Nomes como Vivendo do Ócio, Mariella Santiago, Raymundo Sodré e Skanibais estarão no Panorama da Música da Bahia (PAMBA).
Vinte bandas e artistas do interior do estado e da capital estão na programação do musical do Panorama da Música da Bahia – PAMBA Ano II, que acontece no Pelourinho, de 27 a 29 de outubro. O evento terá ainda uma conferência com duas palestras e duas mesas redondas relacionadas à difusão e mobilidade artística de agentes da música independentes. O evento é gratuito e receberá os os shows nos Largos Tereza Batista e Quincas Berro D’Água e a programação formativa no Centro de Formação em Artes (CFA) da Funceb.
Em sua segunda edição, o PAMBA terá 8 atrações a mais do que no ano passado. Este ano, da capital estão confirmados shows de Mariella Santiago, Raymundo Sodré, Eric Assmar, Sertanília, Vivendo do Ócio, Daganja, Os Skanibais, Neila Kadhí, Iuna Falcão e Cabokaji. Do interior do estado, se apresentarão Sued Nunes e J.Velloso & Recôncavo Experimental, do Recôncavo, A Trupe Poligodélica (Vale do São Francisco), Rennan Mendes (Uauá), Eloah Monteiro (Ilhéus), Andrezza Santos (Juazeiro), Iorigun, Fogo Pagô, Os Bambas do Nordeste e Banda Calafrio, de Feira de Santana. Os artistas participantes da Mostra Musical foram escolhidos via edital. A programação completa por dia e local você pode conferir logo abaixo.
Conferência
O ciclo de atividades formativas será realizado somente no dia 28 de outubro (sábado), com a programação centralizada no Centro de Formação em Artes (CFA) da Funceb (Rua do Bispo, nº 29, Pelourinho). A programação inclui as palestras ‘Estratégias de Condução de Carreiras para Artistas Independentes’, com Alex Pinto, da produtora, selo e editora ISÉ, e ‘O B, A, BA do Direito Autoral – do show ao streaming’, com Márcia Bitencourt, da UBC. Além das mesas redondas ‘Circuitos Independentes de Música’ e ‘A função da Rádio na promoção e valorização dos artistas locais: Desafios e oportunidades’. As inscrições gratuitas já tiveram as vagas esgotadas.
A proposta da conferência é contribuir para “implementação da política de promoção e fomento da música estadual, possibilitando o protagonismo das cenas contemporâneas, autorais, por meio da promoção do encontro de seus artistas, produtores e agentes, estabelecendo elos entre os macroterritórios e estimulando a formação de um circuito musical independente e sustentável.”
O Panorama da Música da Bahia – PAMBA Ano II é realizado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através do Centro de Culturas Populares e Identitárias – CCPI e da Fundação Cultural do Estado.
PROGRAMAÇÃO DO PAMBA
MOSTRA MUSICAL
Dia 27/10 | Das 19 às 00h
Largo Quincas Berro D’Água
19h00 – ANDREZZA SANTOS
20h20 – ERIC ASSMAR
21h40 – OS SKANIBAIS – ORQUESTRA AFROLATINA DE SKA
23h00 – J. VELLOSO E RECÔNCAVO EXPERIMENTAL
Largo Tereza Batista
20h00 – FOGO PAGÔ
21h20 – DAGANJA
22h40 – CALAFRIO
Dia 28/10 | Das 19 às 00h
Largo Quincas Berro D’Água
19h00 – ELOAH MONTEIRO
20h20 – IUNA FALCÃO
21h40 – MARIELLA SANTIAGO
23h00 – SUED NUNES
Largo Tereza Batista
20h00 – OS BAMBAS DO NORDESTE
21h20 – RENNAN MENDES
22h40 – RAYMUNDO SODRÉ
Dia 29/10 | Das 18 às 22h
Largo Quincas Berro D’Água
18h00 – IORIGUN
19h10 – A TRUPE POLIGODÉLICA
20h30 – VIVENDO DO ÓCIO
Largo Tereza Batista
18h00 – CABOKAJI
19h10 – SERTANÍLIA
20h30 – NEILA KADHÍ
CONFERÊNCIA
Dia 28/10 (sábado)
Das 9h30 às 11h · Estratégias de Condução de Carreiras para Artistas Independentes por Alex Pinto
Das 11h30 às 13h · Mesa Redonda – “Circuitos Independentes de Música”
Das 14h30 às 16h · Palestra “O B, A, BA do Direito Autoral – do show ao streaming” por Márcia Bitencourt
Das 16h30 às 18h · Mesa Redonda – “A função da Rádio na promoção e valorização dos artistas locais: Desafios e oportunidades”
Saiba mais sobre cada uma das atrações do PAMBA :
Andrezza Santos – Andrezza Santos é cantora, compositora, instrumentista. Paulista de 1997 com raízes em Uauá (BA) renascida no Vale do São Francisco e aventurando-se em Salvador (BA), iniciou sua carreira aos 13 anos através de participações em programas de calouros, como o “Cantando no SBT” e “Programa Raul Gil”. Dividiu o palco com grandes nomes da Música Popular de Brasileira, acumula participações e prêmios em festivais de música pelo Brasil e apresentações na Europa. Possui dois discos lançados: “Alto Lá” (2019) e “EUTRÓPICA”(2022). Vem trilhando seu caminho na música independente com cuidado e sensibilidade. Seus vocais fortes e interpretações irreverentes tem chamado atenção, sendo considerada por muitos uma das promessas da música baiana.
