Shows que vem por ai

Salvador está muito longe de entrar no circuito de shows internacionais, mas a cada ano, a situação melhora um pouco. É bom que se veja que Salvador há alguns anos não recebia shows de artistas nacionais com tanta frequência. Hoje quase todo mundo do Brasil passa aqui, seja artista grande, médio ou bem independente. Se formos analisar, faz parte de um processo.

Então, essa melhoria nos shows nacionais também faz parte de um processo que deve colocar Salvador, bem aos poucos, de forma mais presente no circuito de shows, e com o tempo, tanto o público, quanto produtores e, espero, empresários, vão passar a ver com mais frequência a possibilidade de shows internacionais. Dentro dessa idéia de processo, se formos ver aos poucos, um show aqui, outro ali, vamos recebendo artistas de maior relevância.

Alguém lembra de outros:
2007
Ben Harper, Matisyahu, Gloria Gaynor, Madeleine Peyroux, Zion Train
2008
Mudhoney, Bonnie “Prince” Billy, Eagle-Eye Cherry, Bobby McFerrin, Groundation.,

Em 2009, já tivemos Alanis Morrissete, Mano Chao, mais uma vinda da banda Groundation. Afrika Bambaata estava confirmado, mas cancelou a turnê no Brasil por problemas de saúde e para os próximos meses já existem nomes confirmados. O principal deles é Marianne Faithfull, que vem apresentar em agosto no Teatro Castro Alves o show de seu mais recente e excelente disco, “Easy Come Easy Go”. O trabalho reúne canções de nomes veteranos e mais novos, como Smokey Robinson, Duke Ellington, Randy Newman, Decemberists, Morrissey, Dolly Parton e Brian Eno, e conta com participação estelar, de Rufus Wainwright, Teddy Thompson, Jarvis Cocker, Sean Lennon, Warren Ellis, Nick Cave e Keith Richards, entre outros. Do alto de seus 63 anos, a cantora, com mais de 30 discos gravados, soltou uma pérola, que poderá ser conferido ao vivo por aqui.

Tem mais. Vindo um segmento, digamos, menos abrangente, mas interessante também, teremos as bandas japonesas de hardcore Vivisick, Fuck On The Beach e o cantor Handsome, dividindo o palco com os capixabas do Mukeka di Rato e os soteropolitanos da Agressivos, na estrada há mais de 10 anos. A turnê, batizada como “Desastre do Terremoto Fudido Brazil Tour 2009”, inclui, além de Salvador, as cidade de Campinas – SP (23/04), São Paulo – SP (24/04), Rio de Janeiro – RJ (25/04), Vitória – ES (26/04), Maceió (1º/05), Recife – PE (02/05), e Natal – RN (03/05).

Bom lembrar que boa parte de quem importa na música brasileira passou por aqui nos últimos anos e continua passando. Esse ano (estamos ainda em abril) já tivemos
Orquestra Imperial, Eddie, Rubinho Jacobina, Cordel do Fogo Encantado, Tom Zé, Marcelo Camelo, João Brasil, Zefirina Bomba, Inocentes, Plebe Rude, Cidadão Instigado, Autoramas, Otto, Erika Martins, Lucas Santtana.
Tem mais nomes confirmados para os próximos meses:
Julia Says (PE), Tom Bloch (RS), Macaco Bong (MT) e MQN estão confirmados no festival Big Bands, a ser realizado na Praça Tereza Batista em data ainda indefinida. Tem ainda o próprio Mukeka di Rato (ES) e Eddie (PE). Breve mais notícias.

  1. Gloria Gaynor, Mudhoney, Bonnie “Prince” Billy, Eagle-Eye Cherry, Bobby McFerrin, Alanis Morrissete, Mano Chao, Afrika Bambaata, Marianne Faithfull….

    Convenhamos. Com exceção, talvez, da Madeleine Peyroux a imensa maioria desses artistas não têm mais o que dizer ou estão em franca decadência, perambulando pelas sidewalks do mundo, como Salvador.

    Um pouco de pé no chão não faz mal a ninguém.

    1. Bom, concordo em parte
      a maioria não está no que seria o auge
      mas Bonnie “Prince” Billy não teve esse auge, está na mesma boa fase
      Marianne Faithfull não está o que seria o ápice, mas não é uma artista decadente, vide as parcerias que fez e esse belo disco.
      Mano Chao ainda está bem…
      mas se você ler, vai entender que é parte do processo
      antes não tinhamos quase nada, já começamos a ter algo com alguma frequência.
      Tenho pé no chão e observo que estão pensando produtores, poer exemplo.
      falta MUITO sim, Salvador está bem aquém do que pode, mas acho que já saimos da inércia.

