Todo Carnaval tem seu fim


O grupo Los Hermanos anunciou na semana passada um recesso por tempo inderteminado. Foi o estopim para que muitas vozes se levantassem dizendo ser o fim do grupo, ou que eles já não rendem mais há algum tempo e até algum comemorando o fim do grupo. Virou até moda falar mal do grupo. É curioso e engraçado isso. Mesmo os que não gostam, deveriam reconhecer a importância da banda. Em tempos que se reclama tanto da falta de novidades na música, que se afirma que tudo é mera cópia, sem criatividade e originalidade, é curioso que quando surge algo com essas características ela não ganha o valor merecido. É histórico no Brasil. Até os Mutantes sofreram com isso e só foram ganhar reconhecimento anos depois. O Los Hermanos segue um caminho parecido, como se tivessem que esperar. Apesar de ter um séqüito de verdadeiros seguidores, a banda ainda sofre com críticas bobas e meio que infundadas, ampliadas agora com esse recesso. Boa parte das críticas são, inclusive, por causa da veneração dos fãs. Surgido no universo independente carioca, o Los Hermanos foi responsável, assim como Chico Science & Nação Zumbi anos antes, por atualizar a música brasileira. Não só o rock se modernizou com novos elementos, mas a própria música brasileira absorveu os novos ares e se inspirou pela forma do grupo trabalhar harmonias, letras e toda particular sonoridade. Os dois compositores do grupo, Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, passaram a ser requisitados e regravados por um sem número de intérpretes e a influenciar diretamente novos e veteranos artistas. Se tornaram referência, o que, evidente, acabou também provocando reações contrárias. Muitos dizem que eles compondo separados e criando mundos diferentes dentro da banda acabaria provocando o fim do grupo. É exercício de adivinhação, nem se sabe se eles pensam em acabar mesmo o grupo. O fato é que vão fazer dois shows antes da parada e dar seguimento a projetos próprios. Amarante já vinha se apresentando e gravando com a interessante Orquestra Imperial, além de ter um projeto engatilhado com Fernando Catatu (Cidadão Instigado) e Vanessa da Mata. Camelo, dizem, vai gravar um disco solo com músicas não utilizadas, além de continuar produzindo e compondo para outros artistas. Todo Carnaval tem seu fim, mas sempre vem o Carnaval seguinte.

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Censura
Quem não leu a biografia “Roberto Carlos em Detalhes” deve correr atrás. O cantor consegiu num acordo que o livro fosse retirado das livrarias. Uma pena, pois o livro de Paulo César de Araújo é fundamental. Para quem tem preconceito com o Rei é bom para saber que ele foi um dos nomes fundamentais do rock no Brasil, apesar ter virado décadas depois um artista sem ousadia e que aposta apenas na fórmula romântica de sucesso. Lamentável que nesse momento a imprensa, a mídia ou quem adora acusar qualquer tipo de ação como censura não se levante para tratar da proibição do livro. Biografias existem para falar da vida de nomes importantes para a sociedade, queiram eles ou não, e o trabalho de Paulo César é fundamental para mostrar um pouco sobre o intocável Roberto Carlos.

Otto
Quem está terminando de gravar disco novo é o pernambucano Otto. Agora sem gravadora ele prepara o disco com Pupilo e segundo quem já ouviu é o melhor do artista. Este mês, Otto se apresenta em Salvador. Cabe pedir músicas novas.

Rebeca Matta
Com o disco “Rosa Sônica” considerado por muitos críticos com um dos melhores de 2006, a cantora Rebeca Matta volta de vez à ativa. Depois de se apresentar no Abri Pro Rock, ela faz shows em Salvador e em São Paulo e ainda no primeiro semestre promete turnê pelas capitais do país.

  1. Bom, o meu livro eu já garanti. Só nessa terrinha obtusa mesmo pra uma obra dessas ser censurada. Lá fora, as bios mais escabrosas têm seus direitos de publicação garantida.
    Quanto à Los hermanos, só uma coisa. Os Mutantes sempre foram reconhecidos com umas das maiores forças criativas já surgidas por aqui, desde seu primeiro disco, logo discordo da comparação. Esse sucesso atual deles é normal enquanto retomada de carreira de uma banda que SEMPRE foi valorizada. quanto aos hermanos em si…descansem em paz.