Eric Assmar – Filho do bluesman Álvaro Assmar (pioneiro do blues na Bahia), com quem atuou por muitos anos como músico e co-produtor, Eric Assmar é guitarrista, cantor e compositor baiano e um dos principais nomes em atividade no cenário atual do blues e do rock no Brasil. Tem três álbuns solo lançados: “Eric Assmar Trio” (2012), “Morning” (2016) e “Home” (2022). Como músico e artista, atuou ao lado de nomes como Álvaro Assmar, Marcelo Nova, Armandinho, Os Panteras (Raul Seixas), André Christovam (pioneiro do blues no Brasil), Flávio Guimarães (Blues Etílicos) e realizou uma série de shows em importantes festivais do segmento, além de apresentações em cidades de diversos estados brasileiros e no circuito de casas de blues e festivais em grandes cidades do exterior, como Luxemburgo (julho/2023), Nova Iorque (outubro/2016), Toronto (agosto/2017), Londres (fevereiro/2020) e Buenos Aires (fevereiro/2023).
Skanibais – A banda apresenta show vibrante que reúne clássicos do ska jamaicano e sambas, jazz, rock, forró e outros ritmos. A proposta é divulgar o ritmo jamaicano e suas possibilidades de mistura com a música brasileira e, em particular, com a música nordestina. A banda Skanibais é formada por João Teoria (trompete e voz), Vanessa Melo (clarinete e voz), Daniela Nátali, Gleissom e Nilton Azevedo no saxofone, Thauan Santana (trombone), Duda Brandão (guitarra), Riane Mascarenhas (contrabaixo), Dent Dub (teclado), Sidnei Rasta (bateria).
J. Velloso & Recôncavo Experimental – Recôncavo Experimental surgiu de maneira surpreendente e inovadora no cenário musical baiano, tendo como membros principais os talentosos @gustavo_caribebass e @joaomusicmendes . Eles incorporam elementos sonoros que vão além do samba tradicional, trazendo contemporaneidade ao samba do Recôncavo sem perder sua essência. J. Velloso já produziu discos de sambistas baianos como Batatinha (vencedor do Prêmio Sharp em 1999) e Riachão (indicado ao Prêmio Grammy em 2002), ambos em colaboração com Paquito. Também foi o produtor responsável pelos discos de D. Edith do Prato e Vozes da Purificação (vencedor do Prêmio Tim de Música em 2004) e “Abre Caminho” de Mariene de Castro (vencedor do Prêmio TIM como Melhor Disco Regional em 2005). O repertório do show inclui composições autorais de J. Velloso e da banda, assim como outras canções que permeiam o samba na Bahia.
Fogo Pagô – Nascida em 2018, Fogo Pagô abraça o baião, o samba de roda, o ijexá e mei mundo de cantiga serena, dançante e bunita. Em 2020, foi agraciado com o prêmio “Música mais votada do público” pelo festival de música Educadora FM. Em 2019 lança seu primeiro álbum, o “Abre caminhos: um ninho de terra, éter e beleza. O disco conta com participações especiais de artistas emergentes da música baiana como: Fatel e Alvin, Bel da Bonita, Daniela da Quixabeira e Ludmilla Dourado.