  2. e dai q nao estão no auge… quem vinha pra cá antes mesmo totalmente fora do auge???
    tivemos o placebo uma vez, um nazareth (eca), outra, paul d´ano, blaze bayley (ex-vocalista do iron maiden, q tocou aqui esse ano na boomerangue),e só…

    groundation é uma banda de reggae fodinha, conceituada, e toca aqui direto…

    e vai me dizer que Ben Harper e Matisyahu (com clipe rolando constante na mtv na epoca) nao viream pra cá no auge???

    nossa, só vejo reclamação sempre… se muda pra sao paulo q lá tem show gringo foda sempre…

    o fato é: a bahia é mal localizada geograficamente, e estrategicamente é caro vir pra cá. foge completamente do roteiro padrao… e o publico ainda é bundao, nao comparece…

  3. Visualiso que as coisas em termos de uma estruturação melhor para a boa música só ocorrerão se houver na cidade a formação de um público consciente e presente, de nada vai adiantar reclamar da falta de opções de boas casas de show, bons shows, sejam gringos, nacionais ou idenpendentes se não houver público na cidade que valorize e que se faça presente nesses shows. Por isso tenho lá as minhas dúvidas qto ao futuro da cidade como roteiro de bons nomes da musica, pq aqui só se vê casa cheia qdo é show gratuito, ou é com troca por cupom fiscal. E nada nos garante até qdo teremos essa política de democratização e diversidade aplicada pelos orgãos públicos de gestão cultural.

    1. Rapaz, vc esta enganado, ha vario sexemplos de casa cheia com publico pagante
      só vou dar um exemplo de uma banda de rock que soube trabalhar fora do gueto
      Cascadura
      vem enchendo varios espaços

  4. ok. concordo contigo, salvo Cascadura [que alias sou um dos que engrossam o grito nos shows] e algumas matinês da moda. Mas o âmbito da minha análise foi no que concerne os shows de bandas de fora da cidade principalmente as independentes. Exemplos tbm nao me faltam, recentemente Vênus Volts na boomerangue, Super Galo no World Bar. As bandas vieram pra tocar aqui e simplesmente nao tocaram pq não tinha ninguem para assistir. Exceções existem, até em shows de bandas de fora, mas são exceções.

    E faço a correção: “aqui só se vê casa cheia em shows de bandas de fora quando o show é gratuito, ou é com troca por cupom fiscal. “

    1. Bom, não sei se é assim
      Já vi show do Mundo Livre, Nação, Los Hermanos cheios
      tá, vamos falar de bandas do circuito mais independente
      se o ponto é ser de graça o problema pode ser falta de grana, pq publico existe e ele vai
      nao lembro se foi de graça, acho que sim, mas foi impressionante ver Vanguart com um publico gigante na frnet edo palco cantando as musicas deles, isso antes de gravadora, de Multishow
      acho que depende da banda, depende da produção, do preço
      são varios fatores, não da pra reduzir assim.
      Vamos considerar que Venus Volts e Supergalo são tipos de bandas que ou estão muito no início de uma carreira fora de seus estados, ou não conseguiram dar o pulo do gato.
      Eu queria ser só produtor, nada mais, pra armar um show decente do Moveis por exemplo
      certeza de casa cheia

  5. ok, mas desses nomes citados: Orquestra Imperial, Eddie, Rubinho Jacobina, Cordel do Fogo Encantado, Tom Zé, Marcelo Camelo, João Brasil, Zefirina Bomba, Inocentes, Plebe Rude, Cidadão Instigado, Autoramas, Otto, Erika Martins, Lucas Santtana. A maioria que passou por aqui foi através de apoio público. Pq será que os produtores não tem a mesma iniciativa em trazer esses nomes e colocar o ingresso.. vá, a vinte reais? [Preço pra mim justo] Pra mim é pq nao se tem, na avaliação de riscos da evento, a segurança do retorno do público.

    Móveis, tudo bem, grande banda, grande momento, mas não dar pra limitar as opções de shows apenas a bandas q vivem bons momentos, o próprio abril pro rock, outros grandes festivais e outras cidades tem a honrosa missão de fazer circular boas bandas que têm um puta trabalho, como foi o caso dos Retrofoguetes, que arrebentaram no APR.

    Concordo que houve um certo redusionismo, mas pra mim está no público, ou na falta dele, ou a falta de consciência deste, a principal causa da falta de bandas de fora circulando na cidade.

    Será que se não fosse na Tereza Batista, com apoio do Pelourinho Cultural/Funceb Julia Says, Tom Bloch, Macaco Bong e MQN tocariam aqui, e juntas? Acho que dificilmente.

  6. puta q pariu, quanta merda q tão falando aí gente. a bahia tá por fora, nunca esteve tão ruim, a inércia piorou. só rola coisa bancada pela secult pra pessoas do esquema. pelourinho, sua nota é um show. não se faz mais nada. e jaques não fez, já foi.

  7. oq os shows da venus volts e supergalo tinham em comum?

    ambos foram num domingo, foram caros (15 reais o da VV, e 12 o do supergalo) e o da venus volts ainda foi num feriadao… nao concordo que nao haja publico pra essas bandas… A questao é: foram shows bacanas, mas em datas ruins, dias ruins (domingo nao existe rock em ssa, fato). Foram eventos foram mal organizados.

