Luiz Galvão, um dos grandes poetas da música brasileira nos deixou na madrugada deste domingo (23). Fundador dos Novos Baianos, autor de diversos clássicos do grupo, além de livros e poemas, o artista baiano estava internado desde setembro no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, depois de um infarto.
Nascido em Juazeiro em 22 de outubro de 1937, exatamente neste sábado ele completou 85 anos. Ao lado de Moraes Moreira, Galvão fundou os Novos Baianos em 1968, sendo um dos principais líder e principal letrista. Uma das mentes criativas do grupo, Galvão é autor de obras primas da música brasileira, como “Preta Pretinha”, “A Menina Dança”, “Acabou Chorare”, “Besta é Tu”, “Mistério do Planeta”, “Dê um Rolê”, “Farol da Barra”, entre outras.
Nos últimos anos, o poeta, músico e compositor vinha se dedicando a publicação de livros. O primeiro foi o livro de poesia Ovos Brasil , lançado em 1987 pela Editora Brasiliense. O mais conhecido foi Anos 70: Novos e Baianos, lançado pela Editora 34, em 1997, onde relata a trajetória do grupo. Lançou ainda outro livro sobre o grupo, Novos Baianos: a História do Grupo que Mudou a MPB, de 2014, além de João Gilberto: A Bossa, sobre o ídolo e conterrâneo, e Geração Baseada. Tem ainda dois CDs de poesias inéditas, lançados de forma independente.