Cascadura Prêmio Bahia de Todos os Rocks

Bahia de Todos os Rocks anuncia os vencedores

Numa noite em que o rock baiano se vestiu de gala, Cascadura e Dois em Um são os principais premiados do Bahia de Todos os Rocks.

É difícil não reforçar o discurso de como as coisas andam bem para o rock baiano. Numa produção impecável, o Prêmio Bahia de Todos os Rocks realizou uma cerimônia marcante e importante par ao cenário local. Reunindo quase todo mundo que importa no rock local, a noite começou com atraso. Cenário caprichado, mas que levantou risos quando tinha que ser retirado para a apresentação das bandas. Aliás, merece destaque como deu tudo certo não só na produção, como na apresentação das bandas. Tiago “Curto-Circuito” Moura e Nancyta foram os mestres de cerimônia, do evento, que revezou anúncios de premiados e com as apresentações ao vivo das músicas indicadas a melhores do ano. Dois em Um, Formidável Família Musical, Vandex, Matiz e Yun-Fat capricharam e apresentaram suas músicas concorrentes de forma irretocável. No final, algumas surpresas e reconhecimentos históricos deram ao Prêmio um clima ainda mais interessante. Vamos aos premiados, por ordem de anúncio e pequenos comentários:

Vídeo-Clipe do Ano
* Cascadura“Mesmo Eu Estando do Outro Lado”
O esperado prêmio na Mostra de Vídeo-Clipes não aconteceu, mas Zeca, Mingau e a Cascadura levaram agora. O clipe, já histórico, tem mais de 40 mil posts na internet e é uma das mostras do excelente momento da produção de video-clipes por aqui.

Álbum do Ano
* “Pessoas Invisíveis” – Pessoas Invisíveis
Disputa difícil e todo mundo sem ter ideia de quem seria o vencedor. Até porque reunia nomes bem diferentes entre si e três bons discos. O vencedor foi o trabalho de estréia da Pessoas Invisíveis, lançado recentemente. O produtor do disco, Jera Cravo, subiu ao palco com a banda, mas já era vencedor antes mesmo da entrega, já que havia produzido os três concorrentes. Uma categoria que promete esquentar ano que vem com a previsão de vários lançamentos de peso.

Ano 1
* Dois em Um
Bahia Todos Rocks
Outra categoria bem disputada, o que é um ótimo sinal de renovação no cenário local. Apesar de poderem ser consideradas como revelação, vários nomes não entraram porque já tinham mais de um ano de formação. As três que disputavam, reuniam nomes veteranos do cenário com projetos mais novos. Dos candidatos a Dois Em Um realmente já tem uma trajetória mais sólida, mesmo sem ter feito um show sequer e o disco só ser lançado agora, mas soube trabalhar bem internet e deu o que falar.

Músico Destaque
* Emanuel Venâncio (bateria)
Sem dúvida a maior surpresa da noite e sem dúvida um prêmio incontestável. Ninguém duvida do talento de Emanuel que começou a brilhar para o cenário na Sangria e hoje se destaca no comando das baquetas da Subaquático e Estrada Perdida. Muito bom ver um batera ter o trabalho reconhecido.

Dinossauro Referência 2008
* Os Panteras

Bahia Todos Rocks
Sem dúvida o momento mais emocionante da noite. No saltos de seus mais de 60 anos, os três Panteras (Eládio Gilbraz, Mariano Lanat e Carleba) subiram ao palco emocionados e o público os reverenciou aplaudindo de pé. Um dos prêmios que mostra como o rock baiano tem história e como é importante relembrá-la. Méritos aos homens que inventaram, ao lado de Raul Seixas, o rock por essas terras.

Show do Ano
* Vivendo do Ócio
Surpresa? A banda detonou esse ano, foi um destaques em shows tanto em matinês na Boomerangue, quanto em shows com bandas veteranas ou mesmo no Boom Bahia. Assim que forma anunciados sobem no palco quatro jovens, que não eram os caras da banda. Subiram para agradecer e para dizer que a banda estava em São Paulo na final do Gas Festival. Banda promissora que ganhou merecidamente a votação pela internet.

Música do Ano
* “E Se Chover?” – Dois em Um
Em votação pela internet tudo pode acontecer. Uma das surpresas da noite, a bela música do Dois em Um merecia o prêmio, mesmo que muita gente levante a questão se é rock ou não. Uma grande bobagem. O Prêmio ficaria em ótimas mãos seja qual fosse o vencedor. Interessante é notar que a categoria reuniu estilos diversos do rock local, mostrando que não é homogêneo e sim, diverso e rico. Rock com pop, rock com metal, rock com loucura, rock com MPB, rock com eletrônica. Cabe de tudo.

Artista / Banda do Ano
* Cascadura
Reunindo duas bandas clássicas, Cascadura e Retrofoguetes, e uma das principais revelações local, essa categoria não chegou a surpreender. Não pela qualidade das outras bandas, mas ninguém tem produzido tanto e com tanta eficiência no rock local, quanto o Cascadura.