    Sabendo fazer, os shows rolam bem…
    O Do Amor (RJ) tocou duas vezes em Salvador, e ambas foram lotadas…
    Vivendo do Ócio tá fazendo shows cheios… Fui ver eles e PI no Irish Pub, e tava lotado…
    Cascadura conseguiu fidelizar o publico deles, oq é foda! PI, Aguarraz, VDO tb tem trabalhado bem, claro que numa escala menor, ainda iniciando esse processo… A VDO tem feito shows pra arracadar uma grana, e ja conseguiu contrata com gravadoras, grandes festivais… a PI trouxe duas bandas de fora em janeiro e os shows foram bem cheios, incluindo um com a AMP na groove, no meio de uma lavagem na barra!

    Deluxe Trio (RJ_tocou pra uma galera gigante no Idearium… Tem essa moçada nova ai q tem trazido bandas emo/hc melodico e os shows tb sempre bombam…

    Reclamar é muito facil… Muito… Tem rolado shows de graça? sim… e dai? todo mundo vai né? antes rolava? nao! vcs tao reclamando disso? porra, entao melhor acabar o rock, pq se tem coisa legal rolando reclamam, e se nao tem reclamam tb! assim fica dificil…

    Tem rolado produções bacanas de bandas locais tb… E essas bandas sao as q estao conquistando publico. Reclamando pouco (ou nada) e trabalhando muito… Aguarraz, Cof Damu, Cascadura, Retrofoguetes, Vivendo do òcio, Pessoas Invisíveis sao as bandas que estao trabalhando certo aqui… E tem mais bandas seguindo elas… o resto só reclama, e reclamar é facinho, fazer é q é foda!

    Tem que acabar com esse pensamento de q só rola esquema, panelinha e afim… quem aparece é quem tem qualidade, se destaca…

  8. – Gosto dessas discursões.

    – Luciano to com vc e um abro:quero Móveis em SSA.

    – Danilo, domingo realmente não é dia de rock em SSA (exceto se for na concha)!

    – Eduardo,jacques num faz nada (qm faz é a secult,q está subordinada a ele) e os anteriores fizeram menos.Axo q melhoramos.

    – Ricardo, grátis ou pago eu tenho certeza q SSA está bem melhor do que anos atrás.E foi isso q o Luciano disse no post.

    – Todos nós queremos a mesma PORRA. MAIS SHOWS!!!!
    Sejam daqui ou de fora, independentes ou não.

  9. Olá;

    Onde vc viu que a Marianne Faithfull vai ser em agosto? Ainda nao tem no site do tca (nao achei), vi só um outdoor. E pelamor, ela está em plena forma sim. Não só o Easy Come Easy Go é um discão como o Before the poison, o de estúdio de antes desse, de 2004, também é – pra mim, melhor ainda que aquela meninha do as tears go by década de 1960 -música que ela revisita com muita propriedade e beleza nesses anos 00.

    1. Não, vai ter bilheteria tb, mais proximo do show. Isso ai dos sete é pra assinantes, que podem comprar pra um conjunto de espetaculos desde agora.

  10. Essa conversa de “auge” acho meio relativo, acho que se o Mudhoney vinhesse para Salvador na década de 90′ por exemplo, ia ter um monte de grunge babaca, dessa vez só foi mesmo que ainda gosta da banda, independentemente do fato de ser tendência ou não, claro que ainda tinham uns grunges babacas.

    Para mim Radiohead (banda no auge) por exemplo tocando em Salvador, seria o mesmo de dizer que ia ter show do Roberto Carlos, não faz mínima diferença. Agora se tocar aqui Sonic Youth (banda fora da mídia) iria ficar maluco!!!!! Ou seja, esse negócio de tendencias e auge é só para pessoas superficiais, maria vai com as outras mesmo. Por isso, acho que sempre é bem vindo shows de bandas estrangeiras ou de outros estados, pois assim podemos ver dacolé da quebrada alheia heheh

  11. eu liguei para lá e me disseram que é impossível adquirir para somente um show. então isso era adiantado? pelo que o cara me explicou, vc compra a cadeira para todas as apresentações – e todos são assinantes, sendo antigos ou novos, segundo planilha do site do evento. vou ligar de novo para tentar tirar essa dúvida então. até pq acho que ai seria venda casada, o que é proibido pelo dirieto do consumidor.

    na hora só terão lugares horríveis, não?

    1. Carol,
      O que está a venda agora são as assinaturas, que são um numero limitado de cadeiras e só compradas no pacote de sete espetáculos no mínimo. Para as apresentações específicas, Marinanne Faithfull no caso, só vai vender próximo ao show. Não vai acabar agora e vai ter ingressos na bilheteria normalmente, nem se preocupe. O show está confirmado.

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