As bandas baianas Astralplane, Colibri, Flerte Flamingo e Tangolo Mangos decidiram que juntar forças num coletivo era o melhor caminho para difundir os trabalhos que produzem. A melhor forma também de chamar atenção para uma cena baiana ainda pouco badalada, mas muito interessante. Criaram o coletivo SOPRO, que teve como primeira iniciativa a realização de um festival independente de música, o ‘Som em Contexto’, que aconteceu em março, no Teatro Sesc-Senac Pelourinho.
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O evento foi realizado no mesmo momento que a pandemia da Covid-19 começava a fechar tudo nas cidades brasileiras. Para muitos, inclusive, aqueles foram os últimos shows antes do isolamento total. O novo coronavírus acabou também adiando as novas edições do festival, que devem voltar assim que for possível.
Quem perdeu a primeira edição, no entanto, pode dar uma conferida nas apresentações pela internet, ou pelo menos a trechos delas. O coletivo divulgou como nova ação um vídeo único reunindo uma música de cada uma das três bandas bandas que tocaram no evento: Astralplane, Flerte Flamingo e Tangolo Mangos. A ideia segue o conceito do projeto do coletivo, promovendo uma divulgação em torno de um só elemento, com as três bandas num mesmo vídeo. A ideia é que o coletivo divulgue o próprio coletivo. Saiba mais sobre o coletivo.
Como funciona o Sopro?
Aproveitamos essa nova ação para conversar com Rodrigo Amorim, baixista da Astralplane, que explicou como funciona o coletivo SOPRO:
Como e qual foi a razão de criar o coletivo?
O Sopro surgiu através do diálogo entre 4 bandas contemporâneas do cenário alternativo baiano: Astralplane, Tangolo Mangos, Flerte Flamingo e Colibri. Surgimos pela necessidade de aliar esforços, de reverberar uma outra cena que acontece na Bahia, mas que ainda não alçou voos maiores. O coletivo foi criado , também, para abrigar o festival Sopro: Som em Contexto, o qual teve sua primeira edição realizada no início do ano e contou com as bandas Astralplane, Tangolo Mangos e Flerte Flamingo.
Que ações vocês estão planejando?
A ideia do coletivo, como mencionado anteriormente, é fomentar essa nova cadeia de artistas baianos. Para isso, o festival que desenvolvemos foi pensado para ter edições periódicas, sendo todas elas filmadas e devidamente registradas. A ideia é oferecer um material de gravação para as bandas, onde tudo isso seria condensado em um único link, para todos divulgarem e unirem a força do coletivo como um todo. Ou seja, o coletivo divulgando o coletivo.
A ideia é aglutinar outras bandas/artistas?
Sim. Essa é a grande ideia do festival Sopro: Som em Contexto. Queremos trazer uma diversificação maior de artistas, de referências, de ritmos e de pessoas envolvidas na cadeia produtiva musical. Vislumbramos realizar mais edições – seguindo o formato de 3 bandas (a priori) por evento – mesclando artistas de diferentes vertentes, mas todos com um propósito em comum: o todo pelo todo.
Assista o vídeo da primeira edição do Sopro: Som em Contexto:
Quem faz parte do Sopro:
Astralplane: Transitando entre o electropop, disco music e a MPB, o quarteto aposta na fusão de ritmos. Saiba mais
Tangolo Mangos: Banda de rock que tem como base a ideologia da antropofagia cultural, que busca abraçar diversas influências para gerar algo novo. Saiba mais
Flerte Flamingo: O grupo mescla elementos do samba-rock e da nova MPB. Saiba mais
Colibri: Guiado pela estética folk em uma atmosfera bucólica e psicodélica, Colibri aposta em experimentações e invenções. Saiba mais