ABRIL PRO ROCK 2003 – Sexta (11 de abril)
Veja como foi o sábado do Abril Pro Rock
Três dias de muita música, de tudo quanto é estilo em um lugar que cada vez gosto mais. Recife é mesmo foda. Todo mundo tá perguntando como foi o Abril Pro Rock. Como sempre fantástico. Vivo repetindo que não são só as atrações que fazem do festival o melhor do país, mas o evento em si, as pessoas, a cidade e a diversidade.
De cara na primeira noite, um excelente show de ChicoCorrea e EtetronicBand, com certeza uma das revelações do festival. No palco dois djs, dois percussinistas, um baixo, um sax e a voz maravilhosa de Larissa Montenegro. Batucada, eletronices e o sotaque de música nordestina imperando. Tão difícil definir e rotular quanto Dj Dolores y Santa Massa, o show seguinte que abriu o palco principal. Pra mim não foi tão espetacular como o primeiro deles que vi no Carnaval em 2001, mas foi muito bom. Tocaram algumas músicas novas. Isaar, outra cantora com uma voz espetacular, Maciel Salu, Fabinho Trummer, Mr. Jam e o comandante DJ Dolores são uma das melhores coisas da música brasileira hoje.
A noite de sexta do Abril Pro Rock teve ainda shows do Stereo Maracanã, com muito rap e funk. Bom show. Assim também foi o Instituto que fez um show meio desencontrado, já que na verdade foi dividido em partes, com participações de Fred 04, BNegão e Roger Man (Bonsucesso Samba Clube). A Nação Zumbi é a maior banda pernambucana e mesmo com um disco mais viajante e menos pesado, teve o público na mão. Claro que os velhos sucessos foram as que mais agitaram, especialmente “Manguetown”, num encontro histórico com Fred 04 (FOTO).
Eu gosto do Rappa, mas o show deles foi pura embromação. Primeiro que Falcão dava uma de Roberto Carlos botando o público pra cantar o tempo inteiro (dinheiro mole da zorra) e outra coisa é o repertório. A banda não tem nada de novo praticamente desde Lado A Lado B, então fica aquela repetição de hits, que se agravou com a banda estendendo demais as músicas. Mas estavam jogando em casa, a maioria das 8 mil pessoas presentes tinha ido ver os caras.