Abre aspas

“Não é mais uma questão de “quanto tempo essa banda vai durar”. Ninguém mais se preocupa com isso. O que importa é essa música/banda/artista/estilo aqui e agora, e não o que ela vai representar amanhã. Isso se ela ainda existir amanhã, vamos deixar claro. Se ela não existir, pelo menos fez barulho suficiente para gerar outras quatro parecidas, e nem por isso, menos importantes.”
Lúcio Ribeiro, explicando genialmente porque o novo rock tem seu valor, porque o hype importa e porque pensamentos velhos estão cada vez mais velhos

  1. genial genial lucio ribeiro é genial. prêmio nobel de besteira pra ele. tem tudo pra ser a declaração mais barril do ano. banda boa é banda q nunca começou. o hype é legal qdo a banda é legal, mais a maoria das vezes o hype é feito por agencia de publicidade. e lucio ribeiro naum sabe disso ou é ligado a o departamento de marketing da gravadoras.

  2. Luciano, me perdoe, mas devo discordar. Claro que o que importa mesmo é a música, mas o que pega aí na frase do Lúcio é que 95% das bandas que ele hypa são simplesmente ruins ou apenas imaturas – que podem vir a ser boas, mas ainda não são. O problema do hype é gerar a expectativa absurda que ele gera. Aí vc vai ouvir a banda e “parece a porra do LS Jack”, como colocou muito bem o Pedro Alexandre Sanches em uma entrevista que li aí (no site Gafieiras). Acho que ele deveria ser menos hypeiro e deixar as pessoas desenvolverem suas próprias opiniões, sem tanta pressão do tipo “a melhor banda de todos os tempos até os próximos cinco minutos”. Isso é chato, cansa. Pelo raciocínio do senhor Ribeiro, uma música que foi lançada há 15 dias atrás já era, perdeu o prazo de validade, não vale mais nada. Isso é um tiro no pé das próprias bandas que ele mesmo joga pra cima – porque vai detonar no dia seguinte. Se eu tivesse uma banda, proibiria Lúcio Ribeiro de sequer citá-la em seu blog. Outro lance é que ele hypa 340 bandas ao mesmo tempo. Uma, claro, vai colar. Assim, até eu. Não que eu o ache ruim, já li muito sua coluna, desde os tempos da Folha (até ganhei CDs dele de brinde!), seu texto é leve, divertido e ele parece ser um cara legal pessoalmente. Todos descobrimos boas bandas através dele, desde os Strokes, White Stripes até Klaxons etc. Mas definitivamente, não aguento essa ânsia de descobrir o último biscoito bono do pacote a cada minuto. Na verdade, parece até falta de assunto. Não é questão de pensamento velho, “ah só ouço Bob Dylan e o resto é lixo”. Adoro descobrir bandas novas, mas a verdade é que pepitas de ouro não brotam do chão a todo momento. Para encontrá-las é preciso tempo, paciência, e olhos (digo, ouvidos) bem abertos. Não é tão comum como ele faz parecer. Bom, é só isso que eu acho. Abraço, velhinho!

  3. concordo com tudo o que franchico escreveu, mas eu também vou reclamar…
    declaração totalmente imbecil essa do hypeiro lúcio ribeiro, mas que, infelizmente, reflete com perfeição a mentalidade medíocre que domina os meios de produção cultural de nossos dias. a cultura contemporânea está entregue e sendo dirigida por gente desse nível intelectual… e o pior, eles acham que isso é o NOVO…
    isso que o hypeiro lúio ribeiro fala e defende ANULA por completo a possibilidade da consolidação de um trabalho artístico-cultural ao longo dos anos. afinal um “criador” pode ter muito talento, mas é com o PASSAR DO TEMPO que sua proposta, seu trabalho vai ganhando personalidade. pela lógica do sr. lúcio ribeiro NÂO deveremos ter no futuro caras que tenham um currículo que o permita ser uma referência nem para as gerações futuras nem para o conceito de cultura de uma época. isso sim, é uma lógica VELHA e fascista.
    muito estranho esse conceito de lúcio ribeiro: .aos “criadores” é proibida a consolidação do seu trabalho e aos críticos, teóricos e hypeiros é garantida a sua própria manutenção como “guias e orientadores” do que seja NOVO NOVO NOVO. o emprego dele está garantido como porta voz do “novo” através do hype publicitário $$$$ de alta rotatividade. e aos criadores só é permitido ser um iniciante e depois que vá tratar de engraxar nos aeroportos os sapatos (de grife hype, lógico) dos lúcios ribeiros da vida enquanto eles esperam o avião para embarcar pra londres para trazer a novidade que alimenta o hype de ontem.

  4. Engraçado é que a boa música está sendo deixada de lado e o velho sendo copiado e repaginado a todo instante e tratado como novo – hahaha. Eu gosto do novo, mas tenho receio dele, sempre soa com algo que os meus ouvidos ja conhece, mas não deixa de ser bom. Esse lucio ribeiro está até hypado demais, parece o ser supremo e profundo conhecedor, o oráculo e tudo q diz acontece – heheh, em pleno século XXI, fazer isso é tão arcaico que essa história toda acaba se contradizendo, mas…”Vai cuidar da sua vida seu dimmy, pare de fazer fuxico com a vida alheia”

  5. O Lúcio Ribeiro é um completo idiota, mas, mais idiota é quem acompanha ele.
    O novo pelo novo é uma babaquice.
    Mil vezes uma banda velha e boa do que 100 novas e ruins.

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