As nuvens negras continuam sobrevoando o rock baiano, depois de algumas baixas e briga sentre integrantes de bandas, a novidade é o fim da Brinde. Como anunciando na comunidade do grupo no orkut pelo vocalista e guitarrsta da banda Henrique Neves, o grupo, entre outras coisas, não estava conseguindo mais conciliar música e compromissos profissionais. Segundo o baterista do grupo, é um fim amigável. O grupo foi criado em 2001 e lançou há pouco tempo o segundo CD, “Sabe Aquela Coragem?”. Aproveitamos, o momento, que não é dos melhores, para pagar um débito com um comentário sobre o disco.
Brinde – Sabe Aquela Coragem?
Guitarras mais altas e sujas. Essa é a principal mudança no segundo CD da banda Brinde, ‘Sabe Aquela Coragem?”, lançado pela gravadora independente Monstro. A sonoridade que marca a banda, no entanto, permanece. Estão lá as mesmas particularidades que caracterizam a banda desde seu surgimento em 2001: canções pop, quase sempre falando de amores, com influências claras do Brit Pop e de sons sessentistas e com o vocal de Henrique Neves dando o tom.
No novo disco a banda não avança muito em relação ao disco de estréia, “Histórias Sem Meio, Começo e Fim”, mas a opção por guitarras mais sujas é um grande acerto. Os vocais, digamos, pouco energéticos e emocionados, parecem deixar em alguns momentos o som da banda meio frio. Mas isso é uma opção e fruto de um estilo consagrado pelo Brit Pop dos anos 90, que anda fora de moda, mas ainda faz eco. A forte bateria de Voltz e o trabalho de guitarras, muito bem resolvido nesse segundo disco, acabam cumprindo bem o papel de “gritar” pela banda.
Com produção de Julio Moreno e participações de Nancyta Viégas, o disco traz novos candidatos a hits que a banda já acostumou a fazer, com destaque para “Jeito que me Convém” e “Talento para Sedução” e talvez a melhor do CD “Te Dizer Não”. Um bom, mas não brilhante, disco. Pode não pegar de primeira e até fazer com que o ouvinte deixe de lado e perca a chance de se deliciar com canções pop certinhas com boa dose rock. É pegar e ficar ouvindo várias vezes, afinal, é assim que um disco pop não descartável pode funcionar.
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