DaGanja – Atualmente, o MC, cantor e compositor DaGanja é o artista do rap baiano a mais tempo em atividade na cultura hip-hop local. São mais de 22 anos de uma trajetória ininterrupta, onde Daganja segue mesclando independência, criatividade e resistência dentro de uma cultura que segue underground em sua região. O Pagodão teve em seu trabalho importância fundamental e pioneirismo quando essa troca entre culturas periféricas ainda não era bem-vista. Membro fundador do clássico Afrogueto, entre idas e vindas Daganja participa da gravação do disco “Exijo Respeito”, álbum com o qual ganharam o prêmio Hutuz de melhor grupo do nordeste.
Calafrio – A banda Calafrio faz o estilo Rock/Fusion, dosando suas influências com um certo experimentalismo. Formada em 2006 na cidade de Feira de Santana-Ba, a Calafrio se aproxima do indie rock, contextualizando em suas letras desventuras, histórias de amor, tragédias e outras experiências do mundo moderno. Em sua trajetória de quase 2 décadas, a Calafrio acumula: 4 Ep’s ; 8 videoclipes e 1 mini-documentário.
Eloah Monteiro – Mulher preta, bissexual e mãe-solo com mais de 20 anos de palco e “30 anos de guerra”, como afirma em “Mais de 30”, seu single mais recente, Eloah Monteiro é nascida em Ilhéus e canta a música brasileira moderna. Após o lançamento do seu primeiro álbum visual, “Em Primeiro Lugar” (2021), a artista tem se destacado cada vez mais nas plataformas digitais. De lá pra cá, foram lançadas duas músicas em parceria, sendo uma delas, “Mais que Brisa” – com produção musical de André T e videoclipe dirigido por Gringo Cardia especialmente para o Museu da Música. Seu lançamento mais recente é o single “Chorar de Saudade” produzido pela @aquilombaprodutora em parceria com @lukashorus.
Iuna Falcão – Do berço das artes, quando criança iniciou sua trajetória artística inspirada pelos seus mais velhos Maria e Ciro Falcão. Nesse cenário, cresce envolvida no universo percussivo maranhense de onde vem seu estudo etnomusical. Multiartista, aos 17 anos passa a morar em Salvador para cursar Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia. A partir daí os atravessamentos dessa experiência geram uma reaproximação com a música e em 2022 Iuna Falcão lança seu primeiro EP homônimo, produzido por Lucas Cirillo e bem recebido pela crítica musical. No início de 2023 lança um single com Jonathan Ferr e Melly, Preterida e tem seu álbum de estreia, Transe previsto para o segundo semestre. @iunafalcao produz uma música preta contemporânea que propõe sonoridades a partir destes encontros diaspóricos musicais realizados nos territórios ancestrais.
Mariella Santiago – Mariella Santiago é autora, intérprete e artista transdisciplinar brasileira, natural de Salvador, Bahia. Lançou, em parceria com Pascal Héranval, seu primeiro álbum solo, em 2022, com participações de grandes nomes da música brasileira e um repertório marcado pela canção autoral. Sua atividade tem se concentrado na Bahia, expandindo-se para a cena internacional, principalmente na Europa, onde apresenta projetos solo e participa de espetáculos multimídia.
Sued Nunes – Sued Nunes é uma das artistas selecionadas no Panorama da Música da Bahia (PAMBA). Ela que é cantora e compositora nascida no Recôncavo da Bahia, é um dos mais novos nomes da Música Preta Brasileira e tem se destacado no cenário nacional após o lançamento do seu primeiro álbum, “Travessia”.
Os Bambas do Nordeste – Com a necessidade de inovar o forró na década de 70, mas sem perder a essência, Abdias Filho (Diretor Artístico da Gravadora CBS RJ) convidou Jacinto Limeira (compositor, instrumentista e cantor) para formar o conjunto com Baio, nascendo Os Bambas do Nordeste . Dessa união com o Cantor Trombonista, foram 03 décadas de amizade, 10 discos gravados e muitos arranjos utilizados em grandes canções. Adeptos do forró tradicional e fiel a cultura nordestina, a banda de sucesso se reescreve e completa quase meio século de existência, tendo hoje em sua formação principal: Baio (acordeon e sanfona), Carlos Mattheus (triângulo e voz), Vivaldo Oliveira (zabumba e voz) e Carlos Luann (trombone).
Rennan Mendes – Rennan Mendes é músico instrumentista, produtor musical, arranjador, cantor e compositor. Nasceu em Uauá, Alto Sertão de Canudos, na Bahia, começou a tocar teclado aos seis (6) anos de idade. Rennan fez parte da banda base, como músico e um dos diretores, em dois dos festivais de música mais conceituados do Brasil, o Festival Geraldo Azevedo da Canção – Petrolina/PE (2006/2007) e o Festival Edésio Santos da Canção – Juazeiro/BA (2009, 2010, 2011, 2013).
Raymundo Sodré – Aos 75 anos de idade e mais de 40 de carreira, Raymundo Sodré se mantém jovem no exercício da arte. Fusão de caboclo com negro, de Recôncavo e Sertão, como definiu Roberto Mendes, “o compositor Raimundo Sodré é uma expressão ímpar da Bahia”. Autêntico mestre do samba-chula da Bahia, em sua trajetória musical, o artista cumpre a proposta de valorizar a cultura nordestina e suas influências africanas, através de ritmos como ijexá, baião, ylu, alujá, agueré, cábula, congo e samba chula, aprendidos em terreiros de candomblé, roçados e currais de gado, onde passou boa parte da infância e adolescência.
Iorigun – Idealizada em 2015 por Iuri Moldes e Moysés Martins, a Iorigun lança seu primeiro EP e faz seus primeiros shows em 2017. Na busca da pulsão dançante e da psicodelia espacial, a banda consolida sua proposta em batidas rápidas e riffs de guitarra. O grupo valoriza a intensidade e vibração de suas apresentações, fazendo destas seu emblema.
A Trupe Poligodélica – Com raízes no Vale do São Francisco, entre Juazeiro e Petrolina, a banda A Trupe Poligodélica é formada por Fatel (letras, voz e guitarra); Victória Duarte (violino e percussão); Álvin Soares (contrabaixo elétrico e synth); Ciro Cavalcanti (guitarra) e Fellipe Melo (bateria). Seu som traz fortes referências Nordestinas, como a forma cordelista de entoar os versos, a aura do Movimento Udigrudi (movimento contra-cultural recifense), e os ritmos como o Baião e o Galope.
Vivendo do Ócio – Vivendo do Ócio é uma banda de rock baiana formada em 2006, na cidade de Salvador Bahia. Ficou conhecida nacionalmente em 2009 após o lançamento do álbum “Nem sempre tão normal” e por ter ganho de aposta MTV no VMB no mesmo ano. No início da pandemia em 2020, lançou pelo selo Flecha Discos, seu mais recente álbum denominado “Vivendo do Ócio”, que atualmente já conta com mais de 2 milhões de reproduções em todas as plataformas de músicas e foi destaque nos principais portais especializados do país.
Cabokaji – Cabokaji é o encontro músico-performance dos cantores, compositores e esquisadores da arte Caboclo de Cobre, ISSA, Ejigbo e Mayale Pitanga, movidos pela necessidade de pautar a herança dos povos originários com um olhar de reparação social, patrimonial, histórica e ambiental. Tem uma produção musical contemporânea calcada em ritmos eletrônicos e um discurso baseado no “sorriso como ferramenta política e a dança como processo de cura”. Seu trabalho tem o objetivo de libertar os corpos através da dança e a mente através dos sorrisos, com uma exaltação das belezas afro-indígenas e inspiradas no universo do candomblé caboclo, dance hall, piseiro ou pisadinha, groove arrastado, guitarradas, funk, brega funk, côco. Além do rock, adornados com timbres de ritmos de manifestações nordestinas como o baião, maracatu, toré, rojão com enfoque na cultura soteropolitana e diálogo com as tecnologias eletrônicas.
Sertanilia – A Sertanilia é uma banda de Salvador (BA) que, inspirada no universo do Sertão Profundo, cria uma música original e essencialmente brasileira e a partir da interação de seus integrantes produz uma sonoridade particular e contemporânea. O grupo é composto por Aiace (vocais), Anderson Cunha (violão, bandolim e viola) e Diogo Flórez (percussão) acompanhados pelos músicos João Almy (violão), Letícia Ferreira (violoncelo) e Alexandre Vieira (baixo).
Neila Kadhí – Baiana, cantora, compositora, instrumentista e produtora musical com 20 anos de atuação artística. Recém indicada pela WME na categoria produtora musical é mestra em Música pela USP, tem especialização em “Electronic Music Producer” realizada em Los Angeles EUA. Circulou pelas principais cidades do Brasil como integrante da Banda do Musical ELZA. Neila Kadhi lançou, em agosto de 2022, FEITURA, seu primeiro álbum no qual produziu em seu home Studio na Bahia. A produção realizada de maneira remota contou com a colaboração de diversas artistas mulheres.