  2. Mas velho, Mutantes era reconhecido por uma parcela do público, especializada e mais antenada, não era um lance popular, nem entre a classe média. Daqui a alguns anos gente como Los hermanos, Carlinhos Brown, Nação Zumbi vai ser considerado como fundamental para nossa música, anota ai

  3. os los hermanos já vão tarde. chatos, pretensiosos, bicho grilos fizeram uma grande música, a melhor deles – ana julia e depois renegaram. tomara q com o fim dos hermanos nada parecido apareça na cena. xô camelo

  4. o los hermanos foi sem dúvidas a melhor banda do rock nacional dos últimos anos. eu detesto o 4, achei fraquíssimo. mas realmente reconheço que parte do sucesso deles causa inveja em muita gente, principalmente do meio underground, por que eles conseguiram enquanto tem muita gente aí no meio do caminho. camelo e amarante são compositores fodas. só acho que esse enveredamento pela mpb acabou com uma das melhores bandas de rock que o brasil já teve. tomara que eles voltem, com o clima dos 3 primeiros discos, que são fantásticos. e o mutantes tbm era discriminado sim, assim como raul. raul morreu como um bêbado largado, aí depois disso virou deus. renato russo tbm. é a cultura do nosso país, só dá valor depois que acaba. anota aí, com humberto gessinger vai ser a mesma coisa.

    agora, discordo de vc em um ponto… brown não!

  5. Man, os Mutantes gravaram comercial de televisão, estavam em festivais, programas de televisão…não eram populares? Eles não eram Roberto carlos, mas eram populares sim. Depois, já na fase progressiva, sem Rita Lee, que a popularidade foi caindo para os grotões especializados do rock. Mas a fase com Rita, cinco discos, alcançou um bom público.

    Quanto a quem vai ou não ser considerado fundamental para a nossa musica, bom, sei lá, qualquer um tem seus nomes, e suas noções do que considera “fundamental” e, acredite, dependendo de quem esteja especulando, podem surgir nomes macabros por aí. Mas a discussão é válida, de quelquer maneira.

  6. Eu sinceramente não entendo como as pessoas criticam a banda por eles serem…”chatos”. Ahn?? Muita gente não gosta de Oasis pelo mesmo motivo. Ter essa opinião sim, é muito irritante. É aquela coisa, ser do contra é mais “style”.

  7. tira oasis daí tatiana. os hermanos naum tem a coragem dos gallagher. hermanos eh uma banda certinha demais do bem demais

  8. O caras dos Oasis não são chatos.
    São escrotos, ou seja, chatos com graça.
    Os caras dos hermanos são malas sem humor, ou seja, chatos de galocha.
    Mas concordo, nada a ver gostar ou não de uma banda por isso, o que importa é o som.

  9. q som bom que nada, cara. os los hermanos são chatos demais mesmo. bom mesmo é ultraje a rigor. los hermanos é rock de velho de cabeça

  10. Jah vão tarde. Cambada de pseudo-neoemepebistas. E Camelo acha que tah pra Mariazinha Rita como Aldir Blanc tava pra Elis. O mundo não precisa disso. Ya basta!

  11. Ser original é uma coisa, ser bom é uma outra. Mas sabendo que música é um coisa muito pessoal, qualquer crítica pode ser rebatida a depender do ponto de vista do debatedor. Eu não acho tão original misturar MPB e rock, mas tem gente que ama o trabalho dos Los Hermanos; não sou contra achar legal um som que é um releitura rock de Chico burque, mas diser que eles são “a grande coisa” que surgiu no rock últimamente, pra mim é demais. Há várias bandas boas e originais pelo brasil, em especial no nordeste. Não lembro de muitas no momento mas vou citar Zerifina Bomba da PB e aí da BA existem outras muito boas como Starla, Los Canos, Garanhões Selvagens, Casacadura e Capitão Parafina & Os Haules. Se fossem bandas de São Paulo ou do Rio, aí sim teriam o seu valor devidamente reconhecido; mas são bandas de fora do eixo. Como disse, original é uma coisa, ser bom é uma outra.

  12. Faço das palavras de Bruno as minhas…”O som é muito bom, ja me basta…” pegue o cd, ouça e diga se é bom ou não…se o cara é chato ou boçal, o problema é de quem convive com ele, não de quem ouve o cd. Imagine se eu vou no médico fazer uma operação…eu quero lá saber se ele é um completo babaca fora do consultorio? o que me importa é se ele competente fazendo a cirurgia…

  13. pessoas invisíveis dá pití de estrelismo e não faz o show que estava marcado no zauber. lamentável e ainda tem gente que fica enchendo a bola desses mané

  14. Porra, nao acredito q eu to lendo isso!
    Bem “André Silveira”, deixa eu te explicar uma coisa:
    Eu acho que vc não me conhece. Se me conhece, com certeza nao conversou comigo pra saber oq houve. Tudo bem, é mais facil difamar! Mas tudo bem, vou explicar pra vc e pra quem mais se interessar.

    Haviamos combinado de iniciar o show as 23hs em ponto, ja que nosso guitarrista Deco tinha um outro show na Orla e teria que sair da Zauber as 23h50!
    Cheguei com Bekko (baixista da banda) as 22hs na Zauber. Ainda vazia. Completamente, a excessão dos seguranças!
    Deco chegou as 22h30. A produção do evento as 22h40 e Glauco – nosso baterista – as 22h50!
    Pra nossa surpresa o palco ainda estava completamente desmontado… As 23h35 os microfones ainda estavam sendo ligados, então resolvemos cancelar nossa participação no show!
    O mais logico seria que nós tocassemos por ultimo, pq ai Deco iria direto pra orla e depois fosse pra Zauber, onde começariamos a tocar por volta das 2h da manhã! Mas a produção achou melhor tocarmos primeiro. Paciência…
    Não houve estrelismo, pití, nada disso… Eu acho até engraçado vc escrever isso pq eu estava absurdamente chateado com a situação toda! Bem, fica aqui as mais profundas desculpas as pessoas que sairam de casa e que pagaram pra ver a PI tocar, e que – ainda bem – foram ressarcidas! Tinhamos coisas novas pra mostrar, e estavamos todos sem excessão empolgadaços com o show!
    Tb fica as desculpas a Theatro de Seraphin e a Zauber! Todos entenderam o ocorrido…
    Acho que ta mais do q explicado!
    abraços
    Bruno Carvalho

  15. Porra, já tem gente comparando Los Hermanos com bandas minúsculas de Salvador… curto muito o cenário local, umas 2 bandas diria q são realmente boas, mas comparar isso aí tudo com LH… me lembra aquela discussão aqui sobre a tal “panelinha” indie baiana.

    A maior prova de q o som da banda é original é quantidade de bandas que surgiu copiando o som, um som “tipo Los Hermanos”. Não é qualquer banda q tem uma identidade assim.

  16. ´se o nome da banda eh pessoas invisiveis eh que naum precisa ser visiveis por isso que eles naum tocaram. naum precisa kkkkk

  17. Bom, faço de Bruno minhas palavras. As bandas fizeram todo possível pra que as coisas fossem bacanas. Infelizmente não somos infalíveis, humanos que somos, e há dias em que tudo pode acontecer. Quanto aos comments sobre o show, é isso aí, estamos à frente das coisas por que não tememos críticas.

    abçs!

  18. Los hemanos? Éca! Sou mais Charlie Brown Jr.! E sobre eles serem chatos, isso não tem nada a ver com a musicalidade deles. Mas eu acho as músicas chatas; não só eu como o Chorão! Pergunta pro Marcelo “materazi” Camelo se ele curte o Charlie Brown.

    * brincadeira, hehehe…

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