  1. Realmente foi bem merecido o prêmio de melhor clipe para o Cascadura, eu vi esse clipe na amostra de videos e me apaixonei, na verdade eu só gosto da música por causa do clipe, é lindo!

    Sobre o prêmio de album do ano, sei lá…vai ver é pelo fato do som da Pessoas Invisiveis não ser muito do meu agrado como o da Yun Fat, mas preferia que a Yun Fat ganhasse, contudo, fiz uma audição do CD da Pessoas Invisiveis e tá bem produzido, com uma qualidade foda, Jera brocou!

  2. O prêmio foi uma iniciativa ímpar pro rock baiano atual, já que temos um cenário alternativo tão bom e sempre vivo, coisa rara nesses tempos.
    Cascadura e Pessoas Invisíveis dispensam comentários! São carismáticos, bons músicos e fazem o que podem por essa cidade.
    O Dois em um ficou numa situação complicada, mas nem por isso deixa de ser uma promessa. Já a Vivendo do Ócio é uma das grandes novidades e conquistou seu espaço, esses meninos são danados! Na categoria músico destaque acho que o nome do ano foi Morotó e sabemos disso.

  3. E se chover, no molhado? (música do ano)

    “Rock com pop, rock com metal, rock com loucura, rock com MPB, rock com eletrônica. Cabe de tudo.”

    Até entendo as novas misturas e possibilidades que estão acrescentando muito no atual rock nacional, mas sinceramente! o 2 em 1 não se encaixa em nenhuma delas!

    Tem coisas bonitas e bem feitas, mas não tem nada de rock! Troféu Caymmi seria mais indicado.

    Agora os roqueiros (tenho minhas dúvidas!), jornalistas, blogueiros e pseudos jurados soteropolitanos estão aceitando de tudo! Ou é a panela que se movimenta em prol dos mais “chegados”?

    O Rock tem no mínimo, distorção e atitude! Vcs viram isso por aí?
    Aquilo parecia mais uma cerimônia de casamento!!

    Não se assustem se aos olhos do mundo e do Brasil o rock Baiano atual for visto como mais uma página amarela com vários anúncios! Sem coesão, sem força, sem personalidade, atirando pra qualquer lado pra ver se alguma coisa cola, assim como os mega refrões carnavalescos.

    Se agora cabe de tudo, no próximo ano os roqueiros de SSA vão ter que engolir nomes como Márcia Castro / Mariene de Castro / Jota Veloso / Sambatrônica / dentre outros “muderninhos” concorrendo ao prêmio Bahia de todos os Rocks, ou melhor, de todos os tabuleiros, de todas as bossas, de todos os sambas, pois tá cabendo de tudo!

    Tomem cuidado para não começarem a colocar cerejinhas no vatapá e moranguinhos no acarajé!

    Rock é Rock meus amigos! Não confundam as coisas! Pelo amor de Djah!

    Viva RECIFE!

  4. SEM “XENOFOBIA” mas, Perbambucano se acha o centro do universo. O melhor carnaval do mundo, a maior avenida do mundo. Mas porra, então pq esse complexo todo em relação a Bahia. Esse S.O.S rock ssa blá blá blá!!!, se dá ao trabalho de escrever essas merdas aqui pra…ahhh ja sei pq RECIFE TEM O MAIOR IDIOTA DO MUNDO….ELE!!

    P.S. Amo pernambuco e principalmente o som de la…mas tem umas figuras q puta q pariu..parecem q consideram Bahia x Pernambuco como Argentina x Brasil

  5. Bem, eu sou Pernanbucana.
    Nós aqui aceitamos e entendemos como música alternativa, aquilo que foge ao que está predominante no mercado/mídia, que no caso de Salvador eu acredito ser a Axé Music.
    Acreditamos em “música boa”. Nunca deixamos de aceitar grupos como Mestre Ambrósio, Móveis Coloniais, Cidadão Instigado e tantos outros que não se encaixam no “Rock” como aqui estão colocando.
    “viva Recife” sim, por ter um festival chamado Abril pro ROCK, e que numa das suas primeiras edições teve show da Lia de Itamaracá e é aberto a todos os sons (bons).

    Se algum desses “muderninhos” que citaram ai, que eu ainda não os conheço, fizer um disco com músicas FODAS, serão muito bem aceitos pela galera “rock” daqui.

    Daqui também admiramos a diversidade do rock feito na Bahia. Numa época, vivemos um monte de clones do Chico Science e Nação Zumbi. São Paulo hoje vive o emocore é feito em escala industrial (vide premio VMB).

    Que bom que o Rock da Bahia não é mais do mesmo da Pitty. E que vocês estão discutindo aí pela diversidade dos sons..

    Viva Salvador e por favor, não toca só Raul!

  6. Engraçado q o ganhador do prêmio ano 1 já tem myspace desde:15/6/2007!!! ou seja já tem mais de um ano só de myspace…rsss.
    Isso acontece quando se tem alguns amigos como jurados, né?

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