Band”, que, com suas três guitarras, mostra algumas das principais influências da banda: punk, psicodelismo e indie noventista.
Estão lá o som explosivo que a banda se define, bem como as letras sobre questões do cotidiano e existenciais. Nas palavras da própria banda é “uma canção em que versa sobre o que é ser um latino americano e ter uma banda de rock, em um lugar onde ninguém parece dar a mínima para isso. Um verdadeiro conto sarcástico sobre um personagem que vive uma realidade bem familiar de muitos. E também é sobre ser rejeitado e transbordar toda a sua força no rock! Tudo isso sem perder a diversão, com mais acordes pegajosos, refrão grudento e boas distorções radiofônicas”.