Guia do Festival Lollapalooza com programação e comentários sobre as atrações e quais shows o el Cabong indica para quem for não perder.
Depois de alguns festivais de menor porte, o ano dos grandes festivais começa neste sábado (7) lá no Brasil, na verdade em São Paulo, com a primeira edição do badalado Lollapalooza. O festival começou em 1991, com o lider da Jane’s Addiction, Perry Farrell, anunciando o fim do grupo com uma grande festa de despedida. Acabou virando um festival e em pouco tempo se tornou um dos mais importantes do gênero nos Estados Unidos. Muito tempo depois, finalmente o Lollapalooza chega ao Brasil. De cara uma programação caprichada, diversa, mas com foco principal no rock e seus derivados. Abrimos com ele a série 2012 de festivais, com guia com a programação, mas também comentários sobre as atrações e quais shows o el Cabong indica para quem for não perder.
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Sábado, 7 de Abril
– Foo Fighters***** – Uma das maiores bandas do mundo hoje, vivendo um de seus melhores momentos, liderado por o cara do rock, Dave Grohl, um ex-Nirvana. Depois de muito tempo a banda volta ao Brasil, agora como headliner absoluto. O tipo de banda que funciona para um público imenso, com hits poderosos. Nem precisa explicar muito, deve ser um dos melhores shows do ano na América do Sul. A apresentação que fizeram em Buenos Aires comprova isso, olha o set list. Imperdível.
– TV on The Radio**** – Uma daquelas bandas desconhecidas da maioria, bastante elogiada pela crítica, que não agrada a todo tipo de fã de rock, mas que pega alguns de jeito. Indie rock meio cabeçudo, mas muito bom. Na outra vez que vieram ao Brasil tiveram problemas e não conseguiram tocar com os próprios instrumentos, mas foi bom assim mesmo. Agora promete ser ainda melhor.
– Calvin Harris
– Band of Horses*** – Sem alarde, a banda indie norte-americana pode se destacar no festival. Dona de petardos grandiosos, catárticos e com guitarras energéticas, é daquelas que devem surpreender.
– Cage The Elephant**** – Um dos melhores discos lançados em 2011 foi da Cage the Elephant. A banda, que tem um que de Pixies, com guitarras bacanas e vocais estranhos, já se destacou no show em Buenos Aires e deve ser um dos melhores shows do Lolapalooza.
– Joan Jett and The Blackhearts***** – O que falar de uma lenda? Pode ser apenas um show pra saudosistas, mas pode também fazer aqueles shows arrebatadores. Os clássicos dela já garantiriam isso, imagine ouvir coisas como “Bad Reputation” e “I Love Rock ‘N’ Roll” ao vivo com milhares de pessoas cantando junto? Fundadora do The Runaways, Joan Jett é uma das melhores guitarristas de todos os tempos. Como perder com tantas credenciais?
– O Rappa* – Não é mais a banda relevante que já foi, mas é uma volta e pode render. Quem sabe?
– Bassnectar
– The Crystal Method* – Dupla que surgiu naquela levada da música eletrônica que rendeu Prodigy, Chemical Brothers e Fat BoySlim. Eram um dos pilares de um tal Big Beat, lembra? Passou, mas esses ainda insistem naquela mesma variação eletro.
– Perryetty V/S Chris Cox
– Peaches* – Piada que funcionou por um tempo e até divertiu, mas passou e hoje não tem muito sentido com tanta coisa melhor acontecendo por aí.
– Wander Wildner*** – Bardo gaúcho que sempre manda bem com suas canções poéticas com base punk brega.
– Marcelo Nova* – Grande nome da história do rock brasileiro, já não tem muito a oferecer, além de ótimas e polêmicas entrevistas e alguns hits do passado.
– Rhythm Monks
– Pavilhão 9* – Ainda existe?
– Ritmo Machine
– Veiga & Salazar
– Daniel Belleza & Os Corações em Fúria* – Fuja!
– Tipo Uísque
– Balls
– Marcio Techjun
– Zé & Cia – Trenzinho de Gente
– Sam Batera e Absolut
– Bichos do Mundo
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Domingo, 8 de Abril
– Arctic Monkeys***** – Uma das bandas que surgiram na onda do novo rock mundial e uma das primeiras a estourar pela internet. De aposta juvenil a um dos bons nomes do rock atual, o Arctic Monkeys já se consolidou com grandes discos. Agora fazem seu segundo show no Brasil, apresentando seu rock visceral, energético e com riffs pegajosos. Outro show que não dá pra perder.
– Jane’s Addiction** – Banda do criador do festival, já foi muito relevante, com pelo menos dois grandes discos. lá nos anos 90. Hoje não é tão importante, mas se tocar os hits dos primeiros discos pode ser legal.
– MGMT** – Uma daquelas apostas que surgem, fazem um ou dois sucessos, metem os pés pelas mãos e não fazem mais nada. “Kids” e “Time to Pretend” pode render bons momentos no show, mas só.
– Thievery Corporation*** – Endeusados por uma horda de seguidores, o TC é uma daquelas bandas amadas, idolatradas, endeusadas pelos seus fãs, mas que nunca foi além de um nicho. O duo faz algo como um trip hop, com doses de jazz e até bossa nova, bastante interessante. Pode ser uma daquelas surpresas que ninguém está dando bola no festival.
– Skrillex* – Um daqueles fenômenos que surgem, fazem muito sucesso e… e espero que passe logo. Se quiser dar uma de moderninho e dizer que viu o show de um dos caras mais badalados dos jovens modernetes… Vá. Se não, fuja.
– Foster the Peole*** – Detentor de um dos maiores hits de 2011, o Foster the People surgiu como grande aposta do rock californiano, numa pegada dançante meio psicodélica. Mas parece que tudo foi rápido demais e a banda não tem essa solidez ainda. Tirando o êxtase do tal hit “Pumped Up Kicks” deve provocar e de um ou outro momento, não deve marcar muito. Mas vai que de repente surpreende e é o momento deles, né?
– Racionais MCs**** – Muito raro vê-los em um festival. Só por isso já seria muito interessante. Outro fator atraente é que será um dos poucos shows do grupo que se pode ver sem o apelo de seu público fiel presente cantando junto e acompanhando a realidade própria que a banda evoca. Sem falar que é a maior banda de rap do Brasil de todos os tempos. No mínimo vai ser curioso.
– Friendly Fires** – Superestimados como uma das grandes promessas da música inglesa, o Friendly Fires é uma dasquelas bandas que surgiram no ano 2000 com sonoridade atualizada daquele som meio indie, meio eletrônico dos anos 80.
– Pretty Lights
– Manhester Orchestra
– Gogol Bordello*** – Figurinha já carimbada no Brasil, o grupo faz aquela mistura de punk e música cigana que deu o que falar há alguns anos. A moda passou, mas é bem interessante e os shows costumam ser muito bons.
– Tinie Tempah
– Plebe Rude** – Bagagem não falta a esta banda veteraníssima de Brasília. Considerada por muitos a melhor banda daquele cenário da capital federal, que rendeu além deles Paralamas e Legião, a banda tem hits de valer o show. “Até Quando Esperar”, por exemplo, deve ser comovente.
– Cascadura***– A banda baiana é mais uma das veteranas a subir o palco do Lolapalooza. Sempre com um bom show na manga, se Fábio e cia apostarem no verdadeiro Hits Collection que é o disco “Bogary”, será sucesso.
– Velhas Virgens** – Pode até ser divertido ver se você gosta daquele tipo de rock canalha.
– Garage Fuzz*** – Uma das mais importantes bandas da historia do hardcore brasileiro. Veterana, sempre faz bons shows.
– Killer on the Dancefloor** – Aposta de uma recente cena eletrônica. Não tem nada demais, mas pode surpreender.
– Kings of Swingers
– Black Drawing Chalks*** – Se eles não cantassem em inglês, talvez estivessem ocupando um espaço que está vago no rock nacional atual. Donos de um show pesado, sujo, guitarreiro e bom pra cacete. Vale sempre a pena.
– Suvaca
– Blubell** – Nome da nova MPB paulista, lançou um bom disco. Apontada pela critica como grande aposta, não é tanto assim, mas pode ser legal pra relaxar ouvindo seu som calcado em jazz e som vintage.
– Daniel Brandão
– Solange Sá – Piolhos
– Abigail Conta Mais de Mil
– Meg Monteiro e Banda Symbol
– Crianças Crionças – Cid Campos
***** – Imperdível, vá mesmo que você estiver morto de cansado
**** – Tem que ver, oportunidade rara de ver música da melhor qualidade
*** – Merece ser visto, mas caso o horário chocar com algo que levou as estrelas acima, tente ver um trecho
** – Aquele show legal. Vá se não tiver nada melhor no horário
* – Risco. Se estiver descansado, no pique, se já comeu, se a bebida estiver fácil e se não tem nada melhor pra fazer, vá, mas cuidado, pode ser pior do que uma ida ao banheiro.
Artistas e bandas sem estrelas são tão desconhecidas pelo el Cabong que não puderam ser avaliadas.