Aiace reúne canções autorais, releituras e parcerias em segundo disco solo

Destacando a musicalidade afro-baiana, novo lançamento apresenta sonoridade da nova-MPB e tem parcerias com Mestrinho, Letieres Leite e Luedji Luna

Depois de realizar uma série de shows pela Itália e Portugal, a cantora e compositora soteropolitana Aiace prepara o lançamento de seu segundo álbum solo, Eu Andava como se Fosse Voar. Reunindo onze novas faixas, o disco, que sai no dia 24 de agosto, tem participações de nomes como Mestrinho, Letieres Leite (in memoriam), Luedji Luna e Maracatu Ventos de Ouro. O trabalho terá shows de lançamento nos dias 01, 05, 07 e 08 de setembro em espaços do Sesc no Rio de Janeiro.

Concebido durante o período de restrições imposto pela pandemia de Covid-19, Eu Andava como se Fosse Voar registra o anseio de esperança da artista, junto ao desejo de falar sobre amor e seus processos de fortalecimento enquanto mulher negra.

Neste segundo disco, Aiace apresenta uma sonoridade próxima à nova-MPB e à musicalidade afro-baiana, presente em ritmos como ijexá e Vassi. Também entram na mistura gêneros do sertão nordestino, a exemplo do coco e do baião, ao lado de elementos do rock e do rap. “Há um hibridismo no som, mesclando elementos orgânicos com programações ora mais sutis, ora mais evidentes”, afirma a cantora, que coproduziu o álbum com Paulo Mutti e Jorge Solovera.

Além de canções autorais como “Quando as Luzes se Apagam”, entraram no repertório versões de músicas como “Jornada do Prazer”, de Gonzaguinha, e “Se Você se For”, composição de Ednei Góes, Zinho e Armandinho que virou clássico com a Timbalada. A faixa “Fluxo e Refluxo” vai ganharum videoclipe ainda este mês.

O trabalho também foi uma oportunidade de realizar encontros com outros artistas. Ao todo, doze colaboradores participam do álbum:  Karol de Souza, Mestrinho, Letieres Leite (in memoriam), Luedji Luna, Maracatu Ventos de Ouro, Brina Costa, Manuela Rodrigues, Mariana Guimarães, Marissol Mwaba, Natália Matos, Rhaissa Bittar e Siame.

Gosto de me desafiar musicalmente, sair do meu lugar de conforto e experimentar outras linguagens. Por isso também escolhi trazer artistas diversos que trabalham com expressões musicais diferentes das minhas e que talvez, a um primeiro olhar, soassem como contrastantes”, afirma a artista.

Turnês internacionais – Nome da nova geração de cantoras baianas, Aiace tem circulado fora do país com frequência. Desde 2018, ela se apresenta em eventos na Europa. Naquele ano, ela tocou no Festival Atlantikaldia, na Espanha. Na sequência, passou pela Venezuela, em 2020, no Andes Sonoros e pela Colômbia, em 2022, no Circulart. Em 2023, ela fez 8 shows por Portugal e Itália, além de 3 shows na Colômbia. Dentre essas apresentações destacam-se Verão na Esplanada, na Casa da Música do Porto (Portugal), Festival Suoni Della Murgia (Itália) e Negro Fest 2023 (Colômbia). Neste mês de agosto, Aiace vai para Cuba, participar do festival Timbalay, com um coletivo de artistas pretos de Salvador.


Integrante do grupo Sertanília, Aiace estreou sua carreira solo em 2017, com o disco “Dentro Ali”. Desde então, desenvolve sua identidade artística entre o universo “Sertanês”, a nova-MPB e os ritmos afro-baianos. Nos últimos anos, tem circulado pelo Brasil, América do Sul e Europa com seu trabalho e realizou recentemente sua última turnê internacional, passando por Portugal, Itália e Colômbia.

Enquanto Eu Andava como se Fosse Voar ainda não é lançado, dá para escutar os quatro singles que antecipam o disco, “Amarelocura”, “Quando a Gente se Vê”, “Nobre Mulher/Citação: Poema Mulher” e “Se Você se For/Citação: Meia Hora”. O álbum completo está disponível para pré-save nas principais plataformas digitais, através do link https://onerpm.link/euandavacomosefossevoar.

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