Reggae judeu

nullQuem esperou para ver o reggae do judeu ortodoxo Matisyahu no primeiro dia do Festival de Verão não se arrependeu. Um público bom apesar do horário aguardou até as 5 da manhã para assistir ao show. Com uma banda muito boa, desfilou sua mistura de reggae, com doses de rap, raggamuffin e influências diversas. Tinha gente até acompanhando e cantando as músicas junto. Sem fazer muito contato com o público, foi a música quem deu o recado. O show teve direito a um beat box (batidas produzidas com a boca) e a uma rápida, mas bacana, participação de percussionistas do Olodum. Em meio a um baixo bem alto dando o tom reggae, como deve ser, o guitarrista metia solos e às vezes uma sonoridade que remetia a sons latinos e rock. Bateria e percussão precisos e um teclado com efeitos completavam o cenário. O horário não ajudou, estava todo mundo muito cansado, mas Matysiahu mostrou competência e o porque de estar se destacando. Não é apenas por ser um personagem inusitado no show bussiness. Reggae leve, às vezes cantado como num ragga, às vezes quase falado como no rap e a banda mandando ver. Um grande avanço o festival trazer um nome interessante e atual da música mundial como ele, mas é um desperdício trazer e colocá-lo num horário tão ingrato. Quando o show acabou o dia já estava claro. Chegou a ser desperespeitoso.

Para quem gosta de música sem preconceitos